A lenda de Osíris

domingo, 20 de abril de 2008


A história grega tem muitos mitos, lendas e deuses. O que parece ser mais importante e mais conhecido é a Lenda de Osiris. Durante a pesquisa que fiz, encontrei uma das versões dessa lenda, que têm várias versões, pois em nenhum lugar ela foi encontrada completa. Todas as versões que encontrei tem pequenas mudanças, mas nemhuma difere muito da outra.

A Lenda de Osíris é um dos mais antigos e importantes mitos no Egito e na religião egípcia. O mito define a posição de Osíris como senhor dos mortos e do Submundo e o direito de Hórus (e de todos os faraós) ao trono. Também exibe os poderes e deveres de outros deuses e o seu grande adversário, Seth. Com a generosa idade desta lenda e escassez de versões completas, é mostrada aqui uma versão criada por David C. Scott, a partir de passagens de vários documentos e fontes.

Nos tempos distantes, na Era Dourada quando os Deuses andavam sobre a terra com os humanos. Naqueles antigos dias, Osíris, o bisneto de Rá, sentava-se no Trono dos Deuses, reinando sobre o mundo assim como Rá o fez sobre os Deuses. Ele foi o primeiro Faraó, e Ísis, a primeira Rainha. Eles reinaram por muitas eras juntos, pois o mundo ainda era jovem e a Velha Morte não era tão severa quanto é hoje.

Seus métodos eram justos e honestos, e garantiram que Maat permanecesse em equilíbrio, fazendo com que a lei fosse mantida. E assim, Maat sorriu para o mundo. Todas as pessoas louvaram Osíris e Ísis, e a paz reinou sobre todos, pois esta foi a Era Dourada.

Mas, ainda assim, havia um problema. O orgulhoso Seth, nobre Seth, irmão de Osíris. Ele, que defendeu a Carruagem do Sol das garras de Apep, o Destruidor, pôs a desordem em seu coração. Ele cobiçava o Trono de Osíris. Ele cobiçava Ísis. Ele cobiçava o poder sobre o mundo e desejava tirá-lo de seu irmão. Em sua mente sombria, ele formulou um plano para assassinar Osíris e dele tirar tudo. Ele construiu uma caixa e inscreveu em sua superfície um maléfico encanto que iria acorrentar e aprisionar qualquer um que entrasse.

Seth levou a caixa para o grande banquete dos Deuses. Ele esperou até que Osíris ficasse embriagado pela bebida, desafiando-o para um teste de força. Cada um deles iria entrar na caixa e tentar, através da força, sair de dentro. Osíris, confiante em seu poder, porém frágil em sua mente por causa da bebida, entrou na caixa. Seth rapidamente despejou chumbo derretido na caixa. Osíris tentou escapar, mas a magia perversa o segurou indefeso, levando-o à morte. Seth ergueu a caixa e a lançou no Rio Nilo. A caixa desapareceu levada pelas águas.

Seth reivindicou o Trono de Osíris para si próprio e demandou que Ísis se tornasse sua Rainha. Nenhum dos outros deuses se atreveu a impedir Seth, pois ele havia matado Osíris e poderia facilmente fazer o mesmo a eles. O grande Rá deu suas costas e lamentou. Ele não se pôs contra Seth.

Esta foi a Era de Trevas. Seth era tudo que seu irmão não era. Cruel e desamável, não se importando com o equilíbrio de Maat ou com os humanos, filhos dos deuses. A guerra dividiu o Egito, e tudo estava sem lei enquanto Seth governava. Em vão os egípcios choravam para Rá, pois seu coração estava endurecido pela mágoa que não o deixava escutar os apelos.

Somente Ísis, abençoada Ísis, lembrou-se dos humanos. Somente ela não temia Seth. Ela procurou por todo o Nilo pela caixa contendo seu amando marido. Finalmente ela a achou, presa em um ramo de tamareira que havia se tornado uma grande árvore, pois o poder de Osíris ainda estava ativo, mesmo que ele estivesse morto. Ela abriu a caixa e limpou o corpo sem vida de Osíris. Ela carregou a caixa de volta para o Egito e a colocou na casa dos deuses. Ísis se transformou em um passaro e voou sobre o corpo de Osíris, cantando uma canção de lamento. Ela rezou por ele e lançou um encanto. O espírito de Osíris atendeu suas preces e tomou o corpo de Ísis. Da comunhão espiritual que aconteceu, Ísis concebeu um filho cujo destino seria vingar o seu pai. Ela batizou a criança de Hórus, e a escondeu numa remota ilha, longe dos olhos de seu tio Seth.

Ela, então, foi de encontro a Thoth, sábio Thoth, que conhece todos os segredos e implorou por sua ajuda. Ela pediu por uma magia que pudesse trazer Osíris de volta à vida. Thoth, lorde do conhecimento, procurou através de sua mágica. Ele sabia que o espírito de Osíris havia deixado seu corpo e estava perdido. Para restaurar Osíris, Thoth devia recriá-lo, assim seu espírito iria reconhecer e tomar novamente o seu corpo. Thoth e Ísis juntos criaram o Ritual da Vida, o qual iria permitir que os humanos vivessem para sempre após a morte. Mas antes que Thoth pudesse por em ação sua mágica, o cruel Seth descobriu seus planos. Ele roubou o corpo de Osíris e o esquartejou, espalhando seus pedaços através do Egito. Ele estava certo de que Osíris jamais renasceria.

Ainda assim, Ísis não caiu em desespero. Ela implorou pela ajuda de sua irmã Nephthys, gentil Nephthys, para guiá-la e ajudá-la a encontrar os pedaços de Osíris. Por muito tempo elas procuraram, trazendo cada pedaço para Thoth para que ele pudesse realizar sua mágica. Quando todos os pedaços estavam reunidos, Thoth procurou Anúbis, Senhor dos Mortos. Anúbis costurou os pedaços, lavou as entranhas de Osíris, embalsamou-o em linho e realizou o Ritual da Vida. Quando a boca de Osíris abriu-se, seu espírito entrou em seu corpo e ele ganhou vida novamente.

Mas, nada que foi morto uma vez, nem mesmo um Deus, poderia viver novamente na terra dos vivos. Osíris foi para Duat, o adobe dos mortos. Anúbis cedeu o trono a Osíris e ele se tornou o Senhor dos Mortos. Ali, ele aplicava o julgamento das almas dos mortos. Condenava os justos à Terra Abençoada do além-vida, mas os pecaminosos eram condenados a serem devorados pelo demônio Ammut.

Quando Seth descobriu que Osíris estava vivo novamente, ficou enfurecido. Mas sua ira definhou, pois sabia que Osíris não poderia jamais retornar à terra dos vivos. Sem Osíris, Seth acreditava que iria sentar no Trono dos Deuses por toda a eternidade. Mas em sua ilha, Hórus atingiu a força da maturidade. Seth enviou muitas serpentes e demônios para matar Hórus, mas este derrotou a todos. Quando estava pronto, sua mãe Ísis deu a ele grande mágica para usar contra Seth, e Thoth deu a ele uma faca mágica.

Hórus procurou Seth e o desafiou pelo trono. Seth e Hórus lutaram por muitos dias, mas no final, Hórus derrotou Seth e o castrou. Mas Hórus, piedoso Hórus, não tirou a vida de Seth, pois se derramasse o sangue de seu tio não o faria melhor do que ele. Seth manteve seu título no trono, e Hórus pronunciou-se como filho de Osíris. Os deuses iniciaram uma luta entre eles, os que apoiavam Hórus e aqueles que apoiavam Seth. Banebdjetet saltou no meio do conflito e demandou que os Deuses terminassem com a luta pacificamente ou então Maat entraria em desequilíbrio. Ele ordenou que os Deuses buscassem o conselho de Neith. Neith, íntima da guerra mas sábia em conselho, pronunciou que Hórus era o herdeiro por direito do Trono dos Deuses. Hórus lançou Seth para as Trevas, onde ele vive até hoje.

E assim Hórus cuida dos humanos enquanto vive, guia os passos do Faraó enquanto vive, e seu pai Osíris cuida dos humanos no além-vida. E assim, os Deuses estão em paz. E assim Seth, perverso Seth, eternamente tenta sua vingança, lutando com Hórus conseqüentemente. Quando Hórus vence, Maat está segura e o mundo permanece em paz. Quando Seth vence, o mundo entra em redemoinho. Mas os humanos sabem que tempos obscuros não duram para sempre, e que os raios brilhosos de Hórus irão novamente resplandecer sobre eles. Nos últimos dias, Hórus e Seth irão lutar uma última vez pelo mundo. Hórus irá derrotar Seth para sempre, e Osíris poderá retornar a este mundo. Neste dia, o Dia do Despertar, todas as tumbas serão abertas e os justos que morreram ganharão vida novamente, e toda tristeza e sofrimento irão terminar para todo o sempre.

Fonte: O Santuário do feiticeiro
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Curso de Extensão Universitária - ESTRATÉGIAS DO PODER ROMANO NA LUSITÂNIA E A CULTURA MATERIAL


ESTRATÉGIAS DO PODER ROMANO NA LUSITÂNIA E A CULTURA MATERIAL

Prof. Dr. José d'Encarnação (Instituto de Arqueologia da Universidde de Coimbra)

Período: 12 a 16 de maio de 2008
Horário: 14h às 17h

Inscrição: R$20,00 cin direito a um exemplar da Revista PHOINIX

Sites:
www.lhia.ifcs.ufrj.br
www.hcomparada.ifcs.ufrj.br
www.unirio.br/historia

e-mail:
romanizacao@gmail.com

Confirmação das inscrições: dia 12 de maio de 2008 das 10h as 13h30, na sala 211 do IFCS/UFRJ

Local:
Instituto de Filosifia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ)
Largo de São Francisco, 1, sala 310 - Centro - Rio de Janeiro/RJ
Tel: 2221-4049 e 2542-1578

Confere-se certificado
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