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Mestrado e Doutorado URR - Seleção 2010
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Divulgação Concurso Moderna e Contemporânea - UFRJ
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Concurso Público de Provas e Títulos para provimento de uma vaga da carreira de Professor Adjunto
Área de História Moderna e Contemporânea
Edital nº. 03 de 14 de Janeiro de 2009
DOU nº. 15 de 22 de Janeiro de 2009, seção 03, páginas 46 a 48
(Republicado no DOU nº. 143 de 29 de julho de 2009, seção 03, página 58)
Período de Inscrições: 29/07/2009 a 06/09/2009
Classe: Professor Adjunto
Titulação Básica: Doutor
Regime de Trabalho: 40DE
Remuneração Inicial: R$ 6.497,16
Taxa de Inscrição: R$ 140,00
Banco do Brasil (001) Agência 4201-3 c/c 170500-8
Código Identificador(1) nº 1.531.151.523.628.883 -7
Códido Identificador (2)nºCPF do candidato
Centro de Estudos
Polo de Pesquisa sobre Relações
Luso-Brasileiras (PPRLB)
INTERCÂMBIO E PESQUISA
Encontro com
Isabel Pires de Lima
(Universidade do Porto)
Tema:
O pincel de Paula Rêgo
e
as penas de Camilo e Eça
*****
20 de agosto de 2009
(5ª. feira)
14:30h
*****
Entrada Livre
*****
Real Gabinete Português de Leitura
Rua Luís de Camões, nº 30
tel: 2221-3138 /// 2221-2960
www.realgabinete.com.br
Congresso Internacional Antonio Vieira - Real Gabinete Português de Leitura
25/08/2009
MANHÃ
(8:30 h) Entrega do material do Congresso
LOCAL: Auditório da Faculdade de Direito-UERJ
(9:00 h) Abertura oficial
Ricardo Vieiralves (Reitor da UERJ)
Padre Jesus Hortal (Reitor da PUC-RJ)
Henriqueta Valladares (Diretora do ILE-UERJ)
José Luís Jobim (Coordenador Geral do PPG-Letras/UERJ)
Arno Wehling (Diretor do IHGB)
Antonio Gomes da Costa (Presidente do Real Gabinete Português de Leitura)
(10:00) CONFERÊNCIA - Silvano Peloso (Universidade de Roma “La Sapienza”): Voltando aos palácios altíssimos de Vieira: a edição romana da Clavis Prophetarum
(11:00 – 12:50) MESA-REDONDA PLENÁRIA:
Antonio Celso Pereira (UERJ): Antônio Vieira e a Justiça Tributária
Ricardo Velez (UFJF): Padre Antônio Vieira: aspectos estratégicos
Luiz Felipe Baêta Neves (UERJ): Padre Antônio Vieira no Imaginário
Social
Moderador: Padre Jesus Hortal (PUC)
TARDE
(15:00 – 17:15 h) MESA-REDONDA PLENÁRIA:
Geraldo Mártires Coelho (Universidade Federal do Pará): Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo ou História e Escritura no pensamento de Antônio Vieira
Guilherme Amaral Luz (UFU): Os mistérios do Rosário e o enigma da escravidão
Magda Maria Torres (UFRJ): Pro aperto dicere: Anchieta, Vieira e o “arquivo” da Companhia de Jesus
Isabel Roboredo Seara (Universidade Aberta – Lisboa): Outros púlpitos. As Cartas de Vieira: speculum animi e thesaurum cordis
Moderador: Antonio Celso Pereira (UERJ)
26/08/2009
MANHÃ
LOCAL: Auditório da Faculdade de Direito-UERJ
(9:00) CONFERÊNCIA: Manuel Candido Pimentel (Universidade Católica Portuguesa): A simbólica do jogo no pensamento teológico do Padre António
Vieira
(10:00 – 12:00) MESA-REDONDA PLENÁRIA:
Isabel Almeida (Universidade de Lisboa): Fama e fortuna da Clavis Prophetarum no século XVII: imagens e leituras
Ana Lúcia de Oliveira (UERJ): Entre a corte e o deserto: sobre a representação do espaço em Antonio Vieira
Marcus Motta (UERJ): Rio: dizer e mostrar - O “Livro Anteprimeiro da História do Futuro” de Vieira
Eduardo Sinkevisque (UNICAMP/FAPESP): Vieira anti-holandês: hipótese do estilo engenhosamente judicioso nos escritos participativos das guerras holandesas no estado do Brasil (1624-1654)
Moderador: José Luiz Jobim (UERJ)
TARDE:
LOCAL: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro
Av. Augusto Severo, nº 8 – Glória
(15:00) CONFERÊNCIA - CONFERÊNCIA - Pedro Calafate (Universidade de Lisboa): O Barroco Político em Antonio Vieira
(16:00) CONFERÊNCIA - Arno Wehling (Diretor do IHGB): Vieira, o direito e a justiça
27/08/2009
MANHÃ
LOCAL: Auditório da Faculdade de Direito-UERJ
(9:00) CONFERÊNCIA - Sonia Netto Salomão (Universidade de Roma “La Sapienza”): Antônio Vieira e a língua universal
(10:00 – 11:50) MESA-REDONDA PLENÁRIA:
Giuseppe Mazzocchi (Universidade de Pavia/Itália): Os sermões espanhois do Padre Vieira: entre filologia e história da Cultura
Giovanni Caravaggi (Universidade de Pavia/Itália): La “Carta Apologética” di António Vieira: gli sviluppi testuali della polemica.
Maria do Socorro Fernandes de Carvalho (UFPI): Sem isso não correrá: interpretação das licenças do Livro Anteprimeiro da História do futuro (1718) do padre Antônio Vieira
Moderador: Silvano Peloso
(14:00 -15:10) - SESSÕES PARALELAS DE COMUNICAÇÕES
(15:30 – 17:10) – MESA-REDONDA PLENÁRIA
Guiomar de Grammont (UFOP): O tema do suicidio em Vieira
Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi (UFSCAR): Estudo bibliométrico sobre a inserção do padre Antonio Vieira na produção acadêmica brasileira
Moderadora: Ana Lúcia M. de Oliveira (UERJ)
(17:30) CONFERÊNCIA DE ENCERRAMENTO - João Adolfo Hansen (USP): Vieira, Suárez e as leis
Concurso em História da África
realizado entre 22 e 24 de setembro de 2009. As inscrições vaão se
realizar entre 24/08 e 04/09. Maiores informações em www.concurso.ufjf.br.
Seminário Internacional sobre o Ensino de História da África
De 28/9/2009 a 29/9/2009
Faltam 41 dias para o início do evento. Duração: 2 dias
Agência FAPESP – A primeira edição do Seminário Internacional sobre o Ensino de História da África será realizado em Guarulhos (SP), nos dias 28 e 29 de setembro de 2009. O evento é resultado de parceria entre a Universidade Federal de São Paulo, a Prefeitura de Guarulhos e o Programa Sephis de Cooperação Sul-Sul (Holanda).
O evento tem como objetivo discutir as demandas sociais, acadêmicas e de políticas educacionais advindas da implementação da lei 10.639/03, que institui a obrigatoriedade do ensino de história da África e do negro no Brasil.
Os organizadores convidam planejadores das políticas publicas, acadêmicos do Brasil e da África e representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) a fazer proposições, avaliações e encaminhamentos que visem ao fomento da formação de professores, de pesquisadores e de produção didática em torno da temática dos estudos africanos.
O seminário estará organizado em torno de três eixos: Acadêmico, Democratização do Saber e Inclusão Social e Diálogo Governamental.
Mais informações: http://proex.epm.br/eventos09/africa
Palestra no Pretos Novos - tema Biantropologia dos Escravos
domingo, 16 de agosto de 2009
tema: Bioantropologia dos escravos
local: Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos,
R. Pedro Ernesto, 32 e 34, Gamboa, Rio de Janeiro
Hora e data: Às 18:00 dia 20/08/2009
entrada franca
Conferência Culturas Urbanas
Apresentação da conferência Trabalho, residência e devoção: os escravos africanos e a ocupação do espaço na cidade do Rio de Janeiro no século XVIII, ministrada pela historiadora Mariza Soares, UFF. Dia 25 de agosto, às 18h, na sala de cursos. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4640.
Palestra Pensamento jurídico
Será apresentada a palestra Oliveira Lima e a Reflexão Política da Independência no Brasil, com Martonio Mont'Alverne Barreto Lima (UNIFOR). Dia 28 de agosto, às 15h, na sala de cursos. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4638.
Informativo do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea da Fundação Getulio Vargas
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
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Curso de Extensão Arte, Técnica e Sociedade Moderna
O Curso pretende uma reflexão teórica direcionada à prática de projeto.
Para maiores informações por favor acessar www.cce.puc-rio.com.br departamento de história.
Desde já agradeço a colaboração para a divulgação do Curso,
Abraços,
Denise Chini Solot
Intercambio e Pesquisa - Real Gabinete Português de Leitura
Encontro com
Isabel Pires de Lima
(Universidade do Porto)
Tema:
Paula Rêgo
dialoga com
Escritores Portugueses
*****
20 de agosto de 2009
(5ª. feira)
14:30h
*****
Entrada Livre
*****
Real Gabinete Português de Leitura
Rua Luís de Camões, nº 30
tel: 2221-3138 /// 2221-2960
www.realgabinete.com.br
Revista Antíteses: chamada dossiê "Práticas culturais. Perspectivas da diversidade"
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
A revista Antíteses convida interessados em apresentar contribuições para seu dossiê “Práticas culturais. Perspectivas da diversidade”, coordenado pela Profa. Dra. Silvia Cristina Martins de Souza e Silva, correspondente ao v. 3, n. 5, jan.-jun. de 2010, chamada que se encerra no dia 31 de outubro deste ano. Também aceita, em fluxo contínuo, outras contribuições, como artigos, análises bibliográficas, resenhas, resenhas de clássicos, debates, traduções, notas de pesquisa e acervos e fontes.
Antíteses é um periódico semestral eletrônico on-line em Open Access , no sistema ahead of print e volume fechado, do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Estadual de Londrina. Publica, após processo de avaliação entre pares, contribuições multidisciplinares inéditas a partir da perspectiva histórica nos idiomas português, espanhol e inglês.
A mesma encontra-se indexada nas bases: e-Revist@s, GeoDados, Latindex, LivRe!, Maestroteca, OAHarvesters, OAIster, PIRATE, Researching Brazil Bibliographic Index, Sumários de Revistas Brasileiras e Ulrich´s Periodicals Directory. Catalogada em Latindex. Em processo de indexação em EBSCO Host (ingresso previsto para 2009).
Sua página web é: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses e seu e-mail: antiteses@uel.br.
Cordialmente.
Hernán Ramírez
Editor
ENTREVISTA -JOSÉ MURILO DE CARVALHO, HISTORIADOR Paradoxos da democracia
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Paradoxos da democracia
JOSÉ MURILO de Carvalho: "A democracia no Brasil ainda é muito precária" (Foto: Chico Silva)
O historiador José Murilo de Carvalho é um incansável pesquisador sobre a construção da cidadania no Brasil. Nesta entrevista, ele expõe problemas relacionados ao Brasil do oitocentos, os difíceis primeiros anos da República e explica os diversos dilemas da democracia brasileira
A passagem da Monarquia para a República se deu, como sabemos, através de um golpe militar. O jornalista Aristides Lobo, inclusive, cunhou a expressão "bestializados". Ele referia-se ao povo que nada sabia do golpe. O senhor utilizou a expressão de Aristides para o título de um livro sobre o assunto. Quer dizer, o Brasil simplesmente dormiu monarquista e acordou republicano...
Esse é um tema muito complexo. Veja que o Manifesto Republicano é de 1870. Desde então, assistiu-se a uma propaganda aberta a favor da República. Jornais e clubes republicanos, tanto na Corte, quanto em São Paulo e alguns Estados do País - Rio Grande do Sul e Minas Gerais, principalmente - pregavam o fim da Monarquia e o advento do regime republicano. A própria Monarquia, abordei isso no meu livro, estava perdendo rapidamente a legitimidade das camadas letradas do País. Após a Abolição, ela perdeu também a legitimidade entre os proprietários rurais, ex-proprietários de escravos. Além disso, existiram conflitos com a Igreja. Outro problema era relativo à sucessão de Pedro II. As elites intelectuais e econômicas do País não viam com bons olhos um terceiro reinado com a princesa Izabel, uma mulher casada com um francês, o conde D`Eu. Havia um certo caldo de cultura contra o Império. Agora, o que ocorreu em si foi o envolvimento militar. Eles acabaram, por proclamar a República em 15 de novembro de 1889, quando um grupo de militares do Exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de Estado e depôs o D. Pedro II. Muitos republicanos não sabiam do movimento militar. Nem um dos maiores republicanos, Silva Jardim.
Por que D. Pedro II não coibiu o movimento republicano?
Ele deixava correr. Em relação a essas coisas era muito "zen", como diríamos hoje. Para ele, era um movimento de jovens, sem grande importância. Por outro lado, desde 1877 ele se encontrava doente. Realmente, não estava controlando a situação. Até o último momento não acreditou no que estava ocorrendo. Por causa do golpe, Aristides Lobo cunhou a expressão "Bestializados". Realmente, as pessoas não sabiam do que se tratava. Agora, não devemos interpretar isso como se a Proclamação da República fosse algo que não tivesse base, nenhuma raiz. Isso seria exagero.
A problemática está numa pergunta: como foi programado o golpe, já que deixou de fora civis e políticos republicanos?
Na verdade, nunca ocorrera algo parecido na história brasileira. Em conseqüência, os primeiros dez anos de República foram de uma permanente perturbação da ordem. Guerras civis, revolta armada no Rio de Janeiro, revolução federalista no Sul, Canudos, na Bahia. Foram anos de grande inconstância. Talvez porque o processo tenha sido feito de uma maneira um tanto estranha, quer dizer, alheia à própria movimentação dos republicanos civis. Muitos deles só queriam a República após a morte de D. Pedro II. Aí, sim, fariam a transformação do regime monárquico para o republicano de uma maneira pacífica, menos radical. Por isso, tanta polêmica em torno do 15 de novembro. Alguns interpretam o 15 de novembro como algo que tenha caído do céu. É preciso analisar todo o contexto. Tínhamos partidos republicanos já organizados.
Para alguns, o grande paradoxo é que D. Pedro II centralizou muito o poder na Corte...
Eu não diria que ele centralizou o poder. Quando assumiu o poder, o processo de centralização tinha sido realizado pelos grupos da elite política, desde 1837, com o chamado regresso conservador. Pedro II só assume realmente o poder a partir dos anos 50 dos oitocentos. Não que ele desejasse, mas de certo modo foi obrigado. Havia um certo vácuo. Na minha interpretação, conservadores e liberais viviam às turras. Foram muitas revoltas envolvendo os dois partidos. D. Pedro II foi uma espécie de juiz entre essas duas facções. Tinha o Poder Moderador, cujo sentido era muito concreto: permitia que essas duas facções assumissem o poder em turnos e uma não excluísse a outra.
A República herdou muita coisa do Império. O sistema patrimonialista brasileiro, por exemplo...
Vamos por etapas: a abolição da escravidão foi uma revolução social. Com a Proclamação da República, não tivemos revolução nenhuma. Foi apenas uma mudança política. Tirou-se do poder um monarca, hereditário, e se colocou um presidente com período marcado para exercer o poder. Os presidentes ficavam apenas quatro anos no poder. Mesmo assim, muita coisa não mudou. Exceto a distribuição do poder entre os Estados. Quer dizer, a grande transformação foi a implantação do federalismo. Criou-se, a partir de Campos Sales, a famosa aliança política entre os Estados e o que muitos chamam da política café com leite. Os principais Estados, como Minas e São Paulo, comandavam o processo político.
E nos demais Estados?
O Sérgio Buarque de Holanda tem uma frase curiosa: o Império dos senhores de terra no Brasil adquiriu maior poder com o fim do Império. Nesta quadra se formaram as oligarquias regionais. Muitas delas condicionavam o comportamento do presidente da República.
Vivenciamos duas fortes ditaduras - a de Vargas (Estado Novo) e a militar a partir de 64. O Brasil começou a desenvolver um processo democrático nos meados dos anos 80 do século passado...
Democracia é algo que nunca se completa. É um caminho que vamos trilhando com idas e vindas, progressos e retrocessos. Se entendermos democracia como um sistema comandado pela lei, com ampla participação popular, mesmo fora dos períodos eleitorais, liberdade de imprensa, é uma coisa... Se analisarmos a democracia de um ponto de vista mais amplo, é outra. Significa não apenas a participação política das pessoas, mas o que chamaria de cidadania e igualdade civil, passando por uma melhor distribuição de renda e acesso à Justiça. Ora, isso não temos no Brasil. Pessoas com recursos escapam facilmente das malhas da justiça. Assistimos a milhões de escândalos nos últimos anos. Pergunto: quem está na cadeia? Ninguém. A desigualdade econômica é terrível. Temos distâncias quilométricas entre o topo e a base da pirâmide. Então, a democracia no Brasil ainda é algo muito precário. Nossas câmaras legislativas estão envolvidas há muito em um rosário de escândalos. Ainda temos que avançar muito no nosso processo democrático.
Numa análise mais macro tudo indica que esse processo tem raízes no passado.
Fomos submetidos a golpes militares. Depois de 1945, vivenciamos uma expansão democrática. Assistimos ao golpe de 64. Foram 21 anos. Depois, a democracia foi restabelecida. O impeachement de Collor foi absolutamente dentro da lei. Até hoje, felizmente, não passamos por novo golpes.
O senhor escreveu uma biografia sobre Pedro II que, logo, transformou-se num best-seller. Por que os historiadores têm tanto medo das biografias?
A biografia é de modo geral algo que interessa muito às pessoas. Os historiadores brasileiros não se aventuram muito a escrever biografias. Olham de uma maneira meio atravessada. Como se o gênero não estivesse à altura deles. Sempre foram os jornalistas que exploraram o gênero biográfico. E com muito sucesso. As pessoas, afinal, gostam de saber da vida dos outros. A Companhia das Letras me encomendou a biografia sobre D. Pedro II. Fiquei com receio, pois não tinha experiência nesse campo. Agora, os jornalistas escrevem bem, com clareza, elegância, atributos que faltam aos historiadores. Parte dos historiadores são muito rigorosos na pesquisa, mais do que os jornalistas. Principalmente, com relação às fontes. Aliás, muitos deles chegam a interpretar e criticar suas fontes de pesquisa. Não colocamos nada em nossos livros sem uma ampla pesquisa e uma documentação precisa. Quando se trabalha assim, o historiador termina por colocar uma multidão de notas de rodapés na páginas. A leitura é muitas vezes cansativa. Atualmente, existe uma maior preocupação dos historiadores com relação à escrita, ao estilo. Isso é que atrai o leitor. Na França e na Inglaterra muitos escritores escrevem biografias com grande êxito. Conscientemente, faço um esforço nessa direção. Discuto muito esse problema com meus alunos e colegas. A história é algo que afeta todo o mundo. E existe também uma grande demanda pela História. Não só no Brasil, mas em todo o mundo. Quando você escreve para uma revista especializada pode até utilizar uma linguagem mais acadêmica. Mas, no suporte livro, você deve escrever de maneira clara e objetiva. Só assim atingirá o grande público.
FIQUE POR DENTRO
Interpretação sobre o Brasil dos oitocentos
O historiador José Murilo de Carvalho organizou o livro "Repensando o Brasil do Oitocentos - Cidadania, Política e Liberdade" (Civilização Brasileira, R$ 49,49). O livro resultado de um grupo de estudos formados por historiadores de diversas universidades do País - Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, principalmente. Para José Murilo, a palavra cidadania é termo recorrente em "ambientes diferenciados da discussão pública", principalmente hoje, quando se consolida o direito do cidadão em suas práticas políticas, civis e sociais. Os direitos políticos teriam se desenvolvido no século XIX, e os civis e sociais no século XX. José Murilo de Carvalho é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Ciências.
JOSÉ ANDERSON SANDES
EDITOR DO CADERNO 3 DIÁRIO DO NORDESTE.
SEMINÁRIO PERMANENTE PESQUISAS EM CURSO - Real Gabinete Português de Leitura
PESQUISAS EM CURSO
Encontro com
Roberto de Magalhães Veiga
(PUC-Rio)
sobre
Jesuítas portugueses
e a expedição Macartney (1792-4)
e
Carolina Casarin
(Pesq. Jr. RGPL/ Fund. Calouste Gulbenkian)
sobre
Maria Archer e o jornal
Portugal Democrático
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Dia 13 de agosto de 2009
(5ª. feira) -- 14:30h
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Entrada Livre
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Real Gabinete Português de Leitura
Rua Luís de Camões, nº 30
tel: 2221.3138 /// 2221.2960
www.realgabinete.com.br
Chamada de artigos - Documento em Revista
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Informações sobre normas para publicação no site www.documentoemrevista.com.br
Informe Casa Rui Barbosa 1-16/08/09
O curso será ministrado pelo historiador e arquiteto português Helder Carita. Inscrições abertas. De 10 a 21 de agosto, às 18h, no auditório. Informações: (21) 3289-4663.
Um domingo na Casa de Rui Barbosa
Evento com atividades voltadas para o público infanto-juvenil. Neste mês, uma homenagem ao folcore. Dia 2 de agosto, às 15h. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4663.
Série Memória & Informação
A série promove a palestra Imagens e documentos fotográficos em arquivos, com o arquivista André Porto Ancona Lopez (UnB). Dia 5 de agosto, às 14h30, na sala de cursos. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4677.
Colóquio cultura, trabalho e vida na crise do capitalismo global
O quinto encontro tem como tema Trabalho vivo no ato de defesa da vida até na hora de morrer, com Magda Chagas (Pós-Graduação Clínica Médica/UFRJ) e Laura Macruz Feuerwerker (Pós-Graduação Clínica Médica/UFRJ). Dia 6 de agosto, às 14h, na sala de cursos. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4636
A Escola apresenta Concerto do Duo Hyeronimus, com Wanda Eichbauer (harpa) e Nadge Breide (piano). Dia 10 de agosto, às 18h30, no auditório. Entrada franca. Informações: (21) 3289-4645.
Imagem e escrita: retorno aos ideogramas
Série de três conferências: Da ilustração como transgressão, A figura segundo Manet ou a imagem reinventada e As lições do branco: da arte da memória ao Lance de dados de Mallarmé. Ministradas pela professora Anne-Marie Christin, Universidade de Paris 7. Dias 11, 12 e 13 de agosto, às 10h, na sala de cursos. Entrada franca.
Informações: (21) 3289-4631.
Fundação Casa de Rui Barbosa
Rua São Clemente, 134 Botafogo
Rio de Janeiro
comunica@rb.gov.br
Africa e africanidades: Dez conferencias/RJ
HISTORIA NO BRASIL, N. 332, 06/08/2009
1. Nucleo de Audiovisual e Documentario do CPDOC/FGV abre selecao para estagio
2. Curso de Licenciatura em Historia/CPDOC
3. Programa de Pos-Graduacao em Museologia e Patrimonio/UNIRIO
4. Revista/Chamada para artigo
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1. Nucleo de Audiovisual e Documentario do CPDOC/FGV abre selecao para estagio
O Nucleo oferece uma vaga para interessados em audiovisual que queiram aprender e exercitar tarefas de pesquisa, filmagem, edicao e os processos que cada uma dessas atividades envolve. O candidato deve estar matriculado entre o 3º. e o 6º. periodos em um curso de graduacao, ter coeficiente de rendimento (C.R.) maior ou igual a 7,0, ter conhecimentos (mesmo que minimos) em Final Cut, e enviar curriculos ate' 10/08 para [arbel.griner@fgv.br]. A selecao se dara' em 2 fases: prova escrita e entrevista com os candidatos que obtiverem nota igual ou superior a 7,0 (sete) na primeira fase. O estagio tem carga de 20 horas semanais e a remuneracao e' de R$ 350 (bolsa + transporte), com direito a almoco no restaurante da FGV.
2. Curso de Licenciatura em Historia/CPDOC
O CPDOC esta' lancando um novo curso de Licenciatura em Historia, a comecar em marco de 2010. O projeto do curso reflete uma perspectiva interdisciplinar, caracteristica do CPDOC. Ele foi integralmente baseado na tradicao de pesquisa e tratamento documental do CPDOC. Concebido e ministrado por seus pesquisadores, este curso de graduacao busca o cruzamento entre uma solida formacao teorica e as perspectivas praticas de pesquisa e ensino, constituindo um padrao formativo de professores-pesquisadores preparados para enfrentar os novos desafios da educacao - e da Historia em particular - aptos a vincularem as tradicoes de pesquisa e de manutencao e tratamento de acervos documentais da instituicao 'a pratica pedagogica critica e reflexiva. A filosofia da Escola se orienta para formar profissionais com uma solida base conceitual interdisciplinar, estimulados a desenvolver suas praticas profissionais no dialogo constante com as demandas oriundas da sociedade e dos novos instrumentos
disponibilizados pelos avancos das tecnologias de ensino e de transmissao de conteudos. O curso permite ainda ao aluno optar por cursar as seguintes linhas de estudos complementares: Historia do Brasil Republicano; Bens Culturais; Politica e Sociedade; e Relacoes Internacionais no Mundo Contemporaneo. As inscricoes vao ate' 28/9/2009, no site do Vestibular FGV: http://www.fgv.br/vestibular. O periodo de inscricoes com valores diferenciados vai ate' 13/8. mais informacoes sobre o curso podem ser obtidas tambem no Portal CPDOC: http://www.fgv.br/cpdoc
3. Programa de Pos-Graduacao em Museologia e Patrimonio/UNIRIO
A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e o Museu de Astronomia e Ciencias Afins (MAST) lancam edital para processo seletivo do Programa de Pos-Graduacao em Museologia e Patrimonio (PPG-PMUS), que oferece 15 vagas para o Mestrado. As inscricoes estarao abertas de 13/8 ate' 13/9/2009. Mais informacoes em http://www.unirio.br/cch/ppg-pmus/ ou coordenacaoppg-pmus@unirio.br, marcus@mast.br.
4. Revista/Chamada para artigo
- O Centro de Educacao e Assessoria Popular (CEAP) anuncia que esta' no ar o numero 2,volume 4, da revista eletronica Patrimonio e Memoria. Mais informacoes em http://www.assis.unesp.br/cedap/patrimonio_e_memoria/patrimonio_e_memoria_v4.n2/home4_2.html.
- A Revista Eletronica Cadernos de Historia lanca chamada de trabalhos para a edicao ano IV nº 2, com secao tematica de artigos Republica, Democracia e Cidadania e secao livre para resenhas, transcricoes comentadas, entrevistas e traducoes. O prazo para envio de trabalhos vai ate' 31/8/2009. Mais informacoes em http://www.ichs.ufop.br/cadernosdehistoria.