Curso de história gratuito via internet - Direito à Memória e à Verdade

quinta-feira, 25 de junho de 2009


Curso Direito à Memória e à Verdade

Faça sua inscrição até 29/06/2009 em www.direitomemoria.org.br

Gratuito 3 mil vagas

O curso Direito à Memória e à Verdade será aplicado à distância via Internet, buscando oferecer aos professores da rede pública de ensino médio, uma formação inovadora, com reflexão crítica e numa perspectiva dos direitos humanos, da história do Brasil (1964 – 1988) da ditadura militar até a promulgação da Constituição de 1988.

Certificado de extensão
A duração do curso será de 4 meses com carga horária de 60 horas. Para concluir o curso e receber o certificado de extensão universitária cada participante deverá ter estudado o conteúdo, organizado em web aulas, e realizado as atividades propostas, sempre com o auxilio da tutoria.

Conteúdo
O conteúdo, elaborado para o curso, conta com os temas: Ética, cidadania, direitos humanos e memória, o contexto pré–autoritário, os movimentos sociais, a arte e a censura política, os movimentos de resistência, a tortura, literatura e política no contexto autoritário, a transição política, anistia, reflexões sobre a ditadura militar, memória do período da ditadura no Brasil, memória e esquecimento.

Público
Serão 3.000 vagas para professores da rede púbica de ensino, preferencialmente para professores de história, sociologia e filosofia, mas sem desconsiderar a participação de professores de outras áreas do conhecimento como língua portuguesa e literatura. O curso será gratuito para os participantes, pois conta com o apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

Realização
Ágere Cooperação em Advocacy
Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República - SEDH
► Leia mais...

Guerra perdida - Revista de História da Biblioteca Nacional


Guerra perdida

Composta por Fernando Henrique Cardoso e outros líderes da América Latina, a Comissão sobre Drogas e Democracia apresentou suas propostas em congresso internacional.
Adriano Belisário na Revista de História da Biblioteca Nacional


Apesar de acompanhar a humanidade desde tempos remotos, o comércio e consumo de tóxicos ainda suscitam polêmicas. Longe de serem encarados com naturalidade, os hábitos são combatidos em diversos países com uma política que ficou conhecida pela alcunha de "guerra contra as drogas". Em resposta a este modelo, outras alternativas tratam o assunto como um problema de saúde pública e não como caso de polícia. É nesta segunda abordagem que se enquadram as propostas da Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia.

Os resultados foram apresentados no 28° Congresso Internacional da Latin American Studies Association (LASA), realizado em junho no Rio de Janeiro. A sessão da Comissão contou com a mediação de Eric Hershberg, da Simon Fraser University, além da participação do pesquisador Bruce Bagley, da Universidade de Miami, e de Diego Garcia Sayán, juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos que compareceu ao evento cobrindo a ausência do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, outro membro da Comissão.

O ponto de partida dos debates foi a constatação do fracasso da guerra contra as drogas, liderada pelos Estados Unidos e aplicada no mundo todo durante o século XX. Segundo os estudiosos, o caso da América Latina apresenta características bem particulares desta derrota. A mistura da repressão policial com a pobreza teve resultados literalmente explosivos. “Parecia que os Estados Unidos estavam dispostos a lutar contra as drogas até o último colombiano, dispostos a sacrificar um país inteiro”, criticou Bruce. Segundo seus dados, há mais de 350 organizações ligadas ao tráfico de drogas na Colômbia.

Segundo Garcia, os números mostram que tanto a produção quanto o consumo não diminuíram nas últimas décadas na região. Ao contrário, aumentaram. “Há uma relação muito forte entre armas de fogo e tráfico de drogas. Na Guatemala, por exemplo, há regiões totalmente controladas pelo poder paralelo, sequer o Exército tem acesso”, disse Diego.

De acordo com a Comissão, o direcionamento de recursos públicos unicamente para o combate à influência dos traficantes não é a estratégia mais adequada. Diego Garcia apontou uma distorção nas políticas governamentais que seguem esta linha, pois mantém altos os níveis de impunidade ao comércio internacional. “Não existe solução ideal. Precisamos buscar substituir os paradigmas da segurança para a saúde e fazer campanhas que elucidem melhor os efeitos das drogas”, propôs.

O reconhecimento da necessidade de mudanças graduais embasa a proposta de descriminalização da maconha, defendida abertamente por Fernando Henrique Cardoso e toda Comissão. Por ser considerada uma droga de baixo risco, a alteração do estatuto da erva é vista como o primeiro passo de uma longa caminhada. Um passo tímido, na opinião de Bagley.

Críticas às propostas

Bruce reconheceu a necessidade de trabalhar com a redução de danos no lugar da campanha que busca eliminar o uso de drogas por completo. Porém, segundo ele, apenas a descriminalização do uso de maconha não irá resolver o problema dos países andinos ou da Colômbia, tampouco irá acabar com o tráfico. Bagley propõe que se pense também em propostas ainda mais polêmicas, como a revisão da ressalva ao comércio da maconha e a descriminalização da cocaína.

“Eliminar o crime organizado é difícil porque você pode eliminar um, mas rapidamente outros aparecerem. E o informe da Comissão mantém a possibilidade do tráfico e cultivo serem ilegais. Para uma droga ser consumida na Holanda ou em Portugal, é preciso um cultivo e um comércio anterior. Deste modo, iremos apenas encarcerar menos europeus”, sentenciou Bagley.

Bruce lembrou ainda do Harrison Act como o último debate sério sobre drogas nos Estados Unidos. Promulgada em 1914, esta lei pode ser considerada como o ponto de partida da guerra contra os tóxicos. O esforço nesta cruzada conseguiu até mesmo a proibição ao álcool quatro anos depois, mas, ao contrário das demais drogas, esta foi novamente liberada anos depois.

A revisão daquela legislação inspira a Comissão, que pretende uma mudança nos rumos das políticas públicas sobre drogas na América Latina. Desta vez, porém, as decisões não devem cair do norte. “A América Latina não pode esperar os Estados Unidos nesse assunto”, incitou Bagley ao final de seu discurso.
► Leia mais...

Curso: O Jesus histórico e as origens do Cristianismo


Curso: O Jesus histórico e as origens do Cristianismo
Ementa: No final da década de 20 do primeiro século da Era Comum um camponês iletrado, oriundo da Galiléia, região ao norte da Palestina romana, tornou-se o líder de um movimento popular messiânico que, arregimentando seguidores entre camponeses e pescadores também iletrados, dedicou-se a espalhar pessoalmente suas propostas de reinterpretação das tradições sagradas de Israel e de resistência pacífica ao domínio imperialista romano. Seu nome: Jesus de Nazaré. Após ser morto por crucifixão, seus seguidores tomaram rumos diferentes e deram origem a vários cristianismos, cada um com suas peculiaridades e convicções. Por meio de uma abordagem histórica em diálogo construtivo com a antropologia, a arqueologia e a crítica literária, o curso tem como proposta, sem vínculos com qualquer sistema de crenças, abordar os fatos e as idéias que permitiram o surgimento dos cristianismos originários.

Professor responsável: Lair Amaro dos Santos Faria (PPGHC/UFRJ)

Local: Centro Cultural João XXIII - Rua Bambina, 115 - Botafogo

Horário: 19h às 21h

Valor: R$ 50,00

25/08 -1.º Encontro – Um Jesus, quatro evangelhos primitivos
01/09 - 2.º Encontro – No princípio era a lista
O problema sinótico e sua melhor solução
Implicações de Q para as origens do cristianismo
08/09 - 3.º Encontro – O evangelho segundo o gêmeo de Jesus
A Biblioteca de Nag Hammadi e o Evangelho de Tomé
15/09 - 4.º Encontro – O primeiro Paulo
O evangelho contra-imperial de Paulo
A domesticação do apóstolo Paulo por meio das cartas deuteropaulinas
22/09 - 5.º Encontro – Ouvindo a história inteira
O evangelho de Marcos como uma narrativa completa sobre opressores e oprimidos
29/09 - 6.º Encontro – As comunidades joaninas
06/09 - 7.º Encontro – Com quantos "apócrifos" se faz um Evangelho?
13/10 - 8.º Encontro – Judas Iscariotes: de traidor a discípulo amado
20/10 - 9.º Encontro – As mulheres no movimento de Jesus
27/10 - 10.º Encontro – "Quando deres um banquete, conv

Mais informações e inscrições: www.puc-rio.br/centroloyola
► Leia mais...