Data: 4 de fevereiro de 2011 14:06
Concurso para professor substituto
Fonte: [historiacultural_go]
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Data: 4 de fevereiro de 2011 14:06
Concurso para professor substituto
Rua Luís de Camões, 30 (Centro) CEP 20051-020 Rio de Janeiro RJ Tel: 2221-3138 Fax: 2221-2960 E-mail: gabinete@realgabinete.com.br
Real Gabinete Português de Leitura
Centro de Estudos
Polo de Pesquisa sobre Relações Luso-Brasileiras PPRLB
Curso de Extensão
Os Lusíadas relidos no Real
O Polo de Pesquisa sobre Relações Luso-Brasileiras (PPRLB) inicia as comemorações de seu
10º aniversário convidando a todos para uma detida releitura da epopeia camoniana, guiada pela voz crítica de mestres conceituados e apaixonados, que examinando cantos, ou ecos e espelhos, ou temas afins evidenciarão a beleza e a vigorosa atualidade do texto quinhentista.
Coordenação: Profª. Doutora Gilda Santos (UFRJ/ PPRLB)
Período: de 14/03/2011 a 20/04/2011 (24 aulas/ 12 encontros, às 2as. e 4as. feiras) Horário: 14:00h às 17:45 Inscrições para certificado: Estudantes: R$ 15,00 /// Demais: R$ 20,00 |
PROGRAMA
DATA | 14:00h | 16:00h |
MAR- 14 (2ª) | Quinhentismo, contexto cultural, Camões Gilda Santos (UFRJ/PPRLB) | O livro e a circulação do saber Sheila Moura Hue (UERJ/PPRLB) |
MAR- 16 (4ª) | Leitura do Canto I Gilda Santos (UFRJ/PPRLB) | Camões e seus contemporâneos Sheila Moura Hue (UERJ/PPRLB) |
MAR- 21 (2ª) | Leitura do Canto II Clécio Quesado (UFRJ) | Mitologia, Erotismo e Censura Luciana Salles (PPRLB) |
MAR- 23 (4ª) | Leitura do Canto III Gilda Santos (UFRJ/PPRLB) | O tema de Inês Gilda Santos (UFRJ/PPRLB) |
MAR- 28 (2ª) | Leitura do Canto IV Jorge Fernandes da Silveira (UFRJ/CNPq) | A História, os heróis X "Poeta mendigo" Sérgio Nazar David (UERJ/CNPq) |
MAR- 30 (4ª) | Leitura do Canto V Cleonice Berardinelli (ABL) | Os medos e a Ciência Luciana Salles (PPRLB) |
ABR- 4 (2ª) | Leitura do Canto VI Luiz Fernando de Moraes (Esc. SESC Ensino Médio) | Leitura do Canto VII Sofia de Sousa Silva (UFRJ) |
ABR- 6 (4ª) | Leitura do Canto VIII Luis Maffei (UFF/PPRLB) | Arte quinhentista e o pictórico no poema Gilda Santos (UFRJ/PPRLB) |
ABR- 11 (2ª) | Leitura do Canto IX Ida Ferreira Alves (UFF/CNPq) | Paisagem e utopia Ida Ferreira Alves (UFF/CNPq) |
ABR- 13 (4ª) | Leitura do Canto X Sérgio Nazar David (UERJ/CNPq) | D. Sebastião e o Sebastianismo Gilda Santos (UFRJ/PPRLB) |
ABR- 18 (2ª) | Os Lusíadas e a Crítica: Saraiva, Sena... Jorge Fernandes da Silveira (UFRJ/CNPq) | Mensagem: FP leitor de Os Lusíadas Cleonice Berardinelli (ABL) |
ABR- 20 (4ª) | Sophia, leitora de Os Lusíadas Sofia de Sousa Silva (UFRJ) | Um poeta nosso contemporâneo Luis Maffei (UFF/PPRLB) |
No pensamento republicano, a pluralidade ocupou um lugar definitivo substituindo o conflito e o interesse, enquanto categorias políticas. "Pluralidade é quando há diversidade de opiniões e, ao mesmo tempo, espaço para a existência simultânea e paralela para tamanha variedade", descreve a cientista política Maria Aparecida Azevedo Abreu. Com base em obras literárias de épocas distintas sobre o pensamento republicano, a pesquisadora analisou como foram tratados o "conflito" e o "interesse". A tese de doutorado Conflito e interesse no pensamento político republicano foi apresentada na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, sob a orientação do professor Gabriel Cohn, do Departamento de Ciência Política.
"O conflito e o interesse estiveram juntos e no interior da política em dado momento, e fora dela em outros", aponta a cientista política. As obras estudadas por Maria Aparecida foram "Os discursos sobre a primeira década de Tito Lívio", de Maquiavel; "Oceana", de James Harrington (séc. 19); "O Contrato Social", de Rousseau (séc. 18); "Que é o Terceiro Estado?", de Emmanuel Joseph Sieyes; "O Espírito das Leis", de Montesquieu (séc. 18); "Os artigos federalistas", de James Madison, Alexander Hamilton Rice, e John Jay (séc. 16); e "Da Revolução, de Hannah Arendt (séc. 20).
Ela cita como exemplo "Os artigos federalistas", do século 16, em que o conflito e o interesse se dissociaram. "Neste caso, o interesse permanece no interior da república e o conflito deu lugar à pluralidade. Hannah Arendt, na obra Da Revolução, do século 20, preserva a pluralidade, mas retira novamente o interesse da política", explica Maria Aparecida.
Em relação a Maquiavel, a pesquisadora descreve que a manifestação de interesses do cidadão maquiavélico, em conflito com os interesses opostos, tinha a função de gerar boas leis e a liberdade da república. "Em contrapartida, a concepção de Rosseau para a resolução de conflitos prega que os cidadãos deixem de lado seus interesses particulares e que aceitem a manifestação da vontade geral, obtida a partir da comunidade política como um todo, e não da soma de interesses gerais, vontade esta que em Sieyes se manifesta na forma de um interesse parcial, o do terceiro estado, como se fosse de toda a comunidade.
Concepção de interesse e conflito
A análise das obras literárias publicadas em diferentes épocas permitiu à pesquisadora apontar a diferenciação entre interesse e bem comum. "O interesse é algo parcial e definido pela pessoa ou por um grupo que deseja algo e que por meio de suas atitudes, opiniões e discursos busca alcançá-lo. Já o bem comum é definido como um interesse de toda a comunidade e para o qual a mesma deve agir em conjunto para atingi-lo", descreve.
Dentro das diversas épocas, locais e sociedades vários interesses são manifestados. Como conciliá-los é um dos maiores problemas. Segundo a pesquisadora, "alguns interesses entram em conflito, quando o grau de divergência é tão grande que não podem coexistir. Outros se encaixam naquilo que se denomina como pluralidade.
Nos artigos federalistas, os interesses entraram para a vida da república e foram seu combustível. "Não há conflito entre eles, mas tolerância e estímulo para que sejam manifestados em uma maior quantidade e diversidade de forma a impedir que se formem apenas interesses opostos ou contraditórios de grupos dominantes e uma possível concentração de poderes", descreve Maria Aparecida.
E o Brasil?
De acordo com a cientista política, o Brasil se encaixa perfeitamente nos republicanos federalistas. Afinal, segundo ela, "os mecanismos, dos primórdios republicanos para a manifestação de interesses, hoje, estão ausentes ou obscurecidos". Ela esclarece que a teoria não fornece elementos para que o Estado possa ter uma estrutura mais adequada a fim de que interesses plurais se manifestem de forma clara. "A insuficiência no estudo de interesses e conflitos em espaços deliberativos sobre políticas públicas, como os conselhos de participação, órgãos e agências de regulação sobre educação, saúde e meio ambiente, entre outras áreas, acabam por entrar em um desequilíbrio desnecessário, perdendo o objeto de suas funções que seriam políticas públicas de qualidade."
Mais informações: mazabreu@uol.com.br
FAPESP – O Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual Paulista (Unesp) abriu seleção para ingresso no mestrado e doutorado na área de conhecimento História e Sociedade.
Composto por três linhas de pesquisa – "Política: ações e representações", "Identidades culturais, etnicidades, migrações" e "Religiões e visões de mundo" –, o curso tem início previsto para o segundo semestre de 2011.
A seleção será feita em duas etapas. A primeira triagem se dará por meio de um exame de proficiência em língua estrangeira, sendo que para os candidatos ao mestrado será aplicado um idioma e para o doutorado, dois. E também uma prova de conhecimentos específicos.
Já na segunda fase o candidato será submetido a entrevistas e terá seu currículo e desempenho escolar analisados
As inscrições estão abertas até 11 de fevereiro e são aceitas somente pelo endereço portal-sistema.unesp.br:7778/inscricao_unesp/inscricao_unesp.
Mais informações: www.assis.unesp.br/posgraduacao/historia