Visita ao museu - História Antiga Oriental

sexta-feira, 25 de abril de 2008



No dia 31/05/2008 faremos uma visita ao museu Nacional da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro com a professora Maria Helena, de História Antiga Oriental, da UNISUAM.
O encontro está marcado para as 13h enfrente ao Museu. Visitaremos o acervo relacionado ao Egito, matéria que estamos estudando agora.
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Queda do império romano -- Julio César Legendado [PARTE 6] PT




Roma passou por algumas fases principais: Roma monárquica, República Romana e o Império Romano, até sua decadência...

Vídeos, livros, apostilas, todos esses materiais podem nos ajudar a conhecer melhor essa fase da História
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Queda do império romano -- Julio César Legendado [PARTE 5] PT


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Queda do império romano -- Julio César Legendado [PARTE 4] PT


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Queda do império romano -- Julio César Legendado [PARTE 3] PT


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Queda do império romano -- Julio César Legendado [PARTE 2] PT




Pela lenda, Roma foi fundada em 753 a.C., por Rômulo e Remo...
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Queda do império romano -- Julio César Legendado [PARTE 1] PT


Império Romano, um período interessante da História da humanidade que estamos estudando agora, espero estar ajudando vocês a estudá-lo.

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Tutankamon - parte 5




As causas da morte de Tutankamon, analisadas através da sua múmia.
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Tutankamon - parte 4




Aqui já está falando sobre sua morte, a morte de Tutankamon
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Tutankamon - parte 3


Tutankamon ainda era um menino e seu pai estava sendo acusado... continuem a ver o vídeo, é muito interessante.

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Tutankamon - parte 2


Segunda parte do vídeo de Tutankamon

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Tutankamon - parte 1


Vídeo sobre Tutankamon que a professora Maria Helena passou na sala de aula.
Não está em português, está em espanhol, mas dá pra entender.


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Piso salarial

quarta-feira, 23 de abril de 2008


Da 5ª série do Ens. Fundamental à 3ª série do Ens. Médio

Valor da Hora /Aula (R$)
N.º de Alunos por Turma Hora / Aula Hora / Aula Base + Repouso
Até 35 alunos 9,76 8,37 + 1,39
Mais de 35 alunos 10,42 8,93 + 1,49
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A lenda de Osíris

domingo, 20 de abril de 2008


A história grega tem muitos mitos, lendas e deuses. O que parece ser mais importante e mais conhecido é a Lenda de Osiris. Durante a pesquisa que fiz, encontrei uma das versões dessa lenda, que têm várias versões, pois em nenhum lugar ela foi encontrada completa. Todas as versões que encontrei tem pequenas mudanças, mas nemhuma difere muito da outra.

A Lenda de Osíris é um dos mais antigos e importantes mitos no Egito e na religião egípcia. O mito define a posição de Osíris como senhor dos mortos e do Submundo e o direito de Hórus (e de todos os faraós) ao trono. Também exibe os poderes e deveres de outros deuses e o seu grande adversário, Seth. Com a generosa idade desta lenda e escassez de versões completas, é mostrada aqui uma versão criada por David C. Scott, a partir de passagens de vários documentos e fontes.

Nos tempos distantes, na Era Dourada quando os Deuses andavam sobre a terra com os humanos. Naqueles antigos dias, Osíris, o bisneto de Rá, sentava-se no Trono dos Deuses, reinando sobre o mundo assim como Rá o fez sobre os Deuses. Ele foi o primeiro Faraó, e Ísis, a primeira Rainha. Eles reinaram por muitas eras juntos, pois o mundo ainda era jovem e a Velha Morte não era tão severa quanto é hoje.

Seus métodos eram justos e honestos, e garantiram que Maat permanecesse em equilíbrio, fazendo com que a lei fosse mantida. E assim, Maat sorriu para o mundo. Todas as pessoas louvaram Osíris e Ísis, e a paz reinou sobre todos, pois esta foi a Era Dourada.

Mas, ainda assim, havia um problema. O orgulhoso Seth, nobre Seth, irmão de Osíris. Ele, que defendeu a Carruagem do Sol das garras de Apep, o Destruidor, pôs a desordem em seu coração. Ele cobiçava o Trono de Osíris. Ele cobiçava Ísis. Ele cobiçava o poder sobre o mundo e desejava tirá-lo de seu irmão. Em sua mente sombria, ele formulou um plano para assassinar Osíris e dele tirar tudo. Ele construiu uma caixa e inscreveu em sua superfície um maléfico encanto que iria acorrentar e aprisionar qualquer um que entrasse.

Seth levou a caixa para o grande banquete dos Deuses. Ele esperou até que Osíris ficasse embriagado pela bebida, desafiando-o para um teste de força. Cada um deles iria entrar na caixa e tentar, através da força, sair de dentro. Osíris, confiante em seu poder, porém frágil em sua mente por causa da bebida, entrou na caixa. Seth rapidamente despejou chumbo derretido na caixa. Osíris tentou escapar, mas a magia perversa o segurou indefeso, levando-o à morte. Seth ergueu a caixa e a lançou no Rio Nilo. A caixa desapareceu levada pelas águas.

Seth reivindicou o Trono de Osíris para si próprio e demandou que Ísis se tornasse sua Rainha. Nenhum dos outros deuses se atreveu a impedir Seth, pois ele havia matado Osíris e poderia facilmente fazer o mesmo a eles. O grande Rá deu suas costas e lamentou. Ele não se pôs contra Seth.

Esta foi a Era de Trevas. Seth era tudo que seu irmão não era. Cruel e desamável, não se importando com o equilíbrio de Maat ou com os humanos, filhos dos deuses. A guerra dividiu o Egito, e tudo estava sem lei enquanto Seth governava. Em vão os egípcios choravam para Rá, pois seu coração estava endurecido pela mágoa que não o deixava escutar os apelos.

Somente Ísis, abençoada Ísis, lembrou-se dos humanos. Somente ela não temia Seth. Ela procurou por todo o Nilo pela caixa contendo seu amando marido. Finalmente ela a achou, presa em um ramo de tamareira que havia se tornado uma grande árvore, pois o poder de Osíris ainda estava ativo, mesmo que ele estivesse morto. Ela abriu a caixa e limpou o corpo sem vida de Osíris. Ela carregou a caixa de volta para o Egito e a colocou na casa dos deuses. Ísis se transformou em um passaro e voou sobre o corpo de Osíris, cantando uma canção de lamento. Ela rezou por ele e lançou um encanto. O espírito de Osíris atendeu suas preces e tomou o corpo de Ísis. Da comunhão espiritual que aconteceu, Ísis concebeu um filho cujo destino seria vingar o seu pai. Ela batizou a criança de Hórus, e a escondeu numa remota ilha, longe dos olhos de seu tio Seth.

Ela, então, foi de encontro a Thoth, sábio Thoth, que conhece todos os segredos e implorou por sua ajuda. Ela pediu por uma magia que pudesse trazer Osíris de volta à vida. Thoth, lorde do conhecimento, procurou através de sua mágica. Ele sabia que o espírito de Osíris havia deixado seu corpo e estava perdido. Para restaurar Osíris, Thoth devia recriá-lo, assim seu espírito iria reconhecer e tomar novamente o seu corpo. Thoth e Ísis juntos criaram o Ritual da Vida, o qual iria permitir que os humanos vivessem para sempre após a morte. Mas antes que Thoth pudesse por em ação sua mágica, o cruel Seth descobriu seus planos. Ele roubou o corpo de Osíris e o esquartejou, espalhando seus pedaços através do Egito. Ele estava certo de que Osíris jamais renasceria.

Ainda assim, Ísis não caiu em desespero. Ela implorou pela ajuda de sua irmã Nephthys, gentil Nephthys, para guiá-la e ajudá-la a encontrar os pedaços de Osíris. Por muito tempo elas procuraram, trazendo cada pedaço para Thoth para que ele pudesse realizar sua mágica. Quando todos os pedaços estavam reunidos, Thoth procurou Anúbis, Senhor dos Mortos. Anúbis costurou os pedaços, lavou as entranhas de Osíris, embalsamou-o em linho e realizou o Ritual da Vida. Quando a boca de Osíris abriu-se, seu espírito entrou em seu corpo e ele ganhou vida novamente.

Mas, nada que foi morto uma vez, nem mesmo um Deus, poderia viver novamente na terra dos vivos. Osíris foi para Duat, o adobe dos mortos. Anúbis cedeu o trono a Osíris e ele se tornou o Senhor dos Mortos. Ali, ele aplicava o julgamento das almas dos mortos. Condenava os justos à Terra Abençoada do além-vida, mas os pecaminosos eram condenados a serem devorados pelo demônio Ammut.

Quando Seth descobriu que Osíris estava vivo novamente, ficou enfurecido. Mas sua ira definhou, pois sabia que Osíris não poderia jamais retornar à terra dos vivos. Sem Osíris, Seth acreditava que iria sentar no Trono dos Deuses por toda a eternidade. Mas em sua ilha, Hórus atingiu a força da maturidade. Seth enviou muitas serpentes e demônios para matar Hórus, mas este derrotou a todos. Quando estava pronto, sua mãe Ísis deu a ele grande mágica para usar contra Seth, e Thoth deu a ele uma faca mágica.

Hórus procurou Seth e o desafiou pelo trono. Seth e Hórus lutaram por muitos dias, mas no final, Hórus derrotou Seth e o castrou. Mas Hórus, piedoso Hórus, não tirou a vida de Seth, pois se derramasse o sangue de seu tio não o faria melhor do que ele. Seth manteve seu título no trono, e Hórus pronunciou-se como filho de Osíris. Os deuses iniciaram uma luta entre eles, os que apoiavam Hórus e aqueles que apoiavam Seth. Banebdjetet saltou no meio do conflito e demandou que os Deuses terminassem com a luta pacificamente ou então Maat entraria em desequilíbrio. Ele ordenou que os Deuses buscassem o conselho de Neith. Neith, íntima da guerra mas sábia em conselho, pronunciou que Hórus era o herdeiro por direito do Trono dos Deuses. Hórus lançou Seth para as Trevas, onde ele vive até hoje.

E assim Hórus cuida dos humanos enquanto vive, guia os passos do Faraó enquanto vive, e seu pai Osíris cuida dos humanos no além-vida. E assim, os Deuses estão em paz. E assim Seth, perverso Seth, eternamente tenta sua vingança, lutando com Hórus conseqüentemente. Quando Hórus vence, Maat está segura e o mundo permanece em paz. Quando Seth vence, o mundo entra em redemoinho. Mas os humanos sabem que tempos obscuros não duram para sempre, e que os raios brilhosos de Hórus irão novamente resplandecer sobre eles. Nos últimos dias, Hórus e Seth irão lutar uma última vez pelo mundo. Hórus irá derrotar Seth para sempre, e Osíris poderá retornar a este mundo. Neste dia, o Dia do Despertar, todas as tumbas serão abertas e os justos que morreram ganharão vida novamente, e toda tristeza e sofrimento irão terminar para todo o sempre.

Fonte: O Santuário do feiticeiro
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Império Romano




Mais um vídeo para ajudar a entender o Império Romano e os motivos de sua queda.
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Curso de Extensão Universitária - ESTRATÉGIAS DO PODER ROMANO NA LUSITÂNIA E A CULTURA MATERIAL


ESTRATÉGIAS DO PODER ROMANO NA LUSITÂNIA E A CULTURA MATERIAL

Prof. Dr. José d'Encarnação (Instituto de Arqueologia da Universidde de Coimbra)

Período: 12 a 16 de maio de 2008
Horário: 14h às 17h

Inscrição: R$20,00 cin direito a um exemplar da Revista PHOINIX

Sites:
www.lhia.ifcs.ufrj.br
www.hcomparada.ifcs.ufrj.br
www.unirio.br/historia

e-mail:
romanizacao@gmail.com

Confirmação das inscrições: dia 12 de maio de 2008 das 10h as 13h30, na sala 211 do IFCS/UFRJ

Local:
Instituto de Filosifia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ)
Largo de São Francisco, 1, sala 310 - Centro - Rio de Janeiro/RJ
Tel: 2221-4049 e 2542-1578

Confere-se certificado
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Uma apresentação sobre o Egito

sexta-feira, 18 de abril de 2008


Pessoal, espero poder ajudar vocês com mais essa apresentação sobre o Egito.

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Egito - Edfu - Lenda de Osiris e Isis


Hanani explicando no templo de Edfu, a lenda de Osiris e Isis....Egito Edfu Osiris e nos ajudando com a matéria...

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Menés, o primeiro rei do Egito

quinta-feira, 17 de abril de 2008




Pessoal, esse é sobre a próxima matéria e espero que ajude
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Em busca do éden parte 6 - Mesopotâmia




Mais um documentário sobre a Mesopotâmia do Discovery Channel
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V Semana de Extensão, V Semana dePesquisa e Pós-Graduação na UNISUAM


V Semana de Extensão e V Semana de Pesquisa e de Pós-Graduação

O evento ocorrerá de 05 a 09 de maio, e as inscrições estarão abertas até o dia 25/04, em nosso site.

O evento é aberto ao público externo também
Estudantes (internos ou externos) pagam o valor de R$10,00 e não estudantes R$15,00.


As inscrições ocorrerão do seguinte modo:

- o aluno fará a inscrição no evento (V Semana de Extensão e V Semana de Pesquisa e de Pós-Graduação), e efetuará o pagamento;


- caso o pagamento seja efetuado na rede bancária, retornar ao ambiente do aluno em 02 dias úteis, para confirmação e inscrição nas atividades. Caso o pagamento seja no caixa da Instituição, retorne após 15 minutos;


- após o pagamento o participante poderá selecionar todas as atividades da Semana que desejar inscrever-se, desde que não haja conflito de horário.
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Expediente da Biblioteca da UNISUAM - Unidade Bonsucesso


Expediente da Biblioteca da UNISUAM - Unidade Bonsucesso

A Biblioteca da Unidade Bonsucesso funcionará, excepcionalmente, das 8h às 13h no próximo sábado, dia 19 de abril, para que seja feita a manutenção das instalações.
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Lei inclui cultura indígena na grade escolar

quarta-feira, 16 de abril de 2008


A partir de agora a grade das universidades também terão que se adequar a nova realidade, o que afinal é muito bom. Não só a questão indígena, mas também a questão da colonização e da escravidão deveria ser revista.

Lei inclui cultura indígena na grade escolar

Indios da Tribo Karirí-Xocó participam de projeto nas escolas de Itu.

Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 24/03/08 vai incluir no currículo das escolas públicas e particulares de nível fundamental e médio o ensino obrigatório de história e cultura indígena brasileira. A implementação da lei deve começar a vigorar até o ano de 2010.

Para a diretora executiva do Instituto Indígena Brasileiro de Propriedade Intelectual, Lucia Fernanda Jófej, a lei pode ajudar a corrigir os erros históricos de omissão ou equívoco das escolas sobre a cultura indígena. “Existindo uma obrigação, vai haver uma demanda. Existindo uma demanda, então vai haver mais produtos, mais serviços, informações mais claras nesse sentido”, diz Lucia que critica a forma como a história do Brasil é ensinada. “A maior parte das escolas conta a história de um ponto de vista eurocêntrico”, defende.
“Dizer que o Brasil foi descoberto é, no mínimo, um eufemismo. Dizem que a estimativa era de 1 a 5 milhões de índios no país. Hoje temos 700 mil. Onde essas pessoas foram parar? O que houve foi um massacre sem precedentes”, afirma.
A FASAM - Familiares e Amigos da Saúde Mental de Itu - lidera em Itu o Projeto “Resgatando as culturas indígenas”, com o objetivo de promover uma reflexão sobre a importância do conhecimento e o respeito à história e origem brasileira. O programa consiste em oferecer aos alunos de diversas escolas o contato direto com a cultura indígena, através do encontro com o Pajé Tchydjo da Tribo Karirí-Xocó – Alagoas, mostrando a simplicidade da vida em sua comunidade em contraste com a sabedoria e riqueza cultural, evidentes no respeito a todo ser vivo e principalmente ao meio ambiente.

Em agosto de 2007, como parte do programa “Cultura & Música para todos os Especiais” que ocorreu em Itu, no IBAO (Instituto Borges de Artes e Ofícios), o Pajé Tchydjo se apresentou com os demais integrantes, representando todo povo indígena.

“Acreditamos que o resgate histórico cultural dos grupos indígenas é muito importante, pois ao longo dos tempos, essas etnias foram perdendo parte de sua cultura, deixando de falar suas línguas originais, usando roupas civilizadas, deixando de caçar e pescar para se alimentarem de mantimentos industrializados e alguns vindo morar na cidade. Sendo assim, os índios devem retornar às suas culturas o mais rápido possível e o nosso papel é o de ajudá-los nesta importante tarefa de resgate cultural. Afinal de contas, a história indígena é nossa história também!”, afirma a presidente da Fasam, Vera Portela.

Fonte: www.itu.com.br
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Matéria interessante com boas indicações de leitura...

sábado, 12 de abril de 2008


Novamente pesquisando, como sempre rs, descobri essa matéria que no final das contas nos dá boas indicações de leitura e se vista por outro lado, nos ajuda a entender a 'cabeça' dos nossos dirigentes do judiciário.

Anuário da Justiça
O que os livros não falam dos homens da Justiça
por Maurício Cardoso

“Diga-me o que lês, que te direi quem és.” Se a máxima pudesse ser aplicada à cúpula do Judiciário brasileiro, poderíamos dizer que os ministros das altas cortes do Brasil estão entre a cativante estória de O Caçador de Pipas e a história distorcidamente romanceada de O Código da Vida.

Num levantamento feito para o Anuário da Justiça 2008, o site Consultor Jurídico ouviu 68 ministros do Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores de Justiça, do Trabalho, Eleitoral e Militar sobre suas preferências literárias. E os vencedores foram O Caçador de Pipas, do médico afegão Khaled Hosseini, que obteve nove indicações, e O Código da Vida, do ex-consultor-geral da República e ministro da Justiça do governo Sarney, Saulo Ramos, com oito citações.

Na pesquisa, se pediu aos ministros que indicassem livros não especializados em temas jurídicos e a maioria seguiu a recomendação. A ministra Nancy Andrighi, porém, fugiu da regra: empenhada em escrever seu próprio livro ela passou o ano de 2007 às voltas com Pontes de Miranda, Clóvis Bevilacqua, Thereza Ancona Lopes e outros clássicos do ramo jurídico.

Mesmo fugindo da literatura técnica jurídica, alguns ministros ficaram por perto. A presidente do Supremo, Ellen Gracie, e o mais novo integrante da casa, Carlos Alberto Menezes Direito, se entretiveram com a leitura das histórias dos últimos componentes da Suprema Corte dos Estados Unidos contadas por Jeffrey Toobin em The Nine — The Secret World of the Supreme Court. De outro autor (Jeffrey Rosen), mas sobre o mesmo tema, o ministro Cezar Peluso leu The Supreme Court — The Personalities e Rivalries that Defined América.

Já o ministro Gilmar Mendes, que assume a presidência da casa no próximo dia 23, entre biografias de vultos de nossa história (Diários de Joaquim Nabuco, de Evaldo Cabral de Mello, e Rondon, o Marechal da Floresta, de Todd A. Diacon), encontrou tempo para seu assunto preferido, que é o Direito Constitucional. Do americano Christopher Zurn, ele leu Deliberative Democracy and the Institutions of Judicial Review.

Com tanto ministro gastando o inglês (Ricardo Lewandowski leu Justice in Robes, de Ronald Dworkin) e o alemão (Joaquim Barbosa se divertiu com Die Reise nach Trulala, do russo Wladimir Kaminer), Celso de Mello fez um mergulho nas letras e na história do Brasil, começando por Machado de Assis, um Gênio Brasileiro, de Daniel Pizza, passando por A Independência Brasileira — Novas Dimensões, organizado por Jurandir Malerba, e o clássico Dom João VI no Brasil, de Oliveira Lima.

Machado de Assis, cujo centenário de morte se celebra esse ano, foi lembrado também pelos ministros Felix Fischer (Dom Casmurro) e Fernando Gonçalves (Esaú e Jacó e Memorial de Aires).

A literatura descartável de Paulo Coelho que bate recordes de vendas pelo mundo afora, tem leitores em quase todos os tribunais, sendo que o ministro João Otávio Noronha, do STJ, de uma tacada passou por Diário de um Mago e O Alquimista. Sua colega Eliana Calmon leu A Bruxa de Portobello. Já o ministro Humberto Martins e Carlos Marques (este, do STM), ficou na auto-ajuda executiva de O Monge e o Executivo, de James C. Hunter.

O levantamento revela algumas curiosidades. Por exemplo, O Mundo é Plano — Breve História do Século XXI, do comentarista de política internacional do New York Times, Thomas Friedman, foi o livro do ano no TST. Lá ele foi lido pelos ministros Vantuil Abdala, Rider de Brito, Brito Pereira e Fernando Ono.

Outro nome que surpreende na lista é o do moçambicano Mia Couto que aparece na lista da ministra Cármen Lúcia, do Supremo (Terra Sonâmbula e Estórias Abensonhadas), bem como nas de Carlos Britto e Ricardo Lewandowski (O Outro Pé da Sereia).

O interesse pela história, do Brasil e do mundo, é uma constante. A chegada de Dom João VI ao Brasil teve leitores em diferentes narrativas. Horácio Pires e Barros Levenhagen, do TST, e Olympio Pereira, do STM, ficaram com 1808 de Laurentino Gomes; o almirante Marcos Leal, do STM, preferiu a versão do australiano Patrick Wilcken em O Império à Deriva; e Celso de Mello prestigiou o clássico de Oliveira Lima, Dom João VI no Brasil.

Depois de Dom João VI, também foram prestigiados os imperadores que o sucederam no trono do Brasil. O ministro Nilson Naves, do STJ, leu e gostou de Dom Pedro I — Um Herói sem Nenhum Caráter, de Isabel Lustosa. Juntamente com Cármen Lúcia (STF), João Otávio Noronha (STJ), Flávio Bierrenbach (STM), Ives Gandra Filho (TST), Nilson Naves leu também o elogiadíssimo Dom Pedro II — Ser ou Não Ser, de José Murilo de Carvalho. Sobre Pedro II, ainda, Aloysio da Veiga (TST) leu As Barbas do Imperador, de Lilia Moritz Schwarcz. Horácio Pires (TST) foi além ao se interessar por O Príncipe Maldito, de Mary del Priore, a história de Pedro Augusto de Saxe e Coburgo, que teria sido Pedro III se não tivesse sido proclamada a República.

Na biblioteca de todos os ministros há muito espaço para clássicos. A ministra Cristina Peduzzi (TST) se dedicou a reler A Verdade e o Método, do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer. Asfor Rocha (STJ) enfrentou Winston Churchill em Memórias da Segunda Guerra Mundial. Marco Aurélio (STF) foi de O Homem Sem Qualidades, de Roberto Musil, e Cármen Lúcia releu uma edição especial de A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Fernando Gonçalves (STJ) mergulhou no O Vermelho e o Negro de Sthendal, enquanto Hamilton Carvalhido (STJ) leu pela décima vez Protágoras de Platão.

Há escolhas óbvias. O brigadeiro William Barros, do Superior Tribunal Militar, preferiu A Marcha da Insensatez, uma reflexão sobre a guerra, desde Tróia até o Vietnã, de Bárbara Truchman. Luiz Fux (STJ) fez uma reflexão em cima de Eles, os Juizes, Vistos por Um Advogado, do italiano Piero Calamandrei. É fácil entender porque José Delgado (STJ) se interessou por Electro Sânitas. O autor é o novo presidente do tribunal, Humberto Gomes de Barros. Mas é difícil perceber as razões que levaram Emmanoel Pereira (TST) a se interessar por Lula é Minha Anta, de Diogo Mainardi. Ou não.


Revista Consultor Jurídico, 12 de abril de 2008

Fonte: Consultor Judiciário
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