François Dosse

sexta-feira, 27 de novembro de 2009


O programa Radar Cultura entrevistou o historiador francês François
Dosse que esteve no Fórum das Letras de Ouro Preto. Ele acaba de lançar
no Brasil o livro "O Desafio Biográfico", sobre as origens históricas do
fenômeno editorial das biografias, que tem crescido ano a ano em todo o
mundo.

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http://historiografia.ning.com/video/francois-dosse-fala-sobre-o#ixzz0Y3z8x8ar

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Ocultação de cadáveres na ditadura


Ação contra Tuma e Maluf por ocultação de cadáveres na ditadura

da Folha Online

O Ministério Público Federal em São Paulo ajuizou hoje duas ações na Justiça Federal pedindo a responsabilização do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e do senador Romeu Tuma (PTB-SP) pela ocultação de cadáveres de desaparecidos políticos no período da ditadura, nos cemitérios de Perus e Vila Formosa. Veja íntegra da ação

De acordo com a Procuradoria, a ação inclui autoridades e agentes públicos civis e da União, Estado e município de São Paulo.

Maluf, por exemplo, foi prefeito de São Paulo de 1969 a 1971. Tuma foi chefe do Dops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) entre 1966 e 1983.

A ação também pede a responsabilização pessoal do ex-prefeito de São Paulo Miguel Colasuonno (1973-1975), do ex-chefe do necrotério do IML (Instituto Médico Legal) Harry Shibata e do ex-diretor do serviço funerário municipal Fabio Barreto (1970-1974).

Na ação, a Procuradoria pede que os cinco sejam punidos com a perda das funções públicas ou das aposentadorias. Pede ainda que eles sejam condenados a pagar uma indenização de 10% do patrimônio pessoal para reparação de danos morais coletivos.

De acordo com o Ministério Público, desaparecidos políticos foram sepultados nos cemitérios de Perus e Vila Formosa de forma totalmente ilegal e clandestina, com a participação do IML, do Dops e da prefeitura.

Na segunda ação civil (leia íntegra) proposta hoje, o Ministério Público Federal pede a responsabilização das pessoas físicas e jurídicas que contribuíram para que as ossadas de mortos e desaparecidos políticos localizadas no cemitério de Perus permanecessem sem identificação.

São demandados na ação a União, o Estado, a Unicamp, a Universidade Federal de Minas Gerais, a Universidade de São Paulo e mais cinco pessoas, a maioria legistas.

Os cadáveres seriam de opositores do regime militar instaurado no País a partir de 1964.

 

Entre as autoridades, o MPF recomenda a responsabilização do delegado e hoje senador Romeu Tuma e do ex-prefeito da capital paulista Paulo Maluf. Além deles, do médico legista Harry Shibata, ex-chefe do necrotério do Instituto Médico Legal de São Paulo; , atualmente deputado federal, e Miguel Colasuonno (gestão 1973-1975), e de Fábio Pereira Bueno, diretor do Serviço Funerário Municipal entre 1970 e 1974.

A pena recomendada pelo MPF é de perda de suas funções públicas e/ou aposentadorias. Além das medidas administrativas, o MPF pede a indenização de, no mínimo, 10% do patrimônio pessoal de cada um, revertidos em medidas de memória sobre as violações aos Direitos Humanos ocorridos na Ditadura.

Procurada, a assessoria do deputado Paulo Maluf afirmou que consultaria seus advogados antes de se pronunciar. O gabinete do senador Romeu Tuma afirmou ainda não ter sido comunicado.

Segundo o MPF, desaparecidos políticos foram sepultados nos cemitérios de Perus e Vila Formosa em São Paulo, de forma totalmente ilegal e clandestina, com a participação do Instituto Médico Legal, do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) e da Prefeitura.

Responsabilidades
Como diretor do Dops, o senador Tuma formalizou prisões feitas ilegalmente pelo Exército brasileiro e fazia inquéritos policiais. No Dops, ocorriam novos interrogatórios, segundo a ação, "em regra sob tortura".

Haveria registros de que pelo menos 36 presos passaram pelo DOPS e há documentos que mostram que Tuma tinha conhecimento de várias mortes ocorridas sob a tutela de policiais, mas não a comunicou a familiares dos mortos, o caso, por exemplo, de Flávio Molina, morto em 1971.

O legista Harry Shibata, por sua vez, teria assinado inúmeros laudos necroscópicos, atestando falsamente causa mortis incompatíveis com os reais motivos dos óbitos de inúmeros militantes políticos, ignorando, muitas vezes, lesões de tortura, casos, por exemplo, dos desaparecidos Vladimir Herzog e Sônia Angel Jones.

A maioria dos laudos de Shibata era feita no nome de guerra dos militantes, apesar de o aparato estatal conhecer suas reais identidades. O legista chegou a ter o registro de médico cassado pelo Conselho Federal de Medicina.

Paulo Maluf foi prefeito de São Paulo durante a fase mais grave da repressão, tendo ordenado a construção do cemitério de Perus, projetado especialmente para indigentes e que tinha quadras marcadas especificamente para "terroristas".

Sob a gestão de Colasuonno, o cemitério de Vila Formosa em 1975 foi reurbanizado, destruindo a quadra de indigentes e "terroristas", o que praticamente impossibilita qualquer identificação de militantes naquele local.

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Guerrilha do araguaia. a ditadura presente até os dias atuais.


 
Guerrilha do araguaia. a ditadura presente até os dias atuais.
 
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Lançamento: Ensaios de mitologia viking, Ed. UNB


Lançamento: Ensaios de mitologia viking, Ed. UNB
LANGER, Johnni. Deuses, monstros, heróis: ensaios de mitologia e religião viking. Brasília : Editora da Universidade de Brasília, 2009, 280p. ISBN: 978-85-230-1229-8.

Trecho do prefácio, de autoria do Prof. Dr. Hilário Franco Júnior (USP):
"O que sabemos sobre os povos vikings? Quais as motivações do sucesso de seus deuses e de sua mitologia no mundo contemporâneo? Por que sentimos tanto fascínio pelos mitos medievais? A partir de estudos sobre fontes primárias da Escandinávia, bem como de das reinterpretações sobre os mitos e a cultura dos vikings pelo imaginário contemporâneo, o livro de Johnni Langer tenta dar algumas respostas. Ao mesmo tempo em que enfatiza uma perspectiva metodológica advinda da História Cultural, o autor descortina uma profunda relação entre mito e sociedade, assim como a necessidade do homem moderno de criar fantasias e estereótipos sobre os povos do passado. Deuses, monstros, heróis: ensaios de mitologia e religião viking - revela-se, dessa maneira, uma obra preocupada não somente em restituir os valores originais do mito para a cultura dos nórdicos, mas também em entender suas permanências no tempo presente".

O livro pode ser adquirido diretamente pela Livraria Universidade, no campus da UnB (Telefones: (61) 3307 2221 ou (61) 3340 7343), ou encomendado nas grandes livrarias de todo o Brasil: Livraria Cultura, Leonardo da Vinci, Livraria Saraiva e outras.
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