Como fazer um Projeto de pesquisa

sábado, 2 de maio de 2009


Hoje resolvi ajudar aqueles estudantes que precisam de uma força e pesquisar umas fontes.

Projeto de pesquisa

Resumo

O presente texto apresenta aos alunos alguns aspectos formais de um Projeto de Pesquisa. A exposição dos diferentes capítulos que compõem referido projeto (introdução; objetivos; justificativa; metodologia e bibliografia) e de seu conteúdo têm por objetivo formular uma proposta de padronização para os diferentes cursos.

Palavras-chaves: metodologia, pesquisa científica, projeto de pesquisa

Abstract

This article presents to the students some formal aspects of a Research Project. The exposition of the different chapter’s which integrate a project (introduction, objectives, justification, method and bibliography) and its contents is designed to formulate a standardization proposal to various programs.

Keywords: methodology, scientific research, research project

Vale confessar previamente para evitar falsas expectativas: este pequeno texto tem pretensões muito modestas e objetivos meramente didáticos. Seus objetivos são apresentar ao aluno alguns aspectos formais do Projeto de Pesquisa, ao mesmo tempo em que são transmitidas certas informações que podem simplificar sua vida acadêmica.

Um Projeto de Pesquisa é composto de elementos pré-textuais, formado por capa e sumário; elementos textuais, compostos de Introdução, Objetivos, Justificativa e Metodologia; e elementos pós textuais, do qual fazem parte Cronograma e Bibliografia.

A atenção recairá, aqui, sobre os elementos textuais que compõem o projeto. Comecemos, pois, por alguns aspectos gráficos importantes. O texto do corpo do projeto deve ser redigido em fonte tamanho 12 e espaçamento duas linhas. A melhor fonte para os títulos é a Arial e para o texto a fonte Times New Roman ou similares com serifa, que facilitam a leitura de texto longos. O papel tamanho A4 é o recomendável.

As margens são as seguintes: esquerda, 4,0 cm; direita 2,5 cm; superior 3,5 cm; inferior 2,5 cm. As páginas devem ser numeradas no canto superior direito, tendo início naquelas referentes aos elementos textuais – capa e sumário não são numerados, muito embora entrem na contagem de páginas (Garcia, 2000).


Introdução

Nem todos os modelos de projetos de pesquisa incluem uma introdução. Muitas vezes passa-se diretamente aos objetivos. Mas é bom não esquecer de que quem lê um projeto lê muitos. É sempre conveniente, portanto, introduzir o tema da pesquisa, procurando captar a atenção do leitor/avaliador para a proposta. A redação, como nos demais capítulos, deve ser correta e bem cuidada. Uma leitura prévia e atenta de Medeiros (1999) poderá ajudar muito na hora de escrever o texto. Para as dúvidas mais correntes da Língua Portuguesa verificar Garcia (2000) e Martins (1997). Dicionários também são imprescindíveis nessa hora.

Na Introdução, é de se esperar que seja apresentado o tema de pesquisa. Escolher um tema é, provavelmente, uma das coisas mais difíceis para um pesquisador iniciante. Pesquisadores experientes costumam desenvolver técnicas de documentação do trabalho científico que lhes permitem não só extrair de seus arquivos tais temas como trabalhálos concomitantemente.

Mas um estudante de graduação geralmente não acumulou o volume de informações necessário para tal empreendimento. Um bom começo, portanto, é conhecer o que outros já fizeram, visitando bibliotecas onde seja possível encontrar monografias de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Tais trabalhos podem servir como fonte de inspiração, além de familiarizar o aluno com os aspectos formais, teóricos e metodológicos do trabalho científico.

A primeira regra para a escolha do tema é bastante simples: o pesquisador deve escolher um tema do qual goste. O trabalho de pesquisa é árduo e, às vezes, cansativo.

Sem simpatizarmos com o tema, não conseguiremos o empenho e a dedicação necessárias.

A segunda regra é tão importante quanto a primeira: o pesquisador não deve tentar abraçar o mundo. A tendência dos jovens pesquisadores é formular temas incrivelmente amplos, geralmente resumidos em uns poucos vocábulos: A escravidão; a Internet; A televisão; A Música Popular Brasileira; O Direito Constitucional; Os meios de comunicação; são alguns exemplos. É preciso pensar muito bem antes de seguir esse caminho. O pesquisador inexperiente que enveredar por ele terá grandes chances de produzir um estudo superficial, recheado de lugares comuns.

O tema deve ser circunscrito tanto espacial como temporalmente. "A escravidão", por exemplo, é um tema dos mais amplos. Escravidão na Roma Antiga?

No Brasil contemporâneo? No Estados Unidos à época da Guerra de Secessão? No livro A República, de Platão? A escravidão por dívidas na Grécia Antiga? Temas apoiados em palavras e sentido muito amplo, como "influência" e "atualidade", também devem ser evitados. O pesquisador deve se perguntar se o tema escolhido não permite perguntas do tipo: O quê? Onde? Quando?

No capítulo 2 do livro de Umberto Eco, Como se faz uma tese, é possível encontrar uma excelente ajuda para a escolha do tema de pesquisa, ilustrada com vários exemplos (Eco, 1999, p. 7-34).

Uma terceira regra vale ser anunciada: o tema teve ser reconhecível e definido de tal maneira que seja reconhecível igualmente por outros (Eco, 1999, p. 21). Ou seja, deve ser aceito como um tema científico por uma comunidade de pesquisadores.

Uma vez anunciado o tema da futura pesquisa, é conveniente o pesquisador descrever qual foi sua trajetória intelectual até chegar a ele. Como se sentiu atraído por esse tema? Que matérias despertaram seu interesse durante a graduação? Que autores lhe inspiraram?

Apresentado o tema é hora seguir adiante e expor os objetivos propriamente ditos da pesquisa.


Objetivos

Este capítulo deve começar de forma direta, anunciando para o leitor/avaliador quais são os objetivos da pesquisa: "O objetivo desta pesquisa é..."; "Pretende-se ao longo da pesquisa verificar a relação existente entre..."; "Este trabalho enfocará..."; são algumas das formas às quais é possível recorrer.
Vários autores desenvolvem em trabalhos de metodologia do trabalho científico e intelectual o tema da documentação pessoa. Bons guias para tal são Severino (2000, p. 35-46) e Salomon (1999, p. 121-143), mas a descrição realizada por Mills (1975, p. 211-243) continua insuperável.

Se na Introdução era apresentado o tema, no capítulo Objetivos será abordado o problema, bem como as hipóteses que motivarão a pesquisa científica. A pergunta chave para este capítulo é "o que se pretende pesquisar?"

Um problema científico tem a forma de uma questão, de uma pergunta. Mas é uma questão de tipo especial. É uma pergunta formulada de tal maneira que orientará a investigação científica e cuja solução representará uma ampliação de nossos conhecimentos sobre o tema que lhe deu origem. Uma resposta provisória a este problema científico é o que chamamos de hipótese. A pesquisa científica deverá comprovar a adequação de nossa hipótese, comprovando se ela, de fato, é uma solução coerente para o problema científico anteriormente formulado.

Franz Victor Rudio apresenta, em seu livro, uma série de interrogações que podem ajudar o jovem pesquisador a escolher o seu tema de investigação e verificar sua viabilidade:

"a) este problema pode realmente ser resolvido pelo processo de pesquisa científica?

b) o problema é suficientemente relevante a ponto de justificar que a pesquisa seja feita (se não é tão relevante, existe, com certeza, outros problemas mais importantes que estão esperando pesquisa par serem resolvidos)?

c) Trata-se realmente de um problema original?

d) a pesquisa é factível?

e) ainda que seja ‘bom’ o problema é adequado para mim?

f) pode-se chegar a uma conclusão valiosa?

g) tenho a necessária competência para planejar e executar um estudo desse tipo?

h) os dados, que a pesquisa exige, podem ser realmente obtidos?

i) há recursos financeiros disponíveis para a realização da pesquisa?

j) terei tempo de terminar o projeto?

l) serei persistente?" (Rudio, 1999, p. 96).

Alguns autores recomendam a separação dos objetivos gerais dos objetivos específicos ou do objetivo principal dos objetivos secundários.3 Para atingir seus objetivos mais gerais ou o objetivo principal, será necessário percorrer um caminho de pesquisa que o levará até eles. São etapas da pesquisa que fornecerão a base para abordar de maneira mais direta e pertinente o objetivo principal.

Essa separação é procedente do ponto de vista analítico. Mas os diferentes momentos da pesquisa só se justificam na medida em que ajudarão a esclarecer o problema principal. Não é preciso fazer essa separação em subcapítulos desde que fique claro quais são os objetivos gerais e quais são específicos, qual é o principal e quais os secundários.

Exemplifiquemos esses momentos da pesquisa. Se aluno se propuser a estudar a proposta de contrato coletivo de trabalho, por exemplo, é de bom tom, antes de discutir

suas diferentes versões, fazer um breve histórico da legislação trabalhista brasileira. Se, por outro lado, pretende estudar os escritos políticos de Max Weber, inevitavelmente terá que começar por uma reconstituição do contexto político e intelectual da Alemanha do início do século. Sem esclarecer esses objetivos secundários ou específicos, dificilmente poderá levar a cabo sua pesquisa de maneira aprofundada.

Justificativa

Chegou a hora de dizer porque a universidade, o orientador ou uma instituição de financiamento deve apostar na pesquisa proposta. Neste capítulo é justificada a relevância do tema para a área do conhecimento científico à qual o trabalho está vinculado. A pergunta chave deste capítulo é "por que esta pesquisa deve ser realizada?"

Ver, por exemplo, Lakatos e Marconi (1992).

Vários autores, entre eles Lakatos e Marconi (1992), colocam o capítulo da justificativa antes dos objetivos. A inversão não faz muito sentido: como justificar o que ainda não foi apresentado? A ordem Objetivos, primeiro, e Justificativa, depois, parece ser a melhor do ponto de vista lógico.

É nas justificativas que o pesquisador deve apresentar o estado da arte, ou seja o ponto no qual se encontram as pesquisas científicas sobre o tema escolhido. O diálogo com os principais autores ou correntes interpretativas sobre o tema deve ser levado a cabo neste capítulo.

Já que é aqui que serão feitas o maior número de citações ou referências bibliográficas, vamos repassar brevemente as técnicas de citação e referência. Se a citação tiver até duas linhas, ela pode ser reproduzida em itálico, no corpo do parágrafo.

E não esquecer, "a citação deve ser direta e deve vir entre aspas, como todas as citações e com indicação da fonte seja em rodapé, seja pelo sistema autor/data."

(Henriques e Medeiros, 1999, p. 127). Quando a citação tiver três ou mais linhas ela deverá iniciar um novo parágrafo e estar digitada com um espaçamento entre linhas 1,5, um espaço antes, um depois e recuo à esquerda.4 É o que ensina Medeiros:

"No trabalho científico, as citações com até duas linhas são incluídas no parágrafo em que se faz referência a seu autor. Já as transcrições de três linhas ou mais devem ser destacadas, ocupando parágrafo próprio e observando-se recuo e aspas no início e no final da citação." (Medeiros, 1999, p. 104)

Na barra de ferramentas do Word há o botão Aumentar Recuo, muito útil nessas situações, outra possibilidade é criar o estilo Citação, através do menu Formatar Estilo, com espaçamento entre linhas 1,5 e recuo esquerdo 2,5cm.

Quando uma citação vier intercalada por outra citação, está última virá entre aspas simples (‘ ’) Vale ainda lembrar que supressões no texto citado devem ser assinaladas por reticências entre parênteses – (...) –; e que destaques no texto transcrito devem ser feitos com itálico, assinalando ao final, entre parênteses a expressão "grifos nossos"

Até aqui utilizamos a técnica autor/data, a recomendada para as monografias e publicações da UniABC. Outra opção é a técnica referência de rodapé. Neste caso, a indicação do autor, do título do livro e da página vão no rodapé.6 Para isso deve ser utilizado o menu Inserir Notas do Word e escolha Nota de rodapé e AutoNumeração.

Metodologia

Neste capítulo o pesquisador deverá anunciar o tipo de pesquisa (formulador, descritivo ou exploratório) que empreenderá e as ferramentas que mobilizará para tal (Cf. Moraes, 1998, p. 8-10 ). A pergunta chave que deve ser respondida aqui é "como será realizada a pesquisa?"

"Trata-se de explicitar aqui se se trata de pesquisa empírica, com trabalho de campo ou de laboratório, de pesquisa teórica ou de pesquisa histórica ou se de um trabalho que combinará, e até que ponto, as varias formas de pesquisa. Diretamente relacionados com o tipo de pesquisa serão os métodos e técnicas a serem adotados." (Severino, 1996, p. 130)

O pesquisador deverá esboçar a trajetória que seguirá ao longo de sua atividade de pesquisa. Para tanto deverá destacar: 1) os critérios de seleção e a localização das fontes de informação; 2) os métodos e técnicas utilizados para a coleta de dados; 3) os testes previamente realizados da técnica de coleta de dados. Ao contrário do que geralmente se pensa, dados não são necessariamente expressos em números e processados estatisticamente. O tipo de dados coletados durante a pesquisa depende do tipo de estudo realizado. Eles tanto podem ser o resultado de:
1. pesquisa experimental;
2. pesquisa bibliográfica;
3. pesquisa documental;
4. entrevista;
5. questionários e formulários;
6. observação sistemática
7. estudo de caso
8. relatórios de estágio." (Pádua, 1998, p. 132)
Para estas e outras regras de citação ver Segismundo Spina (1984, p. 55)
Cronograma

No cronograma o pesquisador deverá fazer um planejamento das atividades ao longo do tempo que você dispõe para a pesquisa. Ele é uma excelente ferramenta para controlar o tempo de trabalho e o ritmo de produção. Ao mesmo tempo, servirá para o orientador ou a agência financiadora acompanhar o andamento da pesquisa. Também aqui há uma pergunta chave: "quando as diferentes etapas da pesquisa serão levadas a cabo?"

A forma mais fácil de organizar um cronograma é sob a forma de uma tabela.

Com algumas variações tais normas são apresentadas, entre outros, por Severino (1996, p. 90-93) e Medeiros (1999, p. 1789-183). Embora Medeiros aconselhe a reprodução de todos os dados da obra no rodapé, tal medida é desnecessária, uma vez que eles se encontram na bibliografia do Projeto.

Para esquemas de capítulo metodológico ver Barros e Lehfeld (1999, p. 36-37) e Salomon (1999, p.222).

Para tanto pode ser utilizado o menu Tabela do Word para inseri-la. Depois devem ser selecionadas as células que é necessário marcar e com o comando Bordas e Sombreamento do menu Formatar preenchê-las, conforme o exemplo abaixo:

1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês
Revisão bibliográfica
Aplicação de questionários
Processamento dos dados
Observação no local da pesquisa
Entrevistas

Redação da monografia



Bibliografia

BARROS, Aidil de Jesus Paes de e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: propostas metodológicas. 8.ed. Petrópolis: Vozes, 1999.

ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 15.ed. São Paulo: Perspectiva, 1999.

GARCIA, Maurício. Normas para elaboração de dissertações e monografias. (Online,26.05.2000, http://www.uniabc.br/pos_graduacao/normas.html.

HENRIQUES, Antonio e MEDEIROS, João Bosco. Monografia no curso de Direito.São Paulo: Atlas, 1999.

LAKATOS, Eva Maria. MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1992.

LAVILLE, Christian e DIONNE, Jean. A construção do saber. Manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre/Belo Horizonte: Artmed/UFMG, 1999.

MARTINS, Eduardo. Manual de redação e estilo de O Estado de S. Paulo. 3.ed. São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1997.

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. A prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1999.

MILLS, C. Wright. A imaginação sociológica. 4.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

MORAES, Reginaldo C. Corrêa de. Atividade de pesquisa e produção de texto. Textos Didáticos IFCH/Unicamp, Campinas, n. 33, 1999.

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini. O trabalho monográfico como iniciação à pesquisa científica. In: CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber.Metodologia científica: fundamentos e técnicas. 7.ed. Campinas: Papirus, 1998.

RUDIO, Franz Victor. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 24.ed. Petrópolis:Vozes, 1999.

SALOMON, Délcio Vieira. Como fazer uma monografia. 8.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 20.ed. São Paulo:Cortez, 1996.

SPINA, Segismundo. Normas para trabalhos de grau. São Paulo: Ática, 1984.

Fonte:Politikon

Endereço -http://planeta.terra.com.br/educacao/politikon/artigos.htm

Fonte: http://www.zemoleza.com.br/como_fazer_projeto.asp
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Mais uma dica sobre fichamento


Fichamento

É uma das fases da Pesquisa Bibliográfica, seu objetivo é facilitar o desenvolvimento das atividades acadêmicas e profissionais. Pode ser utilizado para:

Identificar as obras;
Conhecer seu conteúdo;
Fazer citações;
Analisar o material;
Elaborar a crítica;
Auxiliar e embasar a produção de textos;
Classificação de Fichamento:

FICHAMENTO TEXTUAL - é o que capta a estrutura do texto, percorrendo a seqüência do pensamento do autor e destacando: idéias principais e secundárias; argumentos, justificações, exemplos, fatos etc., ligados às idéias principais. Traz, de forma racionalmente visualizável - em itens e de preferência incluindo esquemas, diagramas ou quadro sinóptico - uma espécie de “radiografia” do texto.

FICHAMENTO TEMÁTICO - reúne elementos relevantes (conceitos, fatos, idéias, informações) do conteúdo de um tema ou de uma área de estudo, com título e subtítulos destacados. Consiste na transcrição de trechos de texto estudado ou no seu resumo, ou, ainda, no registro de idéias, segundo a visão do leitor. As transcrições literais devem vir entre aspas e com indicação completa da fonte (autor, título da obra, cidade, editora, data, página). As que contêm apenas uma síntese das idéias dispensam as aspas, mas exigem a indicação completa da fonte. As que trazem simplesmente idéias pessoais não exigem qualquer indicação.

FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO - consiste em resenha ou comentário que dê idéia do que trata a obra, sempre com indicação completa da fonte. Pode ser feito também a respeito de artigos ou capítulos isolados, a arquivado segundo o tema ou a área de estudo. O Fichamento bibliográfico completa a documentação textual e temática e representa um importante auxiliar do trabalho de estudantes e professores.

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Topo

Citação

Citação é a menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte.

Objetivo da NBR-10520
Fixar as condições exigíveis para padronização e coerência da seguridade das fontes indicadas nos textos dos tipos de documentos (ABNT, 2002).

Tipos de citação
De acordo com a ABNT, as formas de citações mais conhecidas são: direta, indireta e citação de citação.

Citação direta, literal ou textual
Citações diretas, literais ou textuais: transcrição do trecho do texto de parte da obra do autor consultado.

Espaçamento 1,5cm
Tamanho = 12

A citação com menos de 4 linhas é colocada entre “aspas”



Citação indireta ou livre
Citações indiretas ou livres é o texto baseado na obra do autor consultado (uso de paráfrase).


Citação de citação

Citação de citação é aquela em que o autor do texto não tem acesso direto à obra citada, valendo-se de citação constante em outra obra.
Exemplo 1: Indicação dos Autores separados pela expressão “apud” ou “citado por”



Citação de informação verbal
Os dados obtidos por informação oral (comunicação pessoal, palestras, apontamentos em aula, etc.) podem ser citados e suas referências aparecerão apenas em nota de rodapé.

____________________
1 English, therefore, is not a good language to use when programming. This has long been realized by others who require to communicate instructions. (TEDD, 1977, p. 29).

No texto (comunicação pessoal):
VALE constatou que há indícios de cones de rejeição².

No texto (apontamentos em aula):
A Internet é vista como um grande meio de difusão dos aspectos da globalização³.

Formalização da citação
Para formalizar uma boa citação, sugerimos algumas formas para iniciar um parágrafo no texto acadêmico. Veja:
Vale ressaltar que... / Em função disso... / A partir dessa reflexão, podemos dizer que... / É importante ressaltar que... / Com base em (autor) queremos buscar caminhos... / É necessário, pois, analisar... / Nesse sentido, ressaltamos que... / Coaduna-se com essas reflexões (autor) quando ressalta que... / Posto que [a leitura é sempre produção de significados], consideramos que... / Daí a necessidade de... / Podemos inferir, com (autor) que... / Assim, entendemos que... / Dessa perspectiva... / Dessas acepções, podemos ressaltar que... / Disso decorre... / Assim sendo, salientamos que... / A partir desses levantamentos, cabe-nos... / Contudo, ressalta (autor) que... / Podemos compreender, com base em (autor) que... / Tais afirmações vêm de encontro ao que queremos... (no sentido de choque) / Os estudos desses autores vêm o encontro de nossos anseios, no sentido de mostrar que... (para somar) (ECKERT-HOFF1, 2001 apud FACULDADES NETWORK, 2002).


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Referência

Referência é conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a sua identificação individual. (NBR 6023, 2002, p. 2).

ELEMENTOS DA REFERÊNCIA

Autor da obra
Inicia-se a referência pelo Sobrenome do autor em maiúsculo, seguido pelo nome. Emprega-se vírgula entre sobrenome e nome.

Ex.: GARCIA, J.

Quando a obra possuir até três (3) autores, indicam-se todos, na mesma ordem em que aparecem na obra, emprega-se ( ; ) entre os autores.

Ex: GARCIA, Juarez; SILVA, Jorge; SOUZA, Standilau.

____________________________
1ECKERTT-HOFF, B. M. Apostila de metodologia do trabalho científico. Nova Odessa: Fac. Network, 2001

GARCIA, J.; SILVA, J.; SOUZA, S.

Quando a obra possuir mais de três (3) autores, menciona-se o primeiro, seguido da expressão et al.

Ex.: GARCIA, J. et al.

Quando houver indicação de responsabilidade por uma coletânea de vários autores, a entrada deve ser feita pelo nome do responsável, (seguida da abreviatura entre parênteses).

Ex.: GARCIA, J. (Org.).

Indicação de parentesco no nome, manter a indicação em letra maiúscula.

Ex: BRITO FILHO, Dilermando.
AMATO NETO, Vicente.

Para entidades coletivas:

Órgãos de Administração governamental. (Ministério, Secretarias e outros).
Deve-se indicar a entrada pelo nome geográfico (País, Estado ou Município).

Ex.: BRASIL. Ministério da Saúde.
PARANÁ. Secretaria da Educação.
LONDRINA. Prefeitura Municipal.

Entidades independentes, empresas, universidades etc...

Ex.: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA.
CACIQUE CAFÉ SOLÚVEL.
IBGE.

Para publicações anônimas, entrar diretamente pelo título, sendo a primeira palavra impressa em maiúsculo.

Ex.: A VIDA como ela é.

Título da obra
O título deve ser reproduzido tal como aparece na obra, devendo ser destacado dos demais elementos da referência (negrito, itálico ou sublinhado).

- Subtítulo
Indica-se o subtítulo após o título, precedido por dois pontos (:). O subtítulo não deve ser destacado.

Ex.: Sistema de retroação e controle: aplicações para engenharia, física e biologia.

Edição
É indicada a partir da segunda edição, deve ser transcrita utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais, na língua do documento.

Ex: 2. ed.
5th ed.

Local
O local deve figurar na referência tal como aparece na publicação. Quando houver mais de um local, indica-se o que estiver em destaque ou aparecer em primeiro lugar. Quando não for mencionado, utilizar-se a expressão [S.l.].

Editora
Deve ser citada tal como aparece na obra. Quando possuir mais de uma editora,indica-se a que aparecer em destaque ou a que estiver em primeiro lugar. Suprimir as palavras, Editora, Ltda., Cia, etc...
Se a Editora não estiver indicada na obra, utilizar a expressão [s.n.].

Data
Quando houver dúvidas quanto à data

[2000?] Data provável.
[200 -] Para década certa.
[19 --] Para século certo.
[18 --?] Para século provável.

Obs.: Na ausência do local, editora e ano, abrir colchetes:
Ex: [S.l.: s.n., 19--].
[S.l.: s.n.], 1999.
São Paulo: [s.n., 19--].

ORDEM DOS ELEMENTOS DA REFERÊNCIA

Livro no todo
SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome; SOBRENOME, Nome./Título./edição./Local de publicação: Editora, ano.

EX: PINHO, Diva Benevides; VASCONCELOS, Marco Antonio Sandoval de. Manual de economia. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 1998.

Com indicação de volume

BITTAR, Carlos Alberto. Curso de direito civil. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1994. v.2 (volume citado)

Ou

BITTAR, Carlos Alberto. Curso de direito civil. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1994. 3v. (quantidade de volumes da obra).

Capítulo de livro
Com autoria especial (autor do capítulo diferente do autor do livro
SOBRENOME, Nome./Título do capítulo./In: SOBRENOME, Nome./Título do livro./edição./Local: Editora, ano. p. inicial-final.

Ex.: ARCHER, Earnest R. Mito da motivação. In: BERGAMINI, Cecília; CODA, Roberto (Org.). Psicodinâmica da vida organizacional: motivação e liderança. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1997. p.23-46

Sem autoria especial (quando o autor do livro for o mesmo do capítulo).
SOBRENOME, Nome. /Título do capítulo./In: ______./Título do livro./ edição./Local: Editora, ano./p. inicial-final.
Ex: FOUCAULT, Michel. A prosa do mundo. In: ______. As palavras e as coisas. São Paulo: Martins Fontes, 2000. p.23-58.

Com indicação de volume
RODRIGUES, Silvio. Da cláusula penal. In: ______. Direito civil: parte geral das obrigações. 28.ed. São Paulo: Saraiva, 2000. v.2, p.87-98

Artigos periódicos
SOBRENOME, Nome (autor do artigo)./Título do artigo./Nome da Revista, Local, v., n., p.inicial - final, mês ano.

Ex: PEIXOTO, Fábio. Sua empresa não quer fera. Exame, São Paulo, v.35, n.738, p.30-31, abr. 2001.

Obs.: abreviar o mês até a terceira letra, com exceção ao mês de maio.

Artigos jornais
SOBRENOME, Nome (autor do artigo)./Título do artigo./Nome do Jornal, Local, dia mês e ano./Caderno, p.

Ex: SILVA, Carlos José. O drama da economia. Folha de Londrina, Londrina, 23 abr. 1998. Caderno Economia, p.4.

Teses/dissertações/monografias
SOBRENOME, Nome./Título do trabalho./Ano./ Natureza do Trabalho (Nível e área do curso) - Unidade de Ensino, Instituição, Local.

Ex: MONTAGNA, Adelma Pistun. Expressões de gênero no desenho infantil. 2001. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.

Documentos meios eletrônicos
Páginas da Internet
SOBRENOME, Nome./Título da página./Disponível em:. Acesso em: 23 maio 2001.

Ex: CALDAS, Juarez. O fim da economia: o começo de tudo. Disponível em: . Acesso em: 23 abr. 2001.

Artigos de periódicos (Internet)
SOBRENOME, Nome./Título do artigo./Nome da Revista, Local, v. , n. , mês ano. Disponível em: . Acesso em: 23 maio 2001.

Ex: BAGGIO, Rodrigo. A sociedade da informação e a infoexclusão. Ciência da Informação, Brasília, v.29, n.2, maio/ago. 2000. Disponível em:
. Acesso em: 11 jun. 2002.

E-mail
SOBRENOME, Nome (autor da mensagem). Título da mensagem. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por data.
Ex: SILVA, Mário. Informações eletrônicas [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por em 11 jun. 2002.

CD-ROM
Ex: RIO DE JANEIRO. Prefeitura Municipal. Subsecretaria de Desenvolvimento Institucional. Organização básica do poder executivo municipal. Rio de Janeiro: Unisys Brasil, 1996. CDROM.

Documentos jurídicos: leis decretos e portarias
BRASIL. Decreto-lei n° 2423, de 7 de abril de 1998. Estabelece critérios para pagamento de gratificações e vantagens pecuniárias as titulares de cargos e empregos da Administração Federal direta e autárquica e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 8 abr. 1998, p.6009, Seção 1, pt.1.

Jurisprudência (Acórdãos e demais Sentenças das Cortes ou Tribunais)
AUTOR (entidade coletiva responsável pelo documento). Nome da Corte ou Tribunal. Ementa (quando houver). Tipo e número do recurso (apelação, embargo, habeas corpus, mandado de segurança, etc.). Partes litigantes (precedida da palavra Apelante/Apelada). Nome do relator precedido da palavra "Relator". Local, data. Dados da publicação que publicou. Voto vencedor e vencido, quando houver.

BRASIL. Tribunal Regional Federal (5.Região). Apelação cível nº 42.441-PE -(94.05.016-6). Apelante: Edilemos Mamede dos Santos e outros. Apelada: Escola - Técnica Federal de Pernambuco. Relator: juiz Nereu Santos. Recife, 4 de março de 1997. Lex: Jurisprudência do STJ e Tribunais Regionais Federais, São Paulo, v.10, n.103, p.558-562, mar. 1998.

Constituição
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. 27.ed. São Paulo: Saraiva, 1991.

Código
BRASIL. Código civil. Organização dos textos de Maurício Antônio Ribeiro Lopes. 5.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2000.

Verbetes dicionário/enciclopédia
EMPIRIOCRITICISMO. In: ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. São Paulo: M. Fontes, 2000. p.326.

Trabalho apresentado em evento
AUTOR./Título do trabalho./In: NOME DO EVENTO, n., ano, Local. Anais.../Local de publicação: Editora, ano./p.

Ex: GARCIA, Flávio. A zoologia aplicada no Brasil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ZOOLOGIA, 34., 2002, Itajaí. Anais... Itajaí: UNIVALI, 2002. p.54-67.

Bíblia
BÍBLIA. Idioma. Título da obra. Tradução ou versão. Local: Editora, Data de publicação. Total de páginas. Notas (se houver).

BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução por Padre Francisco Zbik. Rio de Janeiro: Paumape, 1980.
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Resumo e fichamento - como fazer?


Mais umas dicas:

Recursos de síntese
RESUMO E FICHAMENTO DE CITAÇÃO
O material é resultado de uma breve pesquisa em manuais de pesquisa e sites e pretende oferecer algumas dicas para a elaboração de resumos e fichamentos, recursos de síntese que solicitamos como modalidades de producação do conhecimento e avaliação para o semestre 2007.2 nas disciplinas de Sociologia e História da Educação . Espero que ele seja útil para todos!
Abraços!
Francisco Sales da Cunha Neto
cidadaniaplanetaria@yahoo.com.br

RESUMO
Alguns conceitos
Resumo é um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas principais idéias. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer parte comentários e que engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. (MEDEIROS, 2004, p. 125)

Resumo é uma apresentação sintética e seletiva das idéias de umtexto, ressaltando a progressão e a articulação delas. Nele devem aparecer as principais idéias do autor do texto. (MEDEIROS, 2004, p. 142)

O resumo é a apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto, destacando-se os elementos de maior interesse e importância, isto é, as principais idéias do autor da obra. (LAKATOS e MARCONI, 2005, p.68)

Fazendo um resumo
Fazer resumo de textos lidos é uma técnica de grande auxílio ao estudar. É uma boa maneira de compreender e memorizar o texto, além de facilitar o trabalho caso ele tenha que ser revisto posteriormente. É claro que, para conseguir tais resultados, o resumo deve ser eficiente. Um resumo é uma condensação fiel das idéias contidas em um texto, é uma redução do texto original. Não cabem no resumo comentários ou julgamentos pessoais a respeito do que está sendo resumido. Muitas pessoas fazem o resumo de maneira errada apenas produzindo partes ou frases do texto original, e elaborando-o à medida que lêem. Para elaborar um bom resumo é necessário compreender antes todo o conteúdo do texto, Não é possível resumir um texto a medida que se faz a primeira leitura e a reprodução de frases do texto, em geral, indica que ele não foi compreendido.
Quem resume apresenta, com as próprias palavras, os pontos relevantes de um texto, procurando expressar suas idéias essenciais na progressão e no encadeamento em que aparecem. Ou seja, ao fazer um resumo é importante não perder de vista três elementos:
+ As partes essenciais do texto;
+ A progressão em que elas se sucedem ;
+ A correlação entre cada uma dessas partes.

A correlação entre cada uma dessas partes
Fazer um bom resumo não é tão fácil quanto parece, é uma habilidade que deve ser aprendida e praticada. Existem indicações a respeito de como fazer um resumo que podem facilitar sua elaboração. Os seguintes passos podem ser recomendados:
1. Leia o texto inteiro ininterruptamente e tente responder a seguinte pergunta: De que se trata o texto? É preciso compreender o texto e ter uma noção do conjunto antes de fazer o resumo.
2. Releia o texto e tente compreender melhor o significado das palavras difíceis. Recorra ao dicionário se necessário. Tente identificar o sentido de frases mais complexas. Você pode fazer um glossário do texto para facilitar seu trabalho e agilizar sua leitura.
3. Tente fazer uma segmentação do texto, agrupando idéias que tenham alguma unidade de significação. Se o texto for pequeno, pode dividi-lo em parágrafos; com textos maiores é aconselhável adotar um critério de segmentação mais funcional, a partir de subtítulos por exemplo.
4. Para finalizar, redija o resumo com suas palavras, procurando condensar e encadear os segmentos na progressão em que sucedem no texto e estabelecendo relações entre eles.

Atenção: quando o resumo refere-se a uma obra completa, é chamado de sipnose

FICHAMENTO DE CITAÇÃO OU DE TRANSCRIÇÃO - ALGUNS CONCEITOS
Conceitos
Consiste na reprodução fiel de frases ou sentenças consideradas relevantes ao estudo em pauta. (LAKATOS e MARCONI, 2005, p.54).

Aspectos a observar, de acordo com LAKATOS e MARCONI (2005, p. 57):
+ Toda citação tem de vir entre aspas;
+ após a citação, deve constar o número da página de onde foi extraída;
+ a transcrição tem de ser textual;
+ a supressão de uma ou mais palavras deve ser indicada (no local da omissão, utilizar três pontos no início ou final do texto e entre parênteses, no meio);
+ a supressão de um ou mais parágrafos também deve ser assinalada, utilizando-se uma linha completa de pontos.
+ a frase deve ser complementada, se necessário.
+ quando o pensamento transcirto é de outro autor, tal fato tem de ser assinalado.

A transcrição direta exige a colocação de aspas no início e no final do texto. Consiste na reprodução fiel de textos do autor citado. Se já houver no texto transcrito expressão aspeadas, tais aspas devem ser transformadas em aspas simples (‘).(MEDEIROS, 2004, p. 120)

Aspectos a observar, de acordo com MEDEIROS (2004, p. 124):
+ Indica-se o númeor da pa´gina de onde foi transcrito o texto;
+ Se houver erro de grafia ou gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre parênteses (sic);
+ a supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses;
+ a supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada.
+ ao transcrever textos, é preciso rigor, observando aspas, itálicos, maiúsculas, pontuação etc. Não se deve alterar o texto de nenhuma fora, como por exemplo, trocando palavras por outras de sentido equivalente.

Preparando um fichamento
Fichamento é uma maneira excelente de manter um registro de tudo que você lê. Depois de você fazer um bom fichamento de um texto, ou livro, você nunca mais precisará recorrer ao original novamente. O que fará com que você ganhe tempo. Além disso durante o processo de fazer o fichamento você pode adquirir uma compreensão maior do conteúdo do texto. Mas o que é fichamento? Para explicar o que é fichamento é melhor explicar antes o que não é : fichamento : não é resumo, embora possa conter resumos; fichamento não paráfrase, embora possa conter paráfrases do autor. Fichamento é basicamente o arquivo do texto que você lê contendo a referência e o que você entendeu do conteúdo do texto de uma obra, de um texto ou mesmo de um tema.

A seguir algumas dicas de como fazer uma fichamento:
a) Fichamento de uma obra ou texto: o fichamento de uma obra ou texto deve conter os seguintes itens:
Referência
O que você entendeu a respeito do conteúdo do texto
Frases literais (opcional)

Para fazer o fichamento de uma obra ou texto você deve:
1. Ler o texto inteiro uma vez ininterruptamente
2. Ler o texto novamente, grifando, fazendo anotações e procurando entender o que o autor quer dizer em cada parágrafo.
3. Fazer o fichamento

b) Fichamento de um tema
O fichamento de um tema deve conter os seguintes itens:
O tema
Referência de uma obra
O que você entendeu sobre o que o autor disse a respeito do tema
Frases literais do autor
Referência de outra obra
O que você entendeu a respeito do que o outro autor disse a respeito do tema e assim por diante
O fichamento de temas se faz pelo mesmo método que o fichamento de textos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

http://www.fepi.br/institutos/ichs/graduacao/pedagogia/met_cientifica.htm#fichamento. Acesso no dia 23 de agosto, às 10 horas.

http://eb23cmat.prof2000.pt/sala/fazer/fazres.html.

Fonte: http://sociedadeducacao.blogspot.com/2007_08_01_archive.html
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Como fazer um fichamento


Estou pesquisando algumas formas para fazer fichamento e encontrei essa, que achei bastante adequado:

Primeiramente, vale destacar que muitos de nós professores continuamos a usar a palavra fichamento, apesar deste termo estar ligado ao mundo da era pré-informática. À época isto queria dizer fazer registro da leitura em pequenas fichas, que eram armazenadas em um fichário. As fichas se prestam a auxiliar o aluno a destacar questões centrais da leitura e participar das discussões em sala de aula, aspectos não compreendidos, termos identificados pela primeira vez etc. Apesar de nos encontrarmos na era da informática, a idéia essencial continua sendo a mesma, uma vez que é possível imprimir o fichamento elaborado no computador, com a vantagem de poder alterá-lo, o que, em tese, ajuda ainda mais o usuário.

Em segundo lugar, quero deixar claro que o fichamento é uma ferramenta didática que permite ao professor conhecer o cuidado do aluno em relação à leitura solicitada, mas ajuda muito mais ao próprio aluno (quando é bem elaborado), pois lhe assegura um método de aprendizado por intermédio da leitura. Portanto, espero que este recurso não seja encarado como obrigação imposta pelo professor para aferir o compromisso com leitura (embora também o seja em certa medida).

A elaboração de um bom fichamento, o qual não deve ser confundido com um resumo, permite ao estudante alcançar ao menos três (3) objetivos, a saber:

1) utilizá-lo em sala de aula na discussão do texto;

2) servir de estudo para melhor domínio do conteúdo, comparando-o a outros textos afins, e, ainda;

3) guardá-lo para uso futuro na forma de consulta, dispensando a necessidade de ter de refazer toda a leitura (levando em conta que muitas vezes não adquirimos a obra).

Para que o item 3 possa ser eficaz é preciso que o fichamento seja bem feito de maneira a despertar rapidamente suas lembranças. Você poderia pensar, mas por quê irei precisar disso no futuro? Talvez sua própria curiosidade intelectual possa levá-lo a necessitar deste recurso em um momento que esteja fazendo a leitura de outra obra que tenha, eventualmente, conteúdo similar. Pode, igualmente, servir de exemplo para trabalhos profissionais.

Assim sendo, passo a listar algumas exigências básicas para se fazer um bom fichamento:

1
Identificar a Fonte da Leitura (Livro, Tese não publicada, Artigo em revista etc);

1.1
Ano da Publicação (ou do documento, caso não tenha sido publicado);

1.2.
Nome da Editora (em caso de ter sido publicado);

1.2.1.
Número da Edição e/ou da impressão (nem sempre existe em publicações mais antigas);

1.2.2.
Número de páginas (do livro e/ou da parte lida).

1.3.
Título da Obra;

1.3.1.
Título da Obra no Original (em caso de obra estrangeira. Está na ficha catalográfica)

1.3.2
Título do Capítulo ou do trecho lido (caso tenha lido um trecho sem título ou sub-título, procure dar um a partir da frase empregada pelo autor no início de um parágrafo);

1.4.
Localização da obra (se obtida em biblioteca, da propriedade do próprio aluno etc);

1.5.
Nome do Autor (ou autores) e/ou do Organizador;

1.5.1.
Nome do Tradutor (no caso de ser uma obra escrita originalmente em outro idioma);

2.
Tema da Obra (Administração, Sociologia etc.);

2.1.
Palavras-chaves (caso haja na ficha catalográfica da obra valha-se delas, mas use também as que te pareçam mais indicadas);

2.2.
Idéia ou idéias principais do autor (registre as que lhe pareçam as mais importantes. Aqui já se exigirá do aluno um esforço de síntese ao tentar captar tais idéias);

2.2.1.
Objetivo (s) principal (is) do autor (nem sempre o autor explicita seu objetivo);

3.
Reprodução de trechos da leitura (dos que considerar os relevantes para a apreensão do conjunto da leitura. Importante ao final da reprodução identificar o item e a página de onde copiou);

3.1.
Conceitos utilizados acompanhados da explicação do autor;

3.2.
Nomes de outros autores ou livros citados no texto (trata-se da bibliografia comentada pelo autor ao longo de seu texto e sobre a qual ele faz referências);

4.
Glossário de palavras e conceitos (há semelhança com o item 3.1.,mas há ligeira diferença);

5.
Comentários do aluno sobre a leitura (fácil, difícil, o que aprendeu, o concluiu, etc.).

5.1.
Dúvidas da leitura que deseja esclarecer em aula (se mais de uma numerá-las).


Quanto a forma de elaboração do fichamento, penso ser apropriado que este seja feito com ao menos duas (2) colunas para melhor divisão e clareza, mas não mais do que quatro (4) a fim de não torná-lo detalhado demais. O modelo que apresento parcialmente abaixo dispõe de três (3).

Itens
Conteúdo
Observação do Aluno

1. Tipo de Obra
Livro


1.1 Ano da Publicação
1999


1.2. Editora
Paz e Terra


1.2.1. Edição
1ª Edição


1.2.2. Páginas
530 páginas


1.3. Título
O Poder da Identidade
Trata-se do volume II de uma mesma obra publicada em 3 livros.

1.3.1. Título original
The Power of Identity


1.3.2. Título do Capítulo.
Capítulo I – Paraísos Comunais: identidade e significado das Sociedades em Rede (pág. 21 a 92).
Li parte do capítulo, que foi solicitado pelo professor, mas que não apresentava subdivisão.

1.4. Localização
Biblioteca da Fundação Escola Sociologia e Política
Há três exemplares na biblioteca, mas o que obtive é o que se encontra em pior estado.

1.5. Autor
Manuel Castells


1.5.1. Tradutor
Klauss Brandini Gerhardt


2. Tema
Mudança Social, Sociologia


2.1. Palavras-chaves
Capitalismo; Cultura; Conflitos; Etnias; Identidade; Mudança Social; Poder; Povos.

(....)
(....)
(...)

5. Comentários
Considerei a obra difícil seja por se tratar de um tema que eu desconhecia, mas também pela quantidade de termos novos para mim. Entretanto, aprendi bastante depois de fazer uma segunda leitura e constato que o autor trata da profundidade da mudança social no mundo globalizado e o quanto isto impacta na cultura dos povos e na sua existência. Em minha opinião, Manuel Castells tem uma visão bem pessimista sobre este processo, embora admita que alguns processos bem interessantes também ocorram.


5.1.
Quero saber a opinião do professor sobre esta obra. Será que ele considera que o autor tem uma opinião muito negativa da mudança social sobre as sociedades?


Finalmente, tenho a expectativa de que a partir do modelo acima você se sinta estimulado a fazer o fichamento. Bem, mas antes do fichamento, o melhor mesmo é fazer uma leitura bem atenta.

Fonte: http://rtmaluf.sites.uol.com.br/FESP-ModeloFichamento.htm
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