Informações sobre mestrado no exterior

domingo, 21 de dezembro de 2008


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VI Colóquio Internacional Marx e Engels


Chamada de trabalhos
VI Colóquio Internacional Marx e Engels
Centro de Estudos Marxistas (Cemarx)
do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH)
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
Campinas (SP) – Brasil
Novembro de 2009


O Centro de Estudos Marxistas (Cemarx), do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), iniciou a chamada de trabalhos para o VI COLÓQUIO INTERNACIONAL MARX E ENGELS. A inscrição de trabalhos estará aberta entre 2 de março e 15 de junho de 2009.

Informações gerais

O Colóquio Internacional Marx e Engels acolhe, fundamentalmente, dois tipos de comunicações: as que tomem a teoria marxista como objeto de pesquisa, seja para analisar essa teoria, criticá-la ou desenvolvê-la, e as que utilizem o aparato conceitual do marxismo em pesquisas empíricas ou teóricas que se enquadrem nos Grupos Temáticos desse evento.
Os pesquisadores interessados em inscrever seus trabalhos deverão indicar em qual Grupo Temático eles se inserem. Eventualmente, a Comissão Organizadora do VI Colóquio Internacional Marx e Engels poderá remanejar a distribuição das propostas de um grupo para outro.
Os Grupos Temáticos do V Colóquio são os seguintes:


GT 1 - A obra teórica de Marx
Exame crítico das obras de Marx e de Engels. As polêmicas suscitadas pela obra teórica de Marx e Engels.

GT 2 – Os marxismos
Exame crítico das obras dos clássicos do marxismo dos séculos XIX e XX. As correntes do pensamento marxista e suas transformações. A obra teórica dos marxistas brasileiros e latino-americanos. A questão da renovação e atualização do marxismo.

GT 3 - Marxismo e ciências humanas
Exame da presença do marxismo na economia, na sociologia, na ciência política, na antropologia, na história, na área de relações internacionais, na geografia, no serviço social e no direito. Exame da crítica marxista das ciências humanas e das contribuições das ciências humanas para o desenvolvimento do marxismo. Polêmicas teóricas e desenvolvimentos conceituais do marxismo nessas áreas de conhecimento. A presença do marxismo na universidade brasileira e latino-americana.

GT 4 - Economia e política no capitalismo contemporâneo
Enfoque marxista das transformações econômicas, políticas e sociais do capitalismo no final do século XX e início do século XXI. Novos padrões de acumulação de capital, nova fase do imperialismo, transformações do Estado e da democracia capitalista. A situação dos países dominantes e dos países dependentes. Brasil e América Latina.

GT 5 - Relações de classe no capitalismo contemporâneo
Enfoque marxista das transformações ocorridas na estrutura de classes. Trabalhadores, classe operária, “nova classe operária” e “classe média”. A pequena burguesia. O campesinato no capitalismo atual. O debate sobre o declínio da polarização de classes no final do século XX e início do século XXI. As classes trabalhadoras e os movimentos sociais e populares. A nova configuração da burguesia. As classes sociais no Brasil e na América Latina. O conceito marxista de classe social e de luta de classes face ao capitalismo contemporâneo.

GT 6 - Educação, capitalismo e socialismo
As relações do sistema educacional com o capitalismo da perspectiva marxista: formação da força de trabalho; educação e classes sociais; ideologia e processo educacional; política educacional. Análise marxista da educação no Brasil e na América Latina. Os aparelhos culturais do capitalismo (universidades, centros de pesquisa). Os centros culturais criados pelo movimento socialista. Análise das experiências educacionais realizadas nas sociedades surgidas das revoluções socialistas do século XX. A teoria marxista e a educação.

GT 7 - Cultura, capitalismo e socialismo
Capitalismo e produção cultural: as novas tendências; as artes plásticas, a literatura e a indústria cultural. Análise marxista da cultura no Brasil e na América Latina. Cultura e socialismo: os movimentos culturais nas sociedades surgidas das revoluções do século XX. O marxismo e a produção cultural.

GT 8 - Socialismo no século XXI
Análise marxista das revoluções do século XX. A herança comunista e socialista dos séculos XIX e XX e o socialismo do século XXI. Marxismo e socialismo. A questão da renovação do socialismo. Teoria da transição ao socialismo. Trabalhadores e transição socialista. Trunfos e obstáculos para a reconstrução do movimento socialista no século XXI.

GT 9 – Trabalho e produção no capitalismo contemporâneo
Teoria social, trabalho e produção. As concepções teóricas sobre o universo produtivo. Processos de produção: processo de valorização e processo de trabalho. Controle e gestão do processo de trabalho. Luta de classes na produção. Precarização das condições de trabalho e emprego e requalificação da força de trabalho. Teorias sobre a afirmação e recusa da centralidade do trabalho. As novas formas de exploração do trabalho: trabalho imaterial, trabalho informal, precário e informacional.

Inscrição de trabalhos

A inscrição de trabalhos poderá ser feita entre 2 de março e 15 de junho de 2009. O pesquisador deverá preencher a ficha de inscrição na página do Cemarx (www.unicamp.br/cemarx). Além disso, deverá enviar duas cópias impressas de seu trabalho para o Cemarx, juntamente com uma cópia da ficha de inscrição. Atenção! O autor deverá indicar na parte externa do envelope e de modo visível:
a) o Grupo Temático (GT) para o qual está enviando sua comunicação ou proposta de mesa coordenada;
b) o seu endereço postal completo e o seu endereço eletrônico.

Modalidades de inscrição para apresentação de trabalhos

1. Comunicações

O texto da comunicação deverá conter entre quinze e vinte e quatro mil caracteres (contando espaço e notas), perfazendo um máximo de dez páginas, em times new roman 12. As propostas de trabalho que ultrapassarem esse limite não serão consideradas. Do texto, deverão constar: nome do evento, o título do trabalho, o nome do(s) autor(es) e a sua(s) condição(ões) (professor, pós-graduando ou pesquisador independente), GT a que se destina. O texto do trabalho deve definir claramente o tema que será examinado, a metodologia utilizada na pesquisa e apresentar as suas teses e argumentos e explicitar o debate (teórico, historiográfico ou político) no qual o trabalho se insere. Importante! Os textos devem seguir as normas de citação apresentadas na página do Cemarx.

2. Mesas coordenadas

Uma mesa coordenada é composta de um conjunto de ao menos quatro comunicações inscritas no âmbito de um GT. Um número reduzido de mesas coordenadas serão aceitas, privilegiando nesta modalidade de inscrição propostas encaminhadas por grupos, núcleos ou centros de pesquisa, bem como associações científicas e culturais. As comunicações dos participantes da mesa, formatadas de acordo com o item anterior, deverão ser enviadas conjuntamente, acompanhadas de uma breve justificativa da mesa. Cabe à instituição proponente obter os recursos necessários à participação dos componentes da mesa.


3. Pôsteres

O VI Colóquio Internacional Marx e Engels está aberto à participação de estudantes de graduação, que poderão apresentar trabalhos de pesquisa de iniciação científica ou de conclusão de curso cujos temas se enquadrem em um dos Grupos Temáticos do colóquio.
O resumo do trabalho deverá conter de três a cinco mil caracteres (contando espaço e notas) em times new roman 12. Do texto deverão constar o título do trabalho, o nome do autor e o curso de graduação no qual ele está matriculado. O texto deve apresentar o tema da pesquisa e as suas principais idéias e informações. As instruções para a confecção do pôster serão publicadas na página eletrônica do Cemarx.

Divulgação de resultados

As inscrições encerram-se no dia 15 de junho. Os trabalhos aceitos serão divulgados na página do Cemarx, conforme o cronograma abaixo:
a) 30 de julho: comunicações;
b) 15 de agosto: pôsteres.
Os resultados serão divulgados quatro meses antes do início do evento para que todos tenham tempo de solicitar financiamento às agências de fomento e universidades, uma vez que o Cemarx não pode financiar os participantes do evento.


Endereços e contatos

Inscrições:
Centro de Estudos Marxistas (Cemarx), IFCH-Unicamp
Caixa Postal 6110 CEP 13083-970 Campinas SP Brasil
(5519) 3521-1639/ www.unicamp.br/cemarx/ cemarx@unicamp.br

Informações (a partir de 01 de agosto de 2009):
Secretaria de Eventos do IFCH-Unicamp (5519) 3521-1601 / seceven@unicamp.br
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Acesso on-line de arquivos da Torre do Tombo/Portugal - Inquisição

terça-feira, 16 de dezembro de 2008


O Arquivo Público Mineiro disponibiliza em sua página um link para o acesso on-line de arquivos da Torre do Tombo. O link abaixo refere-se aos processos inquisitoriais de Minas Gerais Colonial. Confiram no link abaixo:

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/wflinks/singlelink.php?cid=9&lid=59

Cordialmente,

Os editores.

Conselho Editorial
Revista Eletrônica Cadernos de História:
publicação do corpo discente do departamento de história da UFOP
www.ichs.ufop.br/cadernosdehistoria
Rua do Seminário, s/n - Centro
Mariana - MG
35420-000
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VIAGEM CULTURAL: SÃO JOÃO DEL REI E TIRADENTES - FÉRIAS DE JANEIRO


VIAGENS CULTURAIS - SÃO JOÃO DEL REI E TIRADENTES

Em janeiro, a Imagem Cultural dá continuidade à programação de viagens culturais, apresentando o curso de História da Arte "in loco", em São João Del Rei e Tiradentes. Estas cidades histórias de Minas Gerais apresentam o melhor da
produção artística do Brasil colônia. O lugar perfeito para estudar arte brasileira ainda impregnada pelos ideais do Barroco e do Rococó. Uma ótima dica para os apaixonados por arte e arquitetura.
Além das aulas com a Professora Juliana Rodrigues, o grupo poderá desfrutar da traqüilidade de um hotel fazenda do contato com a arte popular e com a tradicional gastronomia mineira.

VEJA ROTEIRO COMPLETO E VALORES NO SITE: Instituto de Artes Imagem Cultural
Mais informações pelo telefone: 2220-5243

Abraços,
Instituto de Artes Imagem Cultural
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Documentos raros resgatados

domingo, 14 de dezembro de 2008


Documentos raros resgatados
Após mais de 50 anos esquecido, o Arquivo Público e Histórico de Cristina,
no Sul de Minas, está sendo resgatado junto com a história de outros dez
municípios pertencentes à comarca daquela cidade - Carmo de Minas, Dom Viçoso, Virgínia, Olímpio Noronha, Conceição das Pedras, Natércia, Heliodora Pedralva, São José do Alegre e Maria da Fé.
O acervo permaneceu guardado, e praticamente esquecido, no porão da residência de Francisco Gomes Nogueira Filho – então tabelião do cartório de Cristina – por mais de cinco décadas, quando o antigo prédio do fórum foi destruído para construção de um novo. O material sofreu danos decorrentes da umidade e do mofo, além do manuseio e acondicionamento indevidos, o que provocou algumas perdas.
Quando tomou conhecimento do fato, o juiz de direito da Comarca, Luiz Fernando Rennó Matos, retirou a documentação do local e a transferiu para uma pequena casa alugada, onde ficou por mais de um ano. Por ser uma das cidades mais antigas de Minas, Cristina concentrou em sua comarca decisões importantes envolvendo todas as demandas processuais das áreas civis e criminais da região, constituindo seu acervo um importante patrimônio histórico. Por causa desta importância algumas pessoas da comunidade e pesquisadores de outras regiões, interessados em História, Direito e
Genealogia, passaram a solicitar que os documentos fossem disponibilizados
para pesquisa.
O grupo procurou o Conselho Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural que propôs a criação de uma Organização Não-Governamental (ONG) para cuidar de toda a documentação e, há quatro anos, com recursos financeiros do Fundo Estadual de Cultura, foi fundado o Centro de Documentação e Memória de Cristina “Luiz Barcellos de Toledo”. Hodgson Edmundo Rodrigues Castro, coordenador do projeto, informa que um historiador calculou 150 metros lineares de documentos, porém ao abrir as caixas percebeu-se que havia o triplo. “No acervo, estão, por exemplo, processos por devolução de escravos que não correspondiam às qualidades descriminadas por seus ex-donos, levantamentos do número de escravos em cada município pertencente à Comarca
de Cristina, e demandas diversas por divisas de terras”, revela Hodgson.
Atualmente o Arquivo Público e Histórico do município de Cristina está localizado em três salas, na Câmara Municipal, onde pode ser analisado por pesquisadores e estudantes. "A característica principal deste arquivo é a unidade pela qual os documentos se apresentam, ou seja, é um conjunto integrado de fontes de memória histórica, que possibilita o entendimento da transição do passado colonial para a nação independente que somos”, conta Hodgson.
Ubá também abre Arquivo Público Como Cristina, o município de Ubá, na Zona da Mata, também obteve verba do Fundo Estadual de Cultura para implantação do Arquivo Histórico Permanente do Município. O projeto foi elaborado pelo então secretário municipal de Administração e membro do Conselho de Patrimônio Cultural de Ubá, Evandro de Castro Doriguetto.
Em funcionamento desde 2007, o Arquivo é composto por documentos produzidos pela administração pública – Câmara e Prefeitura – durante os séculos XIX e XX. No acervo também podem ser encontrados 71 posteres em preto e branco produzidos em meados do século XX pelo arquiteto Fernando Afonso Carneiro Peixoto com o tema: “Ubá: Retrato de uma cidade” – um registro histórico da arquitetura da cidade, assim como dos eventos como casamentos, enterros, festas, bailes, formaturas, entre outros.
Segundo Beth Barros, da Divisão de Cultura, além da população de Ubá, a implantação do Arquivo Histórico é importante para os diversos municípios da região, principalmente aqueles que faziam parte do território ubaense, cuja história está registrada em boa parte do acervo que agora se encontra recuperado e preservado.
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Lançamento:Histórias, Culturas e Territórios Negros - Reflexões docentes para uma reeducação das relações étnico-raciais


Histórias, Culturas e Territórios Negros na Educação:

Reflexões docentes para uma reeducação das relações étnico-raciais


Alexandre do Nascimento, Amauri M. Pereira,

Luiz Fernandes de Oliveira e Selma Maria da Silva(org.)



Ana Paula Venâncio, Andréa Santos Pessanha,

Cláudia Fabiana de O. Cardoso, Helena Theodoro,

Janete S. Ribeiro, Maria Teresa S. Telles, Maria Cristina S. Cardoso, Patricia A. Siqueira, Patrícia Freitas



Kitabu Livraria Negra
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Artigo - Ronaldo Vainfas - Folha de S.Paulo (14/12/2008)


*Horas de desespero*

*Diminuição das aulas de história em benefício das de sociologia em SP é um
erro grave, que irá prejudicar ainda mais os alunos das escolas públicas***
-

RONALDO VAINFAS

ESPECIAL PARA A *FOLHA - 14/12/2008*

Mais uma vez a história sai prejudicada no ensino médio, e não digo isso com
o espírito de autocomiseração tão corriqueiro entre os professores de
história.
Mas esta decisão do governo do Estado de São Paulo -de reduzir a carga
horária letiva de história para abrigar a disciplina de sociologia e ampliar
a de filosofia- irá prejudicar os estudantes sem compensação à altura.
A obrigatoriedade da filosofia pode ser considerada positiva, pois dá um
toque de humanismo e um estímulo à reflexão ética muito salutares. Sobretudo
no mundo atual, onde o individualismo narcísico e o egoísmo possessivo
parecem ter se consagrado como valores universais.
Mas ampliar a carga de filosofia e introduzir sociologia já é discutível.
Trata-se de disciplina muito específica no campo das ciências sociais,
voltada, antes de tudo, para a discussão de modelos abstratos para o estudo
das sociedades.
Ficará o aluno obrigado, precocemente, a debruçar-se sobre o pensamento de
Weber, Durkheim e, decerto, o velho Karl Marx. Sabe-se lá como isso será
ensinado pelos professores ou recebido pelos alunos.
E, se entra a sociologia, por que não a antropologia ou a ciência política?
Qual é o critério de escolha da sociologia como representante das ciências
sociais no ensino médio? De todo modo, a inclusão da sociologia ou de
qualquer das outras chamadas ciências sociais é desnecessária nesta altura
da formação escolar.

*Fusão*
Tudo se agrava com a diminuição da carga de história, que já incorporou,
recentemente, a obrigatoriedade de disciplinas sobre histórias africana e
indígena. A primeira em 2003, pela lei nº 10.639, e, a segunda, em 2008,
pela lei nº 11.645.
Nesta última, a fórmula utilizada para denominar a disciplina é "história da
cultura afro-brasileira e indígena". Nada contra a inclusão desses novos
conteúdos que, sem dúvida, ajustam o ensino da história no Brasil às nossas
raízes culturais múltiplas, embora nada disso seja realmente novo.
Muito pelo contrário, pois já Karl von Martius, em meados do século 19,
dizia que a chave para compreender a história do Brasil residia no estudo da
fusão das três raças, a branca, a indígena e a negra. Deixando de lado o
linguajar "raciológico", hoje tão valorizado nas políticas afirmativas do
governo, a idéia de Von Martius era boa.
Tão boa que ninguém a seguiu naquele tempo em que a escravidão brasileira
estava no apogeu. Foi somente Gilberto Freyre quem viria a assumir esse
projeto em seu "Casa-Grande e Senzala", de 1933. E ainda foi acusado de
racista...
Seja como for, ensinar história não é o mesmo que ensinar somente história
do Brasil ou de tudo aquilo que guarda relação direta com a nossa história.
Esse "brasil-centrismo" (me perdoem pelo neologismo cacófono) é, por razões
óbvias, um equívoco que afetou muito o ensino da história.
Os estudos da Antigüidade e da Idade Média, por exemplo, saíram dos
currículos do secundário em reformas anteriores, e seus conteúdos acabaram
excluídos dos exames vestibulares. O que será cortado da história com esses
novos ajustes?
O grave risco é o de se formular um currículo de história centrado, de um
lado, numa história do Brasil ideologizada e, de outro, numa história geral
cada vez mais presentista.
A julgar pelos cortes cronológicos anteriores, a próxima vítima deve ser a
história moderna e, assim, o estudo da história geral corre o risco de
começar pela Revolução Francesa!

*Triunfo do clichê*
Que história será essa, que, de reforma em reforma, vai arqueologizando o
passado?
É o triunfo do clichê de que a história serve para compreender o presente,
quando o melhor dela, História, é conhecer o próprio, as diferenças de uma
mesma sociedade no tempo ou entre civilizações distintas.
E, agora, o ensino médio de São Paulo ainda vai amputar mais a história para
abrigar a sociologia. Decisão temerária e repleta de conseqüências negativas
para a formação dos alunos. Dos alunos do "ensino público", vale sublinhar.
Porque os colégios particulares não entrarão nessa onda de cortes, mantendo
sua carga de 500 horas ou mais, enquanto as escolas públicas paulistas terão
de contentar-se, segundo cálculos recentes, com cerca de 200 horas.
Moral da história: nos vestibulares futuros, os egressos das escolas
públicas de São Paulo sairão em grande desvantagem nas provas de história,
sobretudo os que optarem por carreiras humanísticas, onde a prova de
história é decisiva.
Assim, terão mais dificuldade, como sempre, de ingressar em universidades
públicas. O remédio das cotas, em si mesmo duvidoso, torna-se quase uma
piada de mau gosto num contexto como esse.
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*RONALDO VAINFAS* é professor titular do departamento de história da
Universidade Federal Fluminense (UFF).
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Luiz Felipe de Alencastro e os 200 anos da Corte no Brasil


*A terceira margem do Rio*

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*Estudos sobre a vinda da família real ao Brasil ignoram que país estava inserido no contexto mais amplo do Atlântico Sul***------------------------------

*LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO*
COLUNISTA DA *FOLHA*

No termo do ano do bicentenário, talvez ainda haja algo para ser dito sobre
a chegada da corte.
Eventos variados apresentaram as mudanças introduzidas em 1808.
Apontou-se o desenvolvimento comercial, a modernização social e institucional, o transplante da burocracia européia que forjou o aparelho estatal da nação, a não-fragmentação da América portuguesa e a singularidade monárquica brasileira no contexto americano.
Some-se a isso certa nostalgia da época em que o Rio de Janeiro era a capital política, econômica e cultural do país.
Com exceção deste último aspecto, os temas não foram muito distintos dos que haviam sido destacados cem anos atrás.
Como há um século, a comemoração da vinda da corte serviu para apregoar a preeminência do Brasil na história da expansão européia e a excepcionalidade
do destino brasileiro.
Pouco se falou a respeito da ofensiva inglesa no Atlântico Sul, ilustrada pelos ataques de 1806 e 1807 a Buenos Aires, cujo comércio seria em seguida aberto à Inglaterra.
Quase nada foi notado sobre o arrocho de Londres para que a corte viesse para o Brasil comboiada -subjugada pelos canhões da Royal Navy.
No entanto -respondendo à chancelaria britânica, que insistia, ainda em 1838, na generosidade da ajuda naval inglesa em 1808-, Sá da Bandeira, primeiro-ministro português, argumentou que a corte podia muito bem ter se estabelecido na ilha da Madeira, mais próxima de Lisboa e inacessível à Marinha de Guerra francesa (destruída em 1805 na batalha de Trafalgar).

*Pressão inglesa*
Para ele, a vinda da corte para o Rio de Janeiro fora imposta pelos ingleses, sobretudo interessados em ter livre acesso ao mercado da América portuguesa. Nessa perspectiva, o fator decisivo do translado da corte é a pressão inglesa para forçar a abertura do comércio do Brasil.
Assim, o plano de mudança da sede do reino, cogitado desde sempre por uma elite portuguesa ansiosa por vir morar em Pindorama -eixo central da historiografia e do comemoracionismo-, se torna aleatório.
Enviesada por uma interpretação territorial da história do Brasil que desconsidera a unidade do Atlântico Sul, boa parte das análises não atinou para o outro evento marcante de 1808: o engolfamento brasileiro nos portos africanos abandonados pelos negreiros da Inglaterra e dos EUA.
De fato, concretizou-se nesse mesmo ano a proibição do tráfico de africanos
ordenada aos comerciantes dos dois países por seus respectivos governos.
Atenta à mudança, a Mesa de Inspeção -órgão regulador do comércio do Rio-anunciou, em agosto de 1808, as grandes oportunidades abertas ao Brasil, "pela falta de concorrentes estrangeiros na costa [da África], sendo a todos vedado este comércio [de escravos]".
Na seqüência, as trocas diretas com a Inglaterra estimulam as exportações
brasileiras para a Europa, avolumando a importação de africanos.
Campeão absoluto do comércio negreiro, já considerado pirataria no século 19, o Brasil captou 1,5 milhão de africanos entre 1808 e 1850. Desses, 760 mil foram ilegalmente introduzidos no país, sobretudo entre 1831 e 1850.
Conforme a legislação brasileira de 1831, todos esses indivíduos eram considerados livres ao pisarem nas praias do império. Sua redução ao cativeiro constituía crime de seqüestro.
Porém a esmagadora maioria deles -e de seus filhos e netos- foi mantida na escravidão com a tolerância das autoridades e o conluio da sociedade.

*Livres e escravizados*
Desse modo, as duas últimas gerações de escravos simplesmente não eram
escravos. Trata-se de indivíduos plenamente livres e escravizados ao arrepio
da lei.
Nesse contexto, a transferência da corte ofereceu duas condições importantes
para a sobrevivência do sistema negreiro. Um governo português -e depois brasileiro- obstinado na continuidade do escravismo e um aparato diplomático competente, apto a neutralizar as ofensivas diplomática e naval inglesa, protelando o tráfico de africanos até 1850.
A visão irênica da chegada da corte propala a ocidentalização do Brasil pela
dinastia dos Bragança que reinava nas duas margens do Atlântico.
Mas houve também uma terceira margem no rio-oceano, formando a cadeia de trocas que conectou a barbárie ao progresso econômico: quanto mais cresceu a economia brasileira, mais gente foi arrancada da África e escravizada no Brasil.
O poeta alemão Heinrich Heine escrevia em 1833: "Cada época é uma esfinge que mergulha no abismo logo que o seu problema é decifrado".
Terá o Brasil decifrado as conseqüências do problema gerado em 1808?
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*LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO* é historiador e professor na Universidade de Paris 4. É autor de "O Trato dos Viventes" (Cia. das Letras) e escreve regularmente na seção "Autores", do *Mais!*.
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Oito em cada dez brasileiros nunca ouviram falar do AI-5


Oito em cada dez brasileiros nunca ouviram falar do AI-5
*MAURICIO PULS* da *Folha de S.Paulo*
*NATÁLIA PAIVA* colaboração para a *Folha de S.Paulo*

Editado há 40 anos pelo general Costa e Silva, o AI-5, o principal símbolo
da ditadura militar, é totalmente ignorado por 82% dos brasileiros a partir
dos 16 anos. E, dos 18% que ouviram falar algo sobre ele, apenas um terço
(32%) respondeu corretamente que a sigla se referia ao Ato Institucional nº 5.

13.dez.1968/Iconographia O então ministro da Justiça Luís Antonio Gama e Silva anuncia o ato AI-5 na Agência Nacional ao lado do locutor Alberto Cury

Editado em 13 de dezembro de 1968 pelo então presidente, o general Costa e
Silva, o AI-5 autorizava o Executivo a fechar o Congresso, cassar mandatos,
demitir e aposentar funcionários de todos os poderes. O governo podia
legislar sobre tudo, e suas decisões não podiam ser contestadas
judicialmente. Em dez anos, o AI-5 serviu de base para a cassação de mais de
cem congressistas. A censura atingiu cerca de 500 filmes, 450 peças, 200
livros e 500 canções.

Passados quase 30 anos de sua extinção, a lembrança do AI-5 vem se
desvanecendo. Como observa o cientista político Marcus Figueiredo, do
Iuperj, isso resulta do fato de que boa parte da população nasceu após 1968:
"O fato tem 40 anos e não faz parte do calendário das datas nacionais". Mas
mesmo no estrato de pessoas com 60 anos ou mais (indivíduos que tinham ao
menos 20 anos quando o AI-5 foi editado), só 26% dizem ter ouvido falar
dele.

O conhecimento sobre o AI-5 cresce à medida que avança a escolaridade
formal. Só 8% das pessoas com ensino fundamental ouviram falar do AI-5. A
taxa sobe para 53% entre quem tem nível superior, mas só 12% desse grupo se
diz bem informado.

Para o sociólogo Leôncio Martins Rodrigues, professor aposentado da USP e da
Unicamp, "a variável decisiva é a escolaridade": "É natural que o
desconhecimento exista. A população comum é muito desinformada sobre
questões políticas. O pessoal mal lê jornal. Isso não é só no Brasil. Foi
feita uma pesquisa com jovens da Alemanha, e a grande maioria nunca tinha
ouvido falar de Hitler".

Na opinião do historiador Marco Antônio Villa, da UFSCar, a pesquisa não
revela "nenhuma surpresa": "Nós somos um país sem memória e despolitizado.
Se a política fizesse parte do cotidiano, isso não aconteceria. É um duplo
problema. Isso permite que quem colaborou com a ditadura possa se travestir
de democrata".

Para o historiador Carlos Guilherme Mota, da USP, a pesquisa do Datafolha é
previsível e resulta de um ensino ruim, da falta de financiamento às
universidades e da falta de interesse num projeto nacional calcado no
conhecimento histórico: "Vivemos num país em que as elites não têm
preocupação em incentivar a educação e a pesquisa histórica", diz.

Mais do que um fiasco do sistema escolar, a historiadora Denise Rollemberg,
da UFF, diz tratar-se de um processo que envolve esquecimento e reconstrução
da história: "No Brasil pós-abertura política, quando a democracia passa a
ser valorizada, há uma reconstrução do passado a partir do presente. Nessa
reconstrução esquece-se o que houve para esquecer-se do aval dado".

Daniel Aarão Reis, também da UFF, concorda. Diz que que sempre que uma
sociedade muda de valores surge o desafio de compreender por que se tolerou
a situação agora deixada de lado: "É muito mais simples não falar do
assunto, esquecer".

Um sintoma de que o apoio à ditadura foi mais amplo do que aparenta
transparece na pergunta na qual o pesquisador, após explicar o que foi o
AI-5, questiona se Costa e Silva agiu bem ou mal ao editá-lo: 48% avaliam
que ele agiu mal, e 26% acham que ele agiu bem. A pesquisa foi feita de 25 a
28 de novembro com 3.486 pessoas. A margem de erro é de dois pontos.
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AI-5 influenciou regimes militares na América do Sul, dizem analistas

sábado, 13 de dezembro de 2008


AI-5 influenciou regimes militares na

América do Sul, dizem analistas

*MARCIA CARMO*
da *BBC Brasil*, em Buenos Aires

O Ato Institucional Nº 5 (AI-5), que deu poderes ilimitados ao governo
militar do presidente Artur da Costa e Silva e que completa 40 anos neste
sábado, acabou servindo de "exemplo" para os golpes militares em outros
países da América do Sul, segundo analistas.

"Com o AI-5, começou um novo modelo de ditadura militar na região que serviu
de exemplo para o golpe militar no Uruguai e no Chile, em 1973, e na
Argentina, em 1976", disse à BBC Brasil o professor de ciências políticas da
Universidade Autônoma do Chile, Ricardo Israel.

Segundo ele, aquele "novo modelo de ditadura" não queria somente "derrubar"
os comunistas, naqueles tempos de Guerra Fria, mas também implementar um
novo sistema político e econômico.

"Os militares tinham uma visão totalitária que incluía o controle da
sociedade, dos meios de comunicação, dos poderes Legislativo e Judiciário. E
tudo isso foi copiado e instalado, depois, pelos outros países da região",
destacou Israel.

Guillermo Holzmann, diretor do Departamento de Ciências Políticas e Públicas
da Universidade do Chile, concorda. "A base ideológica (dos militares) era a
doutrina de segurança nacional, que o Brasil reavaliou (a partir do AI-5)
como um processo de maior autonomia, com uma proposta que ia além de
neutralizar a ameaça comunista".

O cientista político Ricardo Israel diz ainda que o Brasil também foi
exemplo na hora de "eliminar os insurgentes", com apoio dos Estados Unidos.

"No Brasil, adotaram-se praticas militares para eliminar os opositores. O
mesmo modelo foi adotado nos outros países da região", disse. A diferença,
ressalvou, é que aquelas perseguições foram ainda mais intensas e ferozes
nos países que "copiaram" o Brasil, como Argentina e Chile. "A aplicação das
práticas militares para eliminar os opositores teve mais força nestes países
porque neles a oposição era muito maior", disse.

*"Dívida"*

Israel recordou que dos cinco países que atuaram juntos na chamada "Operação
Condor", somente Argentina e Chile fizeram "revisão" daquele período. Na sua
opinião, o Brasil tem uma "dívida pendente" com a História. "O Chile teve
uma transição parecida com a do Brasil, que incluiu a anistia. Mas o Chile
levou aquele passado para os tribunais. Brasil e Uruguai não".

No Chile, a herança do ex-presidente Augusto Pinochet, líder do golpe contra
o socialista Salvador Allende, em 1973, incluiu cadeiras cativas no Supremo
Tribunal de Justiça e no Congresso Nacional. Aquelas chamadas "amarras"
foram eliminadas no governo do ex-presidente socialista Ricardo Lagos,
abrindo caminho para os processos dos acusados de crimes durante a ditadura
(1973-1989).

"No Chile, esses processos são possíveis hoje porque é aplicada a lei de
direitos humanos internacional, segundo a qual os crimes de lesa humanidade
não prescrevem nunca e são perseguidos sempre".

Por sua vez, Holzmann afirmou que os governos militares da região atuaram de
forma sintonizada, como na "Operação Condor", porque muitos de seus
integrantes, que estavam nas áreas de segurança e inteligência, tinham se
conhecido durante cursos no Panamá e nos Estados Unidos. "Com isso, as
medidas coordenadas que adotaram, mais tarde, ocorreram porque eles tinham
os mesmos interesses e confiança mútua".

Para ele, os regimes militares de Brasil e Chile deixaram algumas marcas
daquelas gestões (industrial e econômica, por exemplo), mas em outros, como
na Argentina, aquele sistema acabou em "tremendo fracasso".

Hoje, segundo Holzmann, Brasil, Argentina, Uruguai e Chile não têm o mesmo
modelo democrático. "São democracias com diferentes níveis de
desenvolvimento. Nem todos os países da região têm hoje instituições sólidas
e eficientes, e equilíbrios macroeconômicos. Com isso, a pobreza, a
desigualdade ou a exclusão variam de um país para o outro".
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Seleção prof substituto(mestrado) da UERJ - História e Ciências socias

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


*SELEÇÃO DE PROFESSORES SUBSTITUTOS*

* *

*ÁREAS: ENSINO DE HISTÓRIA, HISTÓRIA E CIÊNCIAS SOCIAIS** *

* *

*A avaliação constará de análise de currículo, de entrevista e de aula prova
sobre tema escolhido pelo candidato, com apresentação de uma proposta de
plano de curso. A aula prova terá 30 minutos de duração.** *

* *

*INSCRIÇÃO:** *

*De 08 de dezembro de 2008 a 7 de janeiro de 2009, das 14 às 18 horas, na
secretaria do Departamento de Ciências Humanas - Rua Francisco Portela
1.470, Bairro Patronato, São Gonçalo. Telefone: 2604-3232, ramal 227.** *

* *

*CALENDÁRIO:** *

*.**Divulgação dos currículos aprovados - dia 12 de janeiro.** *

*.**Entrevista e Aula Prova - dias 14 e 15 de janeiro de 2009 - os horários
serão informados quando da divulgação dos candidatos selecionados.** *

*.Resultado final: dia 19 de janeiro de 2009.** *

*FORMAÇÃO EXIGIDA: *

*.Para as áreas de História e Ensino de História: graduação em História**,
mestrado em História, Educação ou áreas afins. *

*.Para a área de Ciências Sociais: **mestrado em Ciências Sociais e áreas
afins.** *

* *

*DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A INSCRIÇÃO: **Currículo Lattes; cópia de
documento de identidade e do CPF; cópia do diploma de mestrado ou da ata de
defesa da dissertação; plano de curso na área de interesse do candidato.*
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Estudos científicos refletem sobre o "fazer história"


Estudos científicos refletem sobre o “fazer história”

O historiador e seu tempo, lançamento da Editora Unesp, discute a relação entre o historiador e sua capacidade de compreensão temporal dos sujeitos e das práticas, colocando em foco o debate historiográfico, metodológico e teórico que envolve seu trabalho. Fruto do XVIII Encontro Regional de História da ANPUH – SP (Associação Nacional de História – SP), reúne artigos que analisam autores icônicos da historiografia brasileira: Gilberto Freyre, Oliveira Vianna, Emília Viotti da Costa e Sérgio Buarque de Holanda.

No caso de Viotti da Costa, a própria autora revisita o seu Da Senzala à colônia, ligando a visão do passado ao retrato da época em que o escreveu, lembrando das condições de trabalho, as tendências da historiografia, dos debates metodológicos e das lutas políticas presentes à época de sua elaboração, há 40 anos. Elementos presentes neste clássico sobre a escravidão também são esmiuçados por outros dois pesquisadores.

Os organizadores estruturam os artigos tendo como foco o debate sobre o multifacetado fazer do historiador. São retratadas as questões relacionadas à produção de saberes culturais a partir das práticas docentes e a memória no âmbito escolar à luz de teóricos como Edgar Morin, André Chervel, Michel Foucault, Marcel Proust, Freud e Jung. Outro ponto abordado na obra é a relação entre o gênero e a cultura, focada principalmente na questão das mulheres, recontando a história da luta feminista e como ela estruturou novas relações, proporcionando uma nova visão dos dados historiográficos estudados. Além disso, há também estudos sobre a relação entre imprensa, poder e historiografia, revelando a relação dos mass media com a historiografia por meio de jornais e revistas do Brasil.

Sobre os organizadores – Antonio Celso Ferreira é doutor em História Social pela Unesp e leciona no curso de História na Unesp, no câmpus de Assis. Holien Golçalves Bezerra é doutor em História pela USP e leciona na Universidade Federal de Goiás. Tania Regina de Luca é doutora em História Social pela USP e leciona no curso de História da Unesp, câmpus de Assis.

Título: O historiador e seu tempo

Organizadores: Antonio Celso Ferreira, Holien Gonçalves Bezerra e Tania Regina de Luca

Número de páginas: 240

Formato: 16 x 23 cm

Preço: R$ 39
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Câmara aprova criação do Instituto de Museus


Acredito que essa seja uma boa notícia para todos os brasileiros e em especial para nós, historiadores, professores...

Câmara aprova criação do Instituto de Museus
Diego Salmen


A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, 11, a criação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). A iniciativa é considerada "histórica" pelo secretário-executivo do Ministério da Cultura (MinC), Alfredo Manevy.

- A aprovação fortalece a cultura brasileira - diz Manevy.

A proposta de criação do instituto foi apresentada ao Congresso pelo MinC. O projeto ainda precisa ser votado pelo Senado.

Com a estruturação do Ibram, o governo federal pretende integrar uma rede de mais de 3 mil museus municipais, estaduais e federais, para facilitar o acesso da população aos diferentes acervos históricos do país.

"Hoje esses museus carecem de tecnologia e recursos, e o instituto criará condições para que eles se desenvolvam de maneira adequada", diz o secretário-executivo.

Segundo Manevy, aproximadamente 15% dos brasileiros frequentam museus atualmente. "É um número muito baixo", reconhece. Para ele, a principal missão do Ibram será reverter esse papel, desenvolvendo a relação dos museus com a escola.

- Um país sem memória é um país sem futuro. A memória é uma questão central da democracia.

Fonte: Terra Magazine
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Cartas de Jango criticam "quartelada" de 64

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008


*Cartas de Jango criticam "quartelada" de 64*

*Do exílio, presidente deposto enviou correspondência de agradecimento a argentinos e ao ditador paraguaio Alfredo Stroessner

Nas mensagens, Goulart criticava a "ditadura" e também o comunismo, que "não
resolverá jamais os problemas que nos afligem"*

DA SUCURSAL DO RIO

No exílio, João Goulart manteve intensa correspondência com amigos e aliados
políticos, que lhe passavam informações sobre a conjuntura do país, sempre
com a intenção de voltar ao Brasil, principalmente nos primeiros anos após o
golpe militar de 1964.

Como se trata do arquivo do ex-presidente, naturalmente poucas são as cartas escritas por Jango que restaram. Há rascunhos de mensagens, por vezes em blocos improvisados de hotéis ou folhas de caderno.

Os primeiros registros do CPDOC são de abril de 1964, logo após a chegada ao Uruguai. Em carta que não tem sua caligrafia e foi provavelmente ditada, ele chama o golpe de "quartelada" e o governo de "ditadura". Sua provável letra, porém, aparece em retificações.

"Dirijo-me do exílio ao povo brasileiro nesta hora de angústias e sofrimentos. Deposto por um golpe de força, observo, entristecido, cair a máscara do grupo militar que assaltou o poder. Instalaram um governo ficticiamente constitucional e, desde a quartelada, nenhuma medida a favor do povo foi posta em prática", escreve. Em um dos trechos, substitui "desesperança" por "tristeza".

Ao chegar ao Uruguai, enviou cartas de agradecimento, "pelo apoio", "a todos os argentinos" e ao ditador paraguaio Alfredo Stroessner. É possível ver on-line o documento em que recebe o asilo político do governo uruguaio, de 21 de abril de 1964.

Em outro rascunho, reclama a restauração das liberdades. "Não está em jogo a minha pessoa, meu prestígio pessoal ou meu futuro político. (...) Sinto-me no dever e na responsabilidade de lutar, democraticamente, para restabelecer as liberdades suprimidas e as garantias aos humildes."

Recebia de aliados relatórios militares de inteligência, caso de documento sobre o Uruguai supostamente confeccionado pelas Forças Armadas.

A coleção contém o inquérito policial militar a que respondeu por supostos crimes contra a segurança do Estado e a ordem política e social. Seria julgado, entre outras coisas, "por tentativa de subversão da disciplina e hierarquia" e por ter usado as Forças Armadas na proteção de comícios, "onde a propaganda comunista foi clara, aberta e ostensiva".

Em cartas, entretanto, ataca o comunismo que era acusado de defender -"se o comunismo, que todos condenam, não resolverá jamais os problemas que nos afligem, não serão os fracos processos das direitas (...) que irão fornecer solução aos nossos problemas"- e critica o embaixador norte-americano, Lincoln Gordon.

Cartas de populares com pedidos e manifestações de solidariedade também foram guardadas, como a de uma mulher que lhe pede "mil cruzeiros novos" (cerca de R$ 5.900 em valores de hoje). Muitas cartas eram respondidas, segundo os pesquisadores do CPDOC.

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Fabrício Augusto Souza Gomes
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Angola é aqui | Revista de História da BN


Informativo da Revista de História da Biblioteca Nacional
Dezembro - 2008
www.revistadehistoria.com.br

Angola é aqui
No próximo evento do projeto 'Biblioteca Fazendo História', José Manuel Gonçalves, autor do livro 'Angola a Fogo Intenso', e Marcelo Bittencourt, professor da Universidade Federal Fluminense, irão discutir as proximidades entre a história brasileira e a angolana


Chico Mendes: vivo látex
Mary Allegretti, antropóloga e ex-colaboradora de Chico Mendes, conta detalhes de seu trabalho ao lado do líder seringueiro, discute os avanços na preservação da Amazônia e comenta sobre a enigmática figura de Euclides da Távora, o guerrilheiro comunista responsável pela alfabetização de Chico.


O pai da umbanda
Rejeitado no kardecismo, Zélio Fernandino decidiu criar seu próprio culto. Assim, nasceu a umbanda, que reúne elementos da cultura indígena, européia e africana. A religião completa seu primeiro centenário em 2008.


Caminhos históricos
Expedições refazem os caminhos brasileiros por onde passaram os pais da teoria da evolução. No Rio de Janeiro, professores e estudantes partiram em caravana "Caminhos de Darwin", organizada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Na Amazônia, o fotógrafo Fred Langford percorre o trajeto de Alfred Wallace, o evolucionista esquecido.


Saramago, erva rústica
Escritor recebe homenagem da Academia Brasileira de Letras e fala de 'A Viagem do Elefante', seu novo livro. “O enredo é bastante simples, é só um elefante que vai andando. Mas o leitor é conduzido por algo mais: pela linguagem”, disse o prêmio Nobel.
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1948 FOI O MARCO!!!


1948 foi o marco!

Em um 10 de dezembro como hoje, a Declaração Universal dos Direitos Humanos era promulgada pela Assembléia Geral das Nações Unidas e ganhava legalidade a luta histórica de vários militantes.

Passados sessenta anos - a partir das notícias na mídia - constata-se que o aumento da criminalidade e da violência transforma o aniversário desse documento em momento de reflexão critica de que o caminho para a consolidação prática dos direitos ainda será longo.

“Existe uma legislação rica, com adesão a um plano nacional e assinaturas de pactos, mas a efetivação dos direitos ainda é muito baixa. Há violações o tempo todo", considera José Carlos Zanetti, assessor de projetos da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), entidade de apoio a organizações populares em prol da cidadania. Das principais violações, destaca-se justamente a mais essencial: o direito do ser humano à vida.

Na contramão do que preconiza o artigo III da Declaração, quando diz que "toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal", Zanetti revela o alarmante número de 50 mil mortes violentas no Brasil só este ano. No Iraque, em que prevalece a situação de guerra, foram 34 mil vítimas – montante próximo ao registrado por aqui na época da campanha do desarmamento, quando a estatística teve baixa.

Conversava com Eliana Rolemberg, ex-presa política, que me chamava à atenção de que o fenômeno não se restringe mais às grandes cidades, ele se interiorizou: "A violência não só persiste, como aumentou".

"A cultura da violência vai demorar muito tempo para desaparecer", diz José Carlos Zanetti, para quem o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) seria uma resposta a isso.

“É uma luz no túnel. Mas esses indicadores de violência urbana não podem sair da nossa cabeça", afirma Zanetti. São dados que não podem ser esquecidos para que a luta jamais seja abandonada, a exemplo dos mais de 80% de violações que ficam impunes perante a Justiça, segundo Waldemar Oliveira. Ele lamenta que contribuam para isso o desaparelhamento e o desestímulo da polícia investigativa, que ainda influem diretamente em uma aplicação deficiente dos direitos humanos.

Entre avanços destacados pelos especialistas, estão a criação da ouvidoria da polícia, os trabalhos de capacitação em cidadania, a tipificação da tortura como crime inafiançável, a redução do trabalho infantil, a visibilidade ganha pelos direitos humanos nos últimos anos, com realização de conferências e constituição de conselhos.



Celebrar essa data, enquanto militante ou simpatizante dessa luta, consiste em lutar pela perspectiva socialista, onde a igualdade de oportunidades, a socialização dos meios de produção e a construção da democracia participativa em todos os setores da sociedade são os eixos basilares de apoio para a efetivação dos direitos humanos.



E isso não é inventar a roda, a história de nossa luta tem dito isso há muito.



Luiz Carlos Guimarães Serafim

Confederação Nacional das Associações de Moradores
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O passado digitalizado



O Holocausto, as guerras, as manifestações cívicas e a Queda do Muro de Berlim agora terão imagens para uso público. O Arquivo Nacional Alemão anunciou a doação de 100 mil fotos digitalizadas para a Wikipédia, de 1860 até a atualidade.

A concessão do Governo da Alemanha faz parte de um projeto que pretende colocar 11 milhões de fotografias em domínio público, distribuído sob licença da Creative Commons. Desta maneira, qualquer internauta poderá utilizar e difundir as imagens.

O Arquivo Nacional da Alemanha foi criado em 1952, na cidade de Koblenz, na parte Ocidental, com a finalidade de abrigar documentos históricos. A partir de 1987, todo cidadão alemão ganhou o direito de pesquisar os arquivos, desde que seja justificado por meios oficiais.

O vice-diretor do arquivo, B. Kuhl, declarou que decidiu cooperar com a rede devido ao sucesso de público da enciclopédia virtual e acredita que todas as nações estejam caminhando para disponibilizar materiais históricos na web.

Em novembro, o Google e a Revista People começaram a disponibilizar um acervo valioso de fotos, que deve contar com mais de 10 milhões de imagens.

Fonte: Plantão INFO


josé ricardo
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Publicação de Ensaios para alunos da graduação e pós-graduação


A revista Médio Paraíba Magazine (www.medioparaiba.com.br) disponibiliza o espaço "COLUNA PENSARE"(www.medioparaiba.com.br/pensare) para a publicação de artigos de alunos de graduação ou pós-gradução (especialização). Originalmente criado para o público da região sul-fluminense, o mesmo fica a contar desta data aberto para outros discentes das mais diversas regiões do país.

No caso de interesse, o artigo deve ter, no máximo, três páginas, formato A4, em Word ou similar, as citações bibliográficas devem estar no corpo do texto (p.ex. "...Braudel no livro 'Mediterrâneo e o Mundo Mediterrâneo' informa que...") e enviado ao e-mail pensare@medioparaiba.com.br.

Lembro a todos de que não se trata de uma revista acadêmica, mas sim, um espaço onde alunos podem expor pequenas dissertações e interagir com demais discentes (há espaço para comentários e diálogos).

Fonte: Orkut
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Prazo de envio de contribuições História da Historiografia


Encerra-se no dia 20 de Dezembro, o prazo limite para envio de contribuições para o segundo número do periódico História da Historiografia (ISSN 1983-9928) com data prevista de lançamento em Março de 2009.

Maiores informações no site: www.ichs.ufop.br/rhh
A revista convida os pesquisadores interessados a preencher o cadastro on line em seu site, na seção Pesquisadores do Campo.
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Os Fundamentos Militares da Hegemonia Romana sobre o Mediterrâneo


Os Fundamentos Militares da Hegemonia Romana sobre o Mediterrâneo

Prof. Manuel Rolph De V. Cabeceiras

Dia 11/XII/2008, quinta feira, das 16 às 18h

Grupo de Estudos de História Militar - Centro de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade


SALA 207 do BLOCO 'O'.

Campus Gragoatá da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ

Centro de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade /
Departamento de História - Univ. Fed. Fluminense

CEIA - UFF
Tel: (21) 2629-2603
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LANÇAMENTO DE LIVRO


Narrativas, Imagens e Práticas Sociais: percursos em história cultural

de Sandra J. Pesavento, Nádia Maria Weber Santos & Miriam de Souza Rossini (orgs.)

Através da apropriação de narrativas diversas, os historiadores promovem interpretações renovadas do passado; e através dos aspectos teórico-metodológicos sobre o uso da imagem na história se vislumbra a própria paisagem social. Este livro nos mostra que as práticas sociais nos orientam para alguns percursos possíveis de nossa história cultural.

Editora Asterisco
14x21cm
256 páginas

R$ 30,00


Este livro é o resultado do trabalho de um grupo de pesquisadores que há mais de dez anos estão juntos, compartilhando teorias, metodologias, objetos, reunidos no Grupo de Trabalho em História Cultural da ANPUH do Rio Grande do Sul. É também uma homenagem à professora e pesquisadora Sandra Jatahy Pesavento, que fundou o GT em 1997, disseminando entre seus orientandos de graduação e de pós-graduação a paixão pela História Cultural.
Os textos apresentados no livro são tão diferentes quanto seus autores, mas tão coesos quanto as opções teórico-metodológicas que assumem. Em especial eles se voltam para a aplicação metodológica da teoria, que perpassa conceitos importantes como representação e imaginário. Sua leitura nos permite não só um contato com as diferentes gerações de pesquisadores da área de História no Rio Grande do Sul, como também um percurso por essa historiografia que tem ganhado impulso através dos grupos de pesquisa que se voltam para aspectos específicos da História.
Autores: CHARLES MONTEIRO ; CLÁUDIA MUSA FAY ; LUIS FERNANDO BENEDUZI ; MÁRCIA RAMOS DE OLIVEIRA ; MARIA LUIZA FILIPPOZZI MARTINI ; MIRIAM DE SOUZA ROSSINI ; NÁDIA MARIA WEBER SANTOS ; PAULO ROBERTO STAUDT MOREIRA ; RICARDO DE AGUIAR PACHECO ; SANDRA JATAHY PESAVENTO.


À VENDA NOS SITES

Editora Zouk
www.editorazouk.com.br

Livraria Cultura
www.livrariacultura.com.br

http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=5078723&sid=013776119101210339637538532&k5=12FCCDCF&uid=
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Cursos de Verão 2009 na Casa Saber Rio


CASA DO SABER NA TRAVESSA BARRASHOPPING


INÍCIO
08/01
(QUINTA)
ÍNDIA – HISTÓRIA, CULTURA E ATUALIDADE

Leandro Karnal
Quintas-Feiras, às 16h (08/01, 15/01, 22/01, 29/01)


INÍCIO
14/01
(QUARTA)
ARTE NA ANTIGÜIDADE E NA IDADE MÉDIA

Hélio Dias Ferreira
Quartas-Feiras, às 20h (14/01, 21/01, 28/01, 04/02)



INÍCIO
22/01
(QUINTA)
OS VÁRIOS GÊNEROS DO CINEMA

Ana Maria Bahiana
Quintas-Feiras, às 20h (22/01, 29/01, 05/02, 12/02, 19/02)


INÍCIO
26/01
(SEGUNDA)
A FILOSOFIA E O SÉCULO XXI
O PERCURSO DO PENSAMENTO OCIDENTAL

Edgar Lyra
Segundas-Feiras, às 20h (26/01, 02/02, 09/02, 16/02)


INÍCIO
27/01
(TERÇA)
NEUROSES DO AMOR

Alberto Goldin
Terças-Feiras, às 20h (27/01, 03/02, 10/02)



Tel.: (21) 2227-2237 / 222-SABER
Horário de atendimento: 11h às 20h
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Viagem pitoresca e as questões da cidadania - vídeo

terça-feira, 9 de dezembro de 2008


Vídeo muito interessante para nós:

Últimos trabalhos de Fernando Mozart para a Multirio (curta e livro). Acredito que possam ser úteis em nossas discussões sobre escravidão, cidadania, educação, inclusão digital etc. (link para download abaixo).

VIAGEM PITORESCA NA TV E NA INTERNET

1) Lançamento do KIT (livro e curta-metragem) , na TV Bandeirantes, no programa Rio a Cidade, da Multirio:
Datas:

11/12, quinta-feira, 14h
23/12, terça-feira, 14:20h

VIAGEM PITORESCA é um curta-metragem, dirigido por Fernando Mozart, que parte das pranchas da "Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil", criada por Debret, e conta uma história que proporciona um encontro virtual entre "navegantes" de ontem e de hoje. Ele apresenta uma viagem dentro de outra viagem, onde a atual resignifica a antiga, emprestando a ela novas possibilidades de leitura e fruição estética.


2) Uma viagem pitoresca: de Debret às escolas do século XXI
Com o objetivo de refletir sobre as condições que favoreceram o surgimento e a manutenção, por quatro séculos, do sistema escravista, e identificar algumas contribuições dos povos africanos para a formação da sociedade brasileira, a MULTIRIO lança no portal www.multirio. rj.gov.br o kit "Uma viagem pitoresca: de Debret às escolas do século XXI", composto de um livro e de um curta-metragem. Leia o texto e assista ao vídeo (vídeo em baixa resolução, para download. Coloque o som alto, que isso faz diferença).

http://www.multirio .rj.gov.br/ portal/riomidia/ rm_materia_ conteudo. asp?idioma= 1&v_nome_area= Materias&idMenu=3&label=Materias&v_id_conteudo= 72288



Esse kit foi distribuído, como livro e CD-ROM, para as escolas da rede municipal de educação do RJ.

Realização: Multirio/SME
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4º Edital do Programa de Especialização em Patrimônio do IPHAN

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional está lançando o 4º
Edital de Seleção do Programa de Especialização em Patrimônio (PEP), para
selecionar candidatos à turma 2009. Este Programa de bolsas destina-se aos
profissionais recém-graduados em diversas áreas do conhecimento, para sua
especialização no campo da preservação do patrimônio cultural durante um
ano, renovável por igual período. Os candidatos selecionados serão
especializados por meio de sua integração nas unidades do Iphan,
distribuídos conforme tabelas 1 e 2 do 4º Edital do PEP, disponível no
Portal do Iphan: www.iphan.gov.br. As inscrições estão abertas até o dia 9
de janeiro de 2009 e as atividades do Programa terão início em 2 de março de
2009.

Solicitamos a colaboração de todos para sua divulgação.

Coordenação do PEP

COPEDOC/IPHAN
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Digitalizado, acervo de Jango mostra amargor durante o exilio


*Em 62, EUA pediram apoio a Jango na crise dos mísseis em Cuba*

*Carta de John Kennedy mostra que americano solicitou ajuda política e
militar ao Brasil contra a ameaça soviética

Em manuscrito de arquivo do CPDOC, João Goulart se manifesta contra ação
militar em Cuba e defende autodeterminação do país*

*RAPHAEL GOMIDE*
DA SUCURSAL DO RIO

No auge da crise dos mísseis em Cuba, em 22 de outubro de 1962, o presidente
dos Estados Unidos, John F. Kennedy, enviou carta "secreta" ao colega
brasileiro João Goulart, pressionando-o por apoio diplomático, político e
até militar contra o "desafio ousado e belicoso" [de instalar mísseis em
Cuba] da URSS a "todos os povos livres". Segundo Kennedy, os mísseis
representavam "grave (...) ameaça ao hemisfério ocidental", e os dias
seguintes determinariam "o futuro da humanidade neste planeta".

Kennedy propõe a Jango uma ação conjunta, que pode incluir a "participação
(...) em alguma ação militar", "senão a União Soviética vai passar a
violações mais e mais flagrantes contra a paz internacional e a liberdade,
até que não tenhamos mais escolha a não ser a rendição absoluta ou o
desencadear de um holocausto nuclear". "Temos de tomar uma posição agora; o
mundo inteiro está observando."

As quatro páginas da mensagem e mais 563 páginas de documentos, além de 136
fotos, integram os arquivos pessoais do presidente deposto João Goulart
(1961-64), desde domingo digitalizados e disponíveis a acesso público no
site do CPDOC/FGV *(www.cpdoc.fgv.br/comum/htm/)*.

O governo brasileiro não participou da malfadada intervenção em Cuba. Não se
sabe se esta foi a resposta oficial do brasileiro, mas os arquivos do CPDOC
contêm manuscrito em que Jango se manifesta contra a intervenção militar em
Cuba e defende a autodeterminação do país. "Nunca reconhecemos a guerra como
instrumento de resolver conflitos entre os países", escreveu.

Os papéis digitalizados são um resumo do pensamento e das angústias do
último presidente civil antes de 21 anos de regime militar. Trazem
documentos pessoais, fotos e material de sua vida pública. Retratam o
conturbado período de sua presidência, iniciada com a renúncia de Jânio
Quadros e encerrada com sua queda, após golpe que o levou ao exílio, onde
morreu, em 1976.
Há relatos sobre articulações políticas do então governador da Guanabara,
Carlos Lacerda, para derrubá-lo, em 1963, e dos militares contra sua posse
após a renúncia de Jânio, em 61. Uma carta do amigo Doutel de Andrade o
alerta que ele seria preso caso voltasse da China ao país naquele momento. A
fonte era o presidente da República provisório, Ranieri Mazzili.
Os papéis são divididos por período histórico e compreendem as várias fases
da vida do gaúcho, herdeiro político de Getúlio Vargas.

Observando virtualmente os documentos, é possível compreender a
radicalização e a tensão antes do golpe, as tratativas infrutíferas de
reverter o destino já no Uruguai, e enxergar a tristeza e o amargor dos anos
de exílio. Até sua morte, ele escrevia manuscritos endereçados "ao povo
brasileiro".

*Aberto para o mundo*

A digitalização dos documentos foi feita com o patrocínio de R$ 3 milhões do
banco Real. Segundo Suely Braga, coordenadora do setor de documentação do
CPDOC, o objetivo é preservar o acervo e abrir possibilidades de consulta
para o mundo.

O acervo de Jango foi doado em 1990 pela família de Raul Ryff, que foi
secretário de imprensa do presidente. Não existe outro arquivo privado
conhecido, diz Suely Braga, embora parentes do ex-presidente tenham se
referido a um baú, que se teria perdido.

Para a pesquisadora sênior do CPDOC Ângela de Castro Gomes, autora do livro
"Jango -As Múltiplas Faces", o acervo "contempla tanto a dimensão de homem
público quanto a pessoal" de João Goulart. "Lendo o arquivo, conseguimos
sentir como aquele personagem vivia como pessoa, seu sofrimento e seu desejo
de voltar ao Brasil de qualquer maneira", diz.

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Fabrício Augusto Souza Gomes
fabricio.gomes@gmail.com MSN: fabriciosgomes@msn.com
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Médici queria revogar AI-5, diz ex-presidente da Arena


*40 ANOS DO AI-5*

*Médici queria revogar AI-5, diz ex-presidente da Arena*

*General fez consultas, mas não encontrou nenhum apoio, diz Rondon Pacheco

Costa e Silva também queria extinguir ato outorgando uma nova Constituição
em 1969, mas adoeceu e foi afastado da Presidência*
Fernanda Odilla/Folha Imagem
*O ex-ministro e ex-governador Rondon Pacheco, em Uberlândia*

*FERNANDA ODILLA*
ENVIADA ESPECIAL A UBERLÂNDIA (MG)

*SOFIA FERNANDES *
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM UBERLÂNDIA (MG)

O general Emílio Garrastazu Médici assumiu a Presidência do Brasil em
outubro de 1969 disposto a revogar o AI-5, sigla que entrou para a história
como o ato institucional que escancarou a ditadura no país. Médici desistiu
da idéia e assumiu uma posição linha-dura tão logo constatou, em consultas
informais, que não teria o apoio de importantes aliados.

A cúpula das Forças Armadas achava cedo demais para extinguir o texto que
abriu a possibilidade de fechar o Congresso, permitiu intervenção do governo
federal nos Estados, institucionalizou a censura e suspendeu o habeas corpus
em casos de crimes políticos.

A primeira versão do AI-5, contudo, era muito mais radical. Extinguia o
Legislativo em todo país e fechava o Supremo Tribunal Federal. Essa versão
foi rechaçada pelo então presidente Arthur da Costa e Silva (1967-1969), que
exigiu um texto que não fosse "dose para cavalo" e só aceitou assiná-lo
porque temia ser deposto.

O autor dessas revelações, até hoje compartilhadas em detalhes somente com
poucos confidentes, é Rondon Pacheco, ex-chefe da Casa Civil do governo
Costa e Silva. Aos 89 anos, ele é a única testemunha viva que participou de
todo o processo de confecção do AI-5, no dia 13 de dezembro de 1968.

Com as credenciais de quem redigiu o texto final do ato, ajudou a fazer uma
Constituição que facilitaria a revogação do ato em 1969 -mas não foi
outorgada porque Costa e Silva adoeceu- e participou da escolha da segunda
chapa presidencial depois do movimento de 1964, Pacheco revelou à Folha
bastidores daquele capítulo da história da ditadura brasileira.

"O presidente Costa e Silva me disse isso várias vezes em seus despachos,
que ele às vezes não dormia pensando nos problemas do outro dia", recorda
Rondon Pacheco, dizendo que Costa e Silva assumiu o governo gerenciando
problemas. Havia, segundo Pacheco, uma conspiração sendo tramada pelo
ex-governador Carlos Lacerda no Hotel Glória (RJ).

"Não foi um governo tranqüilo, apesar de estar perfeitamente
constitucionalizado", diz. Mas afirma que a Constituição de 1967 assustou o
autodenominado "governo revolucionário". Para o ex-chefe da Casa Civil, foi
a falta de habilidade política que transformou dois curtos discursos do
deputado Márcio Moreira Alves -que criticou militares no plenário da Câmara-
na maior crise do governo. "Coisa do Márcio, demagogo", avalia Pacheco.
Ofendidos, os militares exigiram a cassação do deputado. Pacheco conta que
Costa e Silva acordou uma solução intermediária para aprovar uma licença
para o deputado.

"Se tivesse havido a punição conforme já estava combinado, não teria havido
nada [o AI-5]", sustenta. Mas o ministro Gama e Silva (Justiça) decidiu, à
revelia, trocar os integrantes da comissão que analisava o caso para aprovar
a cassação. O ministro só não foi demitido porque era amigo do presidente,
segundo Pacheco.

A cassação, contudo, foi rejeitada pelo plenário da Câmara por 216 votos a
141, conforme ata da sessão de 12 de dezembro de 1968. Diante da derrota no
Congresso, as condições para um golpe dentro do golpe estavam postas, na
visão do governo. O presidente tomou a decisão de "nada decidir" naquela
noite de quinta-feira. Nem sequer recebeu companheiros de farda, que já
tramavam uma proposta para reforçar o poder das Forças. Convocou reunião
para as 11h.

Na manhã daquela sexta-feira 13, começava a fase mais dura da ditadura
brasileira. "Tudo foi decidido pela manhã. Quando foi para o Conselho
[Nacional] de Segurança, o problema já tinha sofrido um despacho saneador do
presidente", recorda o ex-ministro.

Foi convocado para a reunião um seleto grupo que ouviu do presidente a
intenção de fechar o Congresso e editar um ato semelhante ao AI-1, que
permitiu a cassação e suspensão dos direitos políticos de quem era contra o
sistema.

"Gama e Silva estava muito agitado. Isso eu notei. Ele chegou, sentou na
cadeirinha do ministro da Justiça e disse: "O ato, presidente, está pronto".
Ele estava certo que ia fazer o presidente engolir o ato", revela Pacheco. A
primeira versão do AI-5 proposta "era um ato terrível", nas palavras de
Pacheco. Demitia todos os ministros do Supremo, dissolvia o Congresso e
todas as Assembléias Legislativas. A intervenção federal seria no país
inteiro, inclusive com a indicação de todos os prefeitos.

Rondon Pacheco guarda na memória detalhes daquela primeira reunião do dia no
Palácio das Laranjeiras, mas revela ojeriza à versão ultra-radical do AI-5
lida por Gama e Silva. Diz que não quer nem saber que fim levou aqueles
papéis.

Antes de vetada pelo presidente, a primeira versão dividiu os seis
integrantes da reunião (veja quadro). A nova proposta foi apresentada no
início daquela tarde. Caberia a Rondon Pacheco elaborar o texto final. "O
Gama e Silva levou um projeto e eu fui expurgando".

Enquanto fechavam o texto, chegaram os membros do Conselho Nacional de
Segurança para a reunião das 17h, que sacramentou o AI-5. O vice-presidente
Pedro Aleixo, segundo Pacheco, trouxe uma proposta para decretar o estado de
sítio e uma carta de renúncia, se Costa e Silva desistisse.

Costa e Silva permaneceu no poder, mas elaborou um plano: a outorga de uma
nova Constituição permitiria acabar com o AI-5 no dia 7 de setembro de 1969.
Mas adoeceu e foi afastado do cargo dez dias antes de executar o cronograma.

O presidente que sucedeu Costa e Silva também pensou em pôr fim ao ato,
afirma Pacheco: "O Médici quis revogar o ato e não teve apoio. O Exército
achava cedo". Escalado por Médici para presidir a Arena e depois governar
Minas, Pacheco conta que o presidente recém-empossado fez consultas sobre o
assunto. "Médici achou que talvez fosse melhor fazer o teste: revogar o AI-5
para ver se eles paravam com a agitação." Mas o teste nunca foi feito.
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Fabrício Augusto Souza Gomes
fabricio.gomes@gmail.com
MSN: fabriciosgomes@msn.com
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PALESTRA - 40 ANOS DO A.I.5 - MODESTO DA SILVEIRA


Palestra
40 ANOS DO A.I. 5 - DA OBSCURIDADE AO ESTADO DE DIREITO

PALESTRANTE – DOUTOR MODESTO DA SILVEIRA - ADVOGADO DE PRESOS
POLÍTICOS

DEBATEDOR: JOÃO BATISTA DAMASCENO

LOCAL: FÓRUM DE NOVA IGUAÇU
DIA 11 DE DEZEMBRO DE 2008 - HORÁRIO 17 HORAS – AUDITÓRIO MINISTRO
VICTOR NUNES LEAL – 2º ANDAR
INFORMAÇÕES: TEL: 2765-1217
- RUA SANTOS DUMONT, 968 –BAIRRO DA LUZ – NOVA IGUAÇU
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Arquitetura Jesuítica

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


*www.jaaa.pro.br/arquit.html*
Arquitetura e Arte

* Arquitetura Jesuítica *

- Projeto de Restauração da Igreja de São Francisco Xavier
http://www.jaaa.pro.br/prsfx/index.html

- Arquitetura das residências das fazendas jesuíticas, no Estado do Rio
de Janeiro, nos séculos XVII e XVIII: Análise de um discurso espacial
http://www.jaaa.pro.br/resid/index.html

- A Quadra Perfeita: um estudo sobre a arquitetura rural jesuítica
http://www.jaaa.pro.br/aquadra.html
Arquitetura Pós-Moderna

- O Templo Pós-Moderno http://www.jaaa.pro.br/tpm.html

Arte e Psicanálise

- Desejo, memória e ficção http://www.jaaa.pro.br/desejo.html (Esse
Obscuro Objeto do Desejo, de Luis Bunuel)
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Ladrão de obras raras é condenado a cinco anos de prisão


Uma notícia muito interessante:

MPF/RJ: ladrão de obras raras é condenado a cinco anos de prisão 3/12/2008
Criminoso furtou cinco livros dos séculos XVII e XIX no Rio O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) obteve na Justiça a condenação de Laessio Rodrigues de Oliveira a cinco anos de prisão pelo furto de obras raras da biblioteca do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Há cinco anos, ele furtou os três volumes da Obra Amphibia, de Johan Baptist von Spix (1839), Obra Nova Genera, de Karl Friedrich Philipp von Martius (1824), e Obra Exactissima Descriptio Rariorum Quarunda Plantarum, de Tobia Aldino (1625). Os volumes foram avaliados em
US$ 16 mil, US$ 23 mil e US$ 5,3 mil. A 2ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro condenou Laessio por furto qualificado.

O crime, cometido no fim de 2003, foi constatado em março de 2004, com a conclusão do inventário de obras raras da biblioteca. Naquele ano, Laessio foi preso com outros livros furtados, do acervo do Museu Nacional do Rio. Na casa dele, também havia obras do Arquivo Histórico de Blumenau e da Biblioteca Mário de Andrade. Com a condenação, Oliveira continuará na prisão de onde respondeu ao processo.

"A Justiça fixou uma pena alta condizente com a gravidade do crime. Afinal, foram furtadas obras raras de valor histórico-científico negociadas clandestinamente. Também foi considerada a personalidade do acusado voltada para crimes dessa espécie e outros agravantes como assinar um nome falso no livro de visitas", afirma o procurador da República Jaime Mitropoulos, responsável pelas alegações finais no processo.


Assessoria de Comunicação Social
Procuradoria da República no Rio de Janeiro
Telefones: (21) 2107-9488/ 9460
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Indicação de um ótimo blog sobre Patrimônio Cultural

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008


GRUPO DE PESQUISAS e ESTUDOS CULTURAIS: Patrimônio Cultural, Memória, Arte e Imaginário. Convite Visite o Blog: http://gpeculturais.blogspot.com/Espaço de divulgação e apresentação de idéias, perspectivas e reflexões sobre a dinâmica dos patrimônios bioculturais e das memórias sociais e naturais na sociedade contemporânea; na fase atual da 'virada cultural' do Capitalismo. Reflexões sobre sócio-antropologia da cultura, da arte e do imaginário.
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MESA-REDONDA QUILOMBOS URBANOS A cidade tem cores: os quilombos e o direito à cidade.


MESA –REDONDA

A cidade tem cores: os quilombos e o direito à cidade.


O Centro pelo Direito a Moradia contra Despejos ( COHRE) coordenará mesa redonda com a participação de representantes dos quilombos Pedra do Sal e Sacopã para discutir os quilombos e o direito à cidade refletindo sobre os potenciais e ou possibilidades de garantia dos territórios quilombolas em face dos instrumentos jurídicos do direito urbanístico.


Dia: 04.12.2008 ás 14:00h

Local: Quilombo Sacopã ( Lagoa-Rio de janeiro)
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Roma antiga em 3D


Link muito interessante sobre Roma.

Trabalho impressionante.
Permite andar na Roma antiga, entrar nos prédios e etc.

http://cybervida.com.br/a-roma-antiga-em-3d-no-google-earth
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