Viriato Corrêa inovou modo de ensinar História para crianças

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011


Viriato Corrêa inovou modo de ensinar História para crianças
 
 
Uso de imagens e do avô contador de histórias: recursos para atrair as crianças

O escritor maranhense Viriato Corrêa (1884-1967) inovou ao ensinar História do Brasil de maneira lúdica, utilizando imagens e ilustrações para prender a atenção das crianças. Na Faculdade de Educação (FE) da USP, uma pesquisa analisou como as obras do escritor serviram como referencial e mudaram o modo de ensinar História para crianças entre 6 e 12 anos, a partir de 1930.

Uma desses livros é História do Brasil Para Crianças, publicado em 1934 pela Companhia Editora Nacional (CEN) e que permaneceu 50 anos no mercado: sua última edição (28ª) foi em 1984. "Quando foi lançado, já existiam obras didáticas de História para o público infantil, mas que tinham como principal característica dar importância a datas, nomes e personagens históricos: eram os tradicionais questionários de perguntas e respostas", conta historiador Ricardo Oriá, autor da tese de doutorado O Brasil contado às crianças: Viriato Corrêa e a literatura escolar para o ensino de História (1934-1961), apresentada em 2009 na FE, sob orientação da professora Circe Bittencourt. O trabalho será lançado como livro pela AnnaBlume Editora no próximo mês de abril, em data que ainda será definida.

Posse do escritor na Academia Brasileira de Letras, em 1938

Segundo o pesquisador, "Viriato Corrêa inovou a maneira de ensinar História ao escrever livros escolares que se preocupavam em contar os fatos históricos de uma maneira lúdica e atraente, utilizando principalmente uma rica iconografia, sem se preocupar muito com datas e nomes". Oriá comenta que, em alguns livros, o escritor faz advertências ao professor, como 'criança somente se interessa por aquilo que é vistoso'. "Ele ajudou a vulgarizar a história, no sentido de torná-la popular. Considerava que o ensino dessa disciplina tinha de ser agradável e entendido por todos. O historiador deveria ser, antes de tudo, um contador de histórias."

ABL
Além de escrever livros para crianças, Viriato Corrêa foi jornalista, dramaturgo, romancista e político, tendo sido o primeiro autor brasileiro de livros infantis a tomar posse na Academia Brasileira de Letras, em 1938.

Ricardo Oriá explica que, em sua pesquisa, considerou como livro escolar (ou didático) a obra que, embora não tenha sido escrita especificamente para este fim, acaba sendo utilizada em sala de aula. O pesquisador analisou 9 livros: Contos da História do Brasil (1921), A Descoberta do Brasil (1930), História do Brasil para crianças (1934), História de Caramuru (1939), Bandeira das Esmeraldas (1945), As Belas Histórias da História do Brasil (1948), Curiosidades da História Brasileira (1952) e História da Liberdade no Brasil (1962), além do romance infanto-juvenil Cazuza (1938).

"História da Liberdade no Brasil serviu de base para o samba-enredo da escola de samba carioca Salgueiro no carnaval de 1967, o que demonstra o caráter de divulgação e o alcance popular dos livros dele", informa Oriá.

"Cazuza" traz o cotidiano de um garoto numa escola do Maranhão

História do cotidiano
De acordo com o historiador, desde 1920 até meados de 1940, a literatura escolar brasileira enaltecia determinados valores cívicos e patrióticos, como a moral, os bons costumes, o amor à pátria, com o objetivo de formar cidadãos republicanos. As obras de Viriato Corrêa enfatizavam a 'pequena história', ligada aos aspectos da vida cotidiana das pessoas: os transportes, como vivem os avós, etc", relata. Outra característica é a tentativa de exaltar determinadas figuras históricas, como os bandeirantes e Tiradentes, por meio das ilustrações. Segundo o pesquisador, isso já podia ser observado anteriormente, nos primeiros anos da República, mas foi reforçado nas obras do escritor.

Além dos livros, Ricardo Oriá também analisou os discursos do escritor maranhense na Academia Brasileira de Letras e a correspondência que manteve com Ribeiro Couto (poeta, acadêmico e escritor brasileiro). Livros de memorialistas, como Ariano Suassuna, também fizeram parte da análise. "Em um desses livros, Suassuna conta que aprendeu história do Brasil lendo Viriato Corrêa", comenta.

Viriato Correa em sessão de autógrafos do livro "História da Liberdade do Brasil", rodeado de crianças

Segundo o pesquisador, atualmente apenas os livros Cazuza, Bandeira das Esmeraldas e Curiosidades da História Brasileira estão reeditados como literatura paradidática pela Companhia Editora Nacional. "Por veicularem uma concepção de História tradicional e em grande parte pela renovação da historiografia escolar que rompe com esse modelo tradicional, os livros de Viriato, com exceção de Cazuza, não são mais adotados na escola brasileira de hoje. Mas isso não tira o valor historiográfico de sua produção voltada para atingir o grande público, sobretudo com suas crônicas históricas", finaliza.

Imagens cedidas pelo pesquisador

Mais informações: (61) 9289-9472 ou email groof@uol.com.br, com o historiador Ricardo Oriá

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6º Encontro Luso-Brasileiro de História da Matemática


6º Encontro Luso-Brasileiro de História da Matemática

Local: S. João del Rei, Estado de Minas Gerais, Brasil
Datas: de 28 a 31 de Agosto de 2011.

Organização:
Sociedade Brasileira de História da Matemática & Seminário Nacional de
História da Matemática (Portugal)

Realização:
Universidade Federal de São João del Rei

Coordenação Científica
Luis Saraiva: Universidade de Lisboa
Sergio Nobre: UNESP,  Rio Claro

Coordenação Local
Romélia Mara Alves Souto, Universidade Federal de São João del Rei

Objectivos do evento:

Incentivar o intercâmbio entre pesquisadores brasileiros e portugueses
que trabalham na área de História da Matemática.

Divulgar e discutir as pesquisas realizadas em História da Matemática
e/ou no âmbito das relações entre História, Epistemologia e Ensino de
Matemática.

Difundir a História da Matemática entre professores dos Ensinos
Fundamental, Médio e Superior e entre alunos de graduação e pós-graduação
em Matemática, Educação Matemática, História das Ciências e áreas afins.

Público alvo:

Professores dos ensinos Fundamental, Médio e Superior. Alunos de graduação
em Matemática e áreas afins. Alunos de pós-graduação em Matemática,
Educação Matemática, História das Ciências e áreas afins. Pesquisadores em
História da Matemática, História das Ciências, Matemática, Educação
Matemática e áreas afins. Interessados em geral.

Apresentação de Trabalhos:

Somente serão aceites trabalhos que contemplarem os objetivos do encontro.
A apresentação de trabalhos durante o evento será em forma de Comunicações
Científicas, que poderão ser de dois tipos: Comunicação Oral ou Painel,
subdivididas em quatro modalidades:

Relatos de experiências: experiências sobre o uso da História da
Matemática como recurso didático

Resultados de iniciação científica (alunos de graduação)

Resultados de pesquisas científicas (pós-graduação e profissionais)

Projectos de Pesquisa

A submissão de propostas de trabalho deverá ser feita por escrito,
enviando cada proponente um resumo da comunicação ou poster, com a
respectiva bibliografia,  num máximo de 2 páginas A4 com caracteres  Times
New Roman de dimensão 12.
Estes resumos  deverão ser encaminhados em duas vias até o dia 30 de Abril
de 2011 para a Comissão Científica do Evento.  Até 20 de Junho de 2011
serão divulgados os resultados de aceitação ou não. A aceitação do
trabalho para apresentação no evento não implica em sua publicação
integral nas Actas. A Comissão Científica do Evento seleccionará os
trabalhos que serão publicados integralmente nas Actas. Somente serão
aceites para apreciação da Comissão Científica os trabalhos cujos autores
já se inscreveram no evento.


Valor das inscrições:
Sócios da SPM, APM, SPE, SBHMat, SBM e SBEM:
80 Euros (em Portugal) / Reais 180 (no Brasil)
Outros participantes:
120 Euros (em Portugal) / Reais 250 (no Brasil)

Casos específicos como alunos de graduação e professores da escola básica
terão redução no valor da inscrição,  a ser divulgado posteriormente


Mais informações na página do Evento na Internet:
www.ufsj.edu.br/elbhm
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História do Brasil revisitada


História do Brasil revisitada
 
Fonte: Revista História Viva
 
História do Brasil revisitada
Inaugurado como parte das comemorações do centenário da Independência, Museu Histórico Nacional reabre depois de sete anos de obras de renovação, com acervo reorganizado
por Graziella Beting
Ricardo Bhering / MHN / DIvulgação
Em galeria com teto pintado por Carlos Oswald (1882-1971), projeção eletrônica narra a trajetória do MHN
Parte do local que abriga hoje o Museu Histórico Nacional foi uma das primeiras fortificações erguidas pelos portugueses no Rio de Janeiro. Em 1603, eles construíram o Forte de São Tiago de Misericórdia para proteger um dos primeiros ancoradouros da cidade, na ponta do Calabouço. Hoje, o mar não chega mais até ali e o forte, que ao longo dos séculos serviu de local de armazenamento e fabricação de armas e até de quartel, desde a década de 1920 passou a abrigar um dos principais acervos museográficos do país.

Desde 2003, o Museu Histórico Nacional vem passando por obras de restauro e recuperação para apresentar ao público um novo circuito de exposições, que abrange toda a história brasileira, da pré-história ao século XXI. Depois de sete anos, as ações de conservação foram finalmente concluídas.

Entre as novidades estão peças do acervo do próprio museu que há muitos anos estavam fora de exposição e trabalhos contemporâneos – como uma obra em 3D do artista plástico Carlos Vergara que propõe uma releitura contemporânea da missões jesuíticas de São Miguel das Missões, ou o altar de Oxalá, criado por Emanoel Araújo, artista plástico e diretor do Museu Afro Brasil de São Paulo.
MUSEU HISTÓRICO NACIONAL. onde: Praça Marechal Âncora, s/nº, Centro, Rio de Janeiro, RJ. quando: De terça a sexta-feira, das 10h às 17h30 e aos sábados, domingos e feriados das 14h às 18h. quanto: Entrada a R$ 6,00. Gratuita para crianças até 5 anos, alunos e professores de escolas públicas e aos domingos. contato: Tel. (21) 2550-9220. site: www.museuhistoriconacional.com.br
Graziella Beting é jornalista e tradutora
©2007-2008 Duetto Editorial. Todos os direitos reservados.
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XXVI Simpósio Nacional de História


Gostaríamos de convidar a todos os interessados em discutir as relações entre História & Teatro para se juntarem a nós no XXVI Simpósio Nacional de História, que ocorrerá, de 17 a 22 de julho de 2011, na Universidade de São Paulo/USP, em São Paulo.
 
Lembramos que a  iniciativa de propor um simpósio que refletisse sobre História & Teatro começou em Florianópolis/SC, em 2006, no III Simpósio Nacional de História Cultural, e se consolidou em São Leopoldo/RS, em 2007, no XXIV Simpósio Nacional de História, em São Paulo/SP, em 2008, no XIX Encontro Regional de História da ANPUH/ SP, em Fortaleza/CE, em 2009, no XXV Simpósio Nacional de História e em Franca/SP, em 2010, no XX Encontro Regional de História da ANPUH-SP. Ela é retomada agora visando reafirmar o sentido original da nossa proposta e incorporar um maior número de pessoas interessadas em se integrar a essas discussões.
 
As inscrições para o Simpósio História & Teatro estão abertas desde 01 de janeiro e se encerram em 21 de março.
Para maiores detalhes, consultar a página do evento http://www.snh2011.anpuh.org/site/capa 
 
Atenciosamente,
 
Kátia Rodrigues Paranhos (Universidade Federal de Uberlândia/UFU/MG)  e Vera Collaço (Universidade do Estado de Santa Catarina/Udesc/SC) - Coordenadoras do Simpósio Temático, n. 54 História & Teatro (http://www.snh2011.anpuh.org/simposio/view?ID_SIMPOSIO=521)
 
Fonte: Grupo História do Brasil
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SEMINÁRIO E OFICINAS POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES


SEMINÁRIO E OFICINAS POLÍTICAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES



A Representação do Ministério da Educação no Rio de Janeiro – REMEC RJ, vai

realizar um evento, com Seminário e Oficinas sobre a temática Políticas Públicas

da Educação e da Formação Docente , no período de 14 a 18 de fevereiro próximo,

sempre iniciando às 14 horas, no Palácio Gustavo Capanema, Rua da Imprensa, nº

16, Rio de Janeiro. O evento inclui-se nas atividades do Programa de Formação

Continuada de Professores da Educação Básica, executadas em caráter de ação

piloto do Centro de Memórias da Educação e da Cultura, projeto desenvolvido pela

REMEC RJ, no âmbito do Acordo Brasil-UNESCO. Este Programa, articulando-se com a

Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica,

vai oferecer, de fevereiro até maio próximos, oficinas e seminários sobre as

questões da educação e da cultura brasileira, potencializando os movimentos

históricos e a estética do Palácio Capanema. Tais atividades serão desenvolvidas

como encontros de formação endereçados, principalmente, aos professores da rede

pública de ensino básico numa modalidade de formação continuada que valoriza e

contextualiza as experiências educativas e as urgências de diferir e criar do

mundo contemporâneo. Além disto , também serão promovidas visitas guiadas para

apresentar ao público as obras de arte e as dimensões históricas , ressaltando

as referências arquitetônicas do Palácio Capanema, que o qualificam como um dos

grandes marcos mundiais da arquitetura moderna.



PROGRAMAÇÃO 14 /; 02 /; 2011 Salão Portinari 14h .

ABERTURA MEC- REMEC -UNESCO 14:30h às 16:30h .



Seminário Políticas públicas da educação e da formação docente.

Debates. Coordenação: ProfªDra. Célia Linhares

Palestrantes: Prof. MSc. Rogério José de Souza.

Profª Esp. Elisa Loureiro Kritsinelis.

Profª Dra. Maria Cristina Leal 17h às 18h .



Visitas Guiadas 15, 16 e 17 / 02 /2011 14 às 18h .



Oficinas



TEMA 1 : Espaço Lúcio Costa Prof. MSc. Rogério José de Souza Políticas públicas

contemporâneas para formação de professores



TEMA 2: Auditório Moniz Aragão Profª Esp. Elisa Loureiro Kritsinelis Papel da

Escola e dos educadores na Educação Inclusiva



Tema 3: Salão Portinari Profª Dra. Maria Cristina Leal Cooperação entre as

Instituições Públicas na formação continuada de professores do Ensino Básico.



18  02 2011 Salão Portinari 14 às 18h . Avaliação.



  Informações e inscrições 
  (21) 3478-1601 / 8260-1602
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Revista eletrônica História e Diversidade recebe trabalho para 1ª Edição


 
Revista eletrônica História e Diversidade recebe trabalho para 1ª Edição 
17/02/2011 - 11h03  

Fonte: UNEMAT - Da Redação

A Revista Eletrônica História e Diversidade está recebendo trabalhos para a sua primeira edição, com seção livre de temáticas para artigos e resenhas, desde que respeitadas as áreas de abordagens da revista. O prazo para envio dos textos se encerra no dia 30 de abril de 2011. Os artigos e resenhas deverão ser enviados para o seguinte e-mail: historiaediversidade@unemat.br .
A revista eletrônica é vinculada à linha de pesquisa "ensino de história, educação ecolar indígena e diversidade cultural" do curso de Licenciatura Plena em História, destinada a publicar trabalhos oriundos de estudos, pesquisas, experiências didático-pedagógicas e/ou de extensão sobre as temáticas relacionadas à História e Historiografia; Ensino de História; Formação de Professores; Diversidade Cultural e temáticas afins.
Com publicação semestral, a revista se propõe a ser um canal de divulgação da produção de professores e pesquisadores da Unemat e demais universidades. A veiculação gratuita e integral dos textos via internet possibilita maior circulação e visibilidade para os estudos publicados, permitindo fácil acesso a professores, pesquisadores, alunos e demais interessados com os rumos e inovações do conhecimento cientifico produzido na atualidade.
Outras informações na página da revista: http://www.unemat.br/revistas/historiaediversidade
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