12º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia recebe trabalhos

terça-feira, 25 de maio de 2010


JC e-mail 4017, de 25 de Maio de 2010.  
12º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia recebe trabalhos
 
Até 30 de junho

As inscrições para o 12º Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia, que acontece de 12 a 15 de novembro em Salvador, vão até 30 de junho. O evento ocorre paralelamente ao 7º Congresso Latino-Americano de História da Ciência e da Tecnologia

O seminário é promovido pela Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC) nas dependências da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Haverá simpósios e painéis de iniciação científica.

Mais informações e inscrições pelo endereço eletrônico http://www.sbhc.org.br/seminario.php
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Concurso professor substituto História Contemporânea - MS


Concurso para professor Substituto. Área: História Contemporânea. Jornada de 20 horas semanais. Inscriçoes abertas a partir de 28 de maio. Prova didática em 10 de junho.

Salário, conforme titulação.

Adjunto (doutorado): R$ 2.282,23

Assistente (mestrado): R$ 1.839,09

Auxiliar (graduação): R$ 1.570,29

EDITAL Nº 02 DE 13 DE MAIO DE 2010.

COMISSÃO ESPECIAL  DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS                                  

SELEÇÃO DE DOCENTES SUBSTITUTOS

A COMISSÃO ESPECIAL DO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, instituída pela IS PREG nº140, de 12 de maio de 2010 da Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais e de acordo com o disposto na Lei nº 8.745/1993 e 9.849/1999; na Resolução CD nº9/2007, CAEN nº11/2001, Parecer PROJUR nº 105/2003, Orientação Normativa nº 5/2009/SRH/MP, Nota Técnica nº 494/2009/COGES/DENOP/SRH/MP, Decreto nº 6.944/2009 e Portaria MEC nº 1.134/2009, torna público o presente Edital para seleção de candidatos a Professor Substituto.

1.CENTRO/CAMPUS/DEPARTAMENTO, ÁREA/SUBÁREA, CARGA HORÁRIA E CLASSE:

CENTRO/

CÂMPUS/DEP

ÀREA/SUBÁREA

CARGA

HORÁRIA

CLASSE

Câmpus de Três Lagoas/Departamento de Ciências Humanas

História/História Contemporânea

20

Adjunto

2.DAS CONDIÇÕES GERAIS PARA A INSCRIÇÃO:

2.1 No ato da inscrição o candidato deverá apresentar cópia autenticada dos seguintes documentos:

a) Cédula de Identidade ou, no caso de estrangeiro o Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) e o Passaporte atualizado;

b) Título Eleitoral, dispensado no caso de estrangeiro;

c) Certidão de Quitação Eleitoral obtida por qualquer Cartório Eleitoral ou pela Internet:  www.tse.gov.br (para brasileiros);

d) Cartão de Cadastro de Pessoa Física (CPF) da Receita Federal;

e) Comprovação de quitação com o Serviço Militar (para os homens), dispensado no caso de        estrangeiro;

f) Curriculum vitae com os comprovantes correspondentes;

g) Para a classe de Professor Adjunto: diploma de graduação, título de doutor.

 - O diploma de graduação poderá ser substituído por certificado/declaração de conclusão do curso, constando que o candidato cumpriu todos os requisitos para a outorga  do grau; se expedido por instituição estrangeira deve  estar validado e reconhecido por IES nacional nos termos da legislação vigente.

2.2. O candidato será dispensado de apresentar o documento constante da letra "d", se na   Cédula de Identidade ou CNH constar o número do CPF de forma legível.

2.3. Na ausência de cópia autenticada o candidato deverá providenciar a apresentação do original para efeito de autenticação no ato da entrega da cópia, sob pena de não aceitação do documento.

2.4   Não serão aceitos documentos transmitidos via fax.

2.5. A inscrição deverá ser efetuada pessoalmente ou através de procuração simples acompanhada da cópia do documento de identidade do procurador, na Secretaria do Departamento de Ciência Humanas/CPTL.

2.6 Não serão aceitos pedidos de inscrição incompletos, nem em caráter condicional, quanto a documentação, sob pena de exclusão do candidato.

2.7 No ato da inscrição o candidato deverá declarar que não há impedimentos legais para assumir imediatamente o cargo estipulado no Edital da Comissão Especial, mediante a comprovação por declaração do órgão, identificando o cargo;  sua natureza (nível superior, médio, intermediário, apoio, operacional, básico ou seus equivalentes) e, ainda, se exerce cargo de direção, função comissionada, função gratificada ou de natureza similar.

3. DOS IMPEDIMENTOS À CONTRATAÇÃO COMO PROFESSOR SUBSTITUTO:

Situações de impedimento para a contratação de Professor Substituto:

- caso seja ocupante de cargo público federal integrante da carreira de magistério superior ou de nível fundamental e médio (antigos 1º e 2º graus) de que trata a Lei nº 7.596/1987, mesmo em licença para tratamento de interesses particulares ou qualquer outra licença;

- caso seja ocupante de cargo, emprego ou função pública federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, abrangendo autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público, de categoria funcional de nível médio, que não seja de natureza técnica ou científica, inclusive aposentados ou em licença para tratamento de interesses particulares ou licença semelhante;

- caso já detenha cargo, emprego ou função em regime de dedicação exclusiva;

- caso tenha acumulação lícita, ultrapasse as sessenta horas semanais na soma do(s) vínculo(s) já existentes e a carga horária do contrato de Professor Substituto;

- caso tenha sido contratado nos termos da Lei nº 8.745/1993, com as alterações da Lei nº 9.849/1999, e que não tenha decorrido 24 meses do encerramento do último contrato;- caso já detenha dois vínculos com o serviço público, mesmo que a soma das cargas horárias atinja quarenta horas semanais;

- ter sido professor substituto da UFMS ou ter trabalhado, com contrato temporário, em outro órgão federal nos últimos 24(vinte e quatro) meses, anteriores a data deste Edital.

- A contratação do professor substituto deverá ser com as qualificações exigidas para o ingresso na classe pertencente à classe do professor substituído, vedada qualquer alteração posterior, independente de eventual titulação superior que possa ter o substituto.

4. LOCAL E PERÍODO DE INSCRIÇÃO:

4.1 A inscrição deverá ser efetuada pessoalmente ou através de procuração simples acompanhada da cópia do documento de identidade do procurador, no dia 28/05 no horário das 7h30min as 10h30min  e das 13hs às 16hs.,  para candidatos "a classe de professor Adjunto, na Secretaria do Departamento de Ciências Humanas/CPTL.

4.2 Caso não haja candidatos inscritos para a classe de adjunto, poderão inscrever-se no dia 31/05 e 01/06 no horário das 13h30min às 16h30min e das 19h30min às 21h,  candidatos com titulação de mestre;

4.3 Caso não haja candidatos inscritos para a classe de mestre, poderão inscrever-se no dia 02/06  no horário 7h30min  às 10h30min; e das 13h  às 16hmin, candidatos com titulação de especialista e;

4.4 Caso não haja candidatos inscritos para a classe especialista, poderão inscrever-se no dia 7 de junho de 2010, no horário das 13h  às l6h30min e das 19h às 21h, candidatos com titulação de graduação;

4.5 Não serão aceitos pedidos de inscrição incompletos, nem em caráter condicional, quanto a documentação, sob pena de exclusão do candidato..

5. TIPOS E HORÁRIOS DAS PROVAS:

5.1 O processo seletivo será realizado através de prova didática e de apreciação de títulos;

5.2 A relação dos candidatos, horários e programa da prova didática serão divulgados no dia 07/06/2010, na Secretaria do Departamento de Ciências Humanas/CPTL.

5.3. O sorteio do tema da prova didática dar-se-á às 13h30min do dia 7/06/2010 na secretaria do Departamento de Ciências Humanas, na sala do Departamento do DCH/CPTL;

5.4 A prova didática será realizada no dia 10 de junho de 2010, a partir das  8 horas;

5.5 A Ata com o resultado final será divulgada pela Secretaria do Departamento de Ciências Humanas/CPTL, após o término dos trabalhos da seleção.

6. ANEXO: TEMA E BIBLIOGRAFIA

PONTOS PARA A PROVA DIDÁTICA

1) Revolução Francesa: instituições e idéias

2) Revolução Industrial e a estruturação do sistema capitalista

3) O pensamento liberal e o imperialismo no século XIX

4) Revolução Russa: instituições e idéias

5) Segunda Grande Guerra e a hegemonia estadunidense

BIBLIOGRAFIA

CHOMSKY, Noam – Rumo a uma Nova Guerra Fria: Política Externa dos EUA do Vietnã a Era Reagan. São Paulo: Record, 2007.

HOBSBAWN, Eric – A Era do Capital (1848-1875). São Paulo: Paz e Terra, 2002.

HOBSBAWN, Eric J. – A Era das Revoluções (1789-1848). São Paulo: Paz e Terra, 2002.

HOBSBAWN, Eric J. – A Era dos Extremos (1914-1991). São Paulo: Cia das Letras, 1997.

HOBSBAWN, Eric J. – A Era dos Impérios (1875-1914). São Paulo: Paz e Terra, 2002.

MAYER, Arno J. – A Força da Tradição: A persistência do Antigo Regime (1848-1914). São Paulo: Cia das Letras, 1987.

MOTA, Carlos Guilherme – A Revolução Francesa (1789-1799). São Paulo: Perspectiva, 2007.

THOMPSON, E.P. – A Formação da Classe Operária Inglesa. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

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História: Revisitando o Império brasileiro


Zero Hora.
Porto Alegre, 22 de maio de 2010 (acesso em 23/05/10)

O NASCIMENTO DE UMA NAÇÃO

Revisitando o Império brasileiro

Coleção dedicada à história do Brasil no século 19 inova ao tentar abranger realidades regionais, questão urbana, religião e letras
Acompanhando um acréscimo sensível na pesquisa sobre o século 19, Keila Grinberg e Renato Salles protagonizam a organização da coleção O Brasil Imperial (Civilização Brasileira, 2009), uma brava tentativa de compor um quadro ampliado dos debates sobre o período histórico em que o país foi governado pelos Bragança.

Por décadas, os estudos sobre o Império do Brasil se concentraram no centro do país. Mais especialmente, os olhares se focavam no Rio de Janeiro, na Corte e no espaço das decisões do soberano. Recuperando uma perspectiva – a da clássica História Geral da Civilização Brasileira, editada na década de 1970 – que percebia a nação como um espaço ainda não constituído e avaliava a dimensão do regional dentro do jogo político e social, a obra organizada por Grinberg e Salles tenta, ainda que não com o sucesso desejado pelos próprios autores, dar conta das diferentes realidades regionais e de seu impacto sobre o centro do poder imperial. Os artigos de Sandra Jatahy Pesavento sobre a Revolução Farroupilha e de Gabriela Ferreira sobre a Guerra da Cisplatina são exemplos – que nos tocam diretamente – dessa abordagem. Obviamente, como os próprios autores deixam claro, dar conta de todas as regiões do Império seria difícil e impraticável do ponto de vista editorial.

Quando se pensa o período imperial brasileiro, o acréscimo em termos de pesquisa não se deu somente no que se refere a números, mas pode ser notado em novas abordagens do período. Temas clássicos como o fim do tráfico transatlântico de escravos, as revoltas regenciais e a Guerra do Paraguai surgem ao lado de preocupações muito mais recentes na historiografia nacional, como a religião, o nascente mundo urbano e as letras. Dimensões que correspondem às questões que os historiadores vêm aos poucos formulando e respondendo, garantindo que a ampliação não beneficie apenas os estudiosos: o público em geral tem se beneficiado em grande medida do aumento dos estudos, ao encontrar uma diversidade maior de grupos sociais na análise. E, sob essa perspectiva, a coleção O Brasil Imperial traz uma contribuição importante.

Cada um dos três volumes da coleção trata de um período: o primeiro, de 1808 a 1831, trata dos acontecimentos que desde a chegada da Família Real portuguesa até o fim do reinado de Dom Pedro I, fizeram surgir o Império; o segundo, de 1831 a 1870, dá conta do maior período, o que envolve as regências e o Segundo Império, quando se consolida a ordem imperial e a centralização nacional; e, por fim, o terceiro, de 1870 a 1889, reflete sobre a desagregação dos modelos monárquico e escravista. A divisão é clássica, presente em outras obras sobre o período e também nos livros escolares, mas tem o mérito de não ser estanque, de permitir que algumas abordagens que ultrapassam esses limites existam, como no caso do artigo de João Klug sobre a imigração no sul do Brasil.

A exemplo das grandes abordagens interpretativas produzidas no início do século 20, a abertura de cada um dos livros com um ensaio brinda o leitor com um resumo das principais questões de cada período, além de proporcionar textos escritos por nomes conceituados, como Ilmar Rohloff de Mattos e Hebe Mattos, para não falar da apresentação de José Murilo de Carvalho, presente em todos os volumes. Mais do que meramente afiançar ao leitor menos informado a qualidade dos trabalhos ali apresentados, a possibilidade de que tais ícones possam se dedicar à reflexão típica do ensaio remete a uma prática cada vez menos usual e, portanto, em falta na produção do conhecimento: aquela em que se propõem chaves interpretativas que tentam dar conta de um quadro ampliado e global. Sem esquecer a importância do específico, ao proporcionar tais aberturas, os organizadores permitiram que a coleção fosse acessível ao mais variado público.

Ao convidar especialistas de outras áreas, como cientistas políticos e sociólogos, Grinberg e Salles também demonstram outra faceta da atual pesquisa histórica, a de que as fronteiras do conhecimento nas humanidades precisam ser permeáveis. A contribuição que outros pesquisadores trazem à história não se restringe mais ao tempo presente, mas confere novas demandas, inclusive às questões nunca esgotáveis como as que tocam ao Brasil Imperial. Temas como a escravidão seguem presentes em debates sobre as cotas ou a regularização fundiária de remanescentes de quilombos. Em textos que tratam das relações entre senhores e escravos ou do impacto das leis abolicionistas, aspectos importantes do histórico dessas populações são debatidos e permitem uma leitura perspectiva do impacto do debate, inclusive sobre a conjuntura atual.

Entre as diferentes obras publicadas desde as comemorações dos 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil, certamente esta coleção pode ser festejada por ter a convergência de autores, temas e abordagens que traz o quadro mais ampliado. Mas especialmente por permitir que se recomponham as discussões sobre as dimensões de cada uma das peças do quebra-cabeça que compôs a frágil unidade do Império do Brasil.

Mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, autora de "Domingos José de Almeida – O Estadista da República Rio-grandense" (Instituto Memória, 2010)
POR CARLA MENEGAT
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