Tesouro Budista

sexta-feira, 25 de setembro de 2009


Arqueólogos encontram 'tesouro budista' na Mongólia

O deserto de Gobi, na Mongólia. Foto: Huw Cordey

Relíquias estavam enterradas no deserto de Gobi havia mais de 70 anos

Relíquias budistas raras desaparecidas havia mais de 70 anos foram encontradas neste sábado no deserto de Gobi, no sul da Mongólia, por uma equipe de arqueólogos austríacos e mongóis.

 

Entre os artefatos encontrados estão estátuas, obras de arte, manuscritos e objetos pessoais de um importante mestre budista do século 19, Danzan Ravjaa.
 
O líder da expedição, o austríaco Michael Eisenriegler, disse à BBC que sua equipe já desenterrou duas caixas cheias com "os mais impressionantes objetos de arte budistas".
 
"(O tesouro) é de extraordinário valor para a cultura da Mongólia, porque o budismo foi quase extinto durante o regime comunista, especialmente na década de 30", disse Eisenriegler. "Estou completamente exausto neste momento, mas também completamente impressionado com o que vi."
 
 
Mosteiro
 
As relíquias encontradas pela equipe pertenciam ao Mosteiro de Khamaryn e haviam sido enterradas no deserto de Gobi nos anos 30 por um monge chamado Tudev.
 
Na época, durante o regime comunista, centenas de mosteiros foram saqueados e destruídos na Mongólia. O religioso decidiu enterrar o tesouro para escondê-lo dos exércitos da Mongólia e da União Soviética.
 
Somente Tudev sabia onde os 64 baús com as relíquias estavam escondidos. Antes de morrer, ele passou o segredo a seu neto, o historiador Zundoi Altangerel.
 
Na década de 90, Altangerel conseguiu desenterrar alguns dos baús com as relíquias e abriu um museu para exibí-las.

Segundo o historiador, como a segurança do museu era mínima, na época ele decidiu deixar o restante do tesouro enterrado no deserto.

Eisenriegler ficou sabendo da história e convenceu Altangerel a participar de uma busca pelo resto do tesouro. Segundo o austríaco, 20 dos 64 baús enterrados por Tudev permanecem escondidos no deserto.
 
As peças encontradas neste sábado também serão expostas no museu, que fica na
cidade de Sainshand, no sul da Mongólia.
 
 

Equipe escavará deserto da Mongólia em busca de 'tesouro budista'

O deserto de Gobi, na Mongólia. Foto: Huw Cordey

 

O tesouro teria sido enterrado no deserto de Gobi nos anos 30

Uma equipe de arqueólogos austríacos e mongóis começa, neste sábado, uma escavação no deserto de Gobi, no sul da Mongólia, em busca de um tesouro budista que teria sido enterrado no local nos anos 30.


Os baús guardam o tesouro do Monastério de Khamaryn, destruído durante o governo comunista da Mongólia na década de 30.

Um historiador local, Zundoi Altangerel, disse que seu avô, um monge, salvou as relíquias do monastério e entregou a localização do tesouro ao neto.

Altangerel foi ao local e encontrou metade do tesouro. As peças foram colocadas para visitação pública em um museu criado por ele.

Segundo o historiador, como a segurança do museu era mínima, ele decidiu deixar o restante do tesouro, que inclui estátuas e objetos de decoração, enterrado no deserto.

 
Aventura

O aventureiro austríaco Michael Eisenriegler ficou sabendo da história e convenceu Altangerel a participar de uma busca pelo resto do tesouro.

Eisenriegler planeja transmitir a escavação, que começa neste final de semana, ao vivo pela internet.

"Não sei exatamente o que vamos encontrar. As outras caixas encontradas por Altangerel continham relíquias budistas preciosas, estátuas, livros, manuscritos", afirmou Eisenriegler ao correspondente da BBC em Ulan Bator, Michael Kohn.
 
Segundo Eisenriegler, o objetivo da escavação é ressaltar a história e a cultura budistas em Gobi.
 
Além disso, Altangerel usará o dinheiro arrecadado com a transmissão ao vivo da escavação pela televisão para pagar por uma melhoria no sistema de segurança do museu.
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