VI Semana de História Política da UERJ

segunda-feira, 27 de junho de 2011


VI Semana de História Política da UERJ
 
  Encontram-se abertas as inscrições para a VI Semana de História Política da UERJ. A semana ocorrerá entre os dias 17 e 21 de outubro de 2011.
As inscrições serão realizadas até o dia 9 de setembro através do e-mail semanadehistoriauer@.com.
 
 
Para maiores informações, acesse: http://www.semanahistoriauerj.net/
 
Atenciosamente,
Comissão Organizadora da VI Semana de História Política da UERJ
 
VI Semana de História Política da UERJ
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Pós-Graduação História e Patrimônio Histórico da Cidade do Rio de Janeiro.

domingo, 26 de junho de 2011


 
História e Patrimônio Histórico da Cidade do Rio de Janeiro

OBJETIVOS:

O curso pretende criar as condições necessárias para que os alunos conheçam as particularidades históricas da cidade do Rio de Janeiro, identifiquem os diferentes legados que formam o seu patrimônio histórico e desenvolvam projetos de produção cultural a partir desse contexto.

PÚBLICO ALVO:

Graduados nas diferentes áreas do conhecimento.

HORÁRIO: sábados quinzenais de 09:00 as 16:00h

PREÇO: 18 cotas de R$ 240,00 ( R$ 220,00 para Funcionário Público )

CARGA HORÁRIA: 360h

DURAÇÃO: 18 meses

INÍCIO:INSCRIÇÕES ABERTAS

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: A Avaliação dar-se-à através de verificações, relatórios, pesquisas, trabalhos individuais ou em grupo e trabalho monográfico.
Será considerado aprovado o aluno que tiver:

· Média final maior ou igual a 7 (sete);
· Freqüência maior ou igual a 75% (setenta e cinco por cento) das atividades propostas
  pelo curso;
· Aprovação no julgamento de uma monografia.

MONOGRAFIA: A monografia de conclusão do curso será constituída por um tema relacionado a história da cidade do Rio de Janeiro. Deverá ser concluída e entregue à coordenação da pós-graduação até 6 meses após o término do curso.

DISCIPLINAS:


Fundamentos Teóricos e Metodológicos da História
História da Arte e da Arquitetura
História e Patrimônio Histórico da Cidade do Rio de Janeiro I
História e Patrimônio Histórico da Cidade do Rio de Janeiro II
História Política do Brasil (Império e República)
Nações e Nacionalismos no Mundo Contemporâneo
História e Administração do Patrimônio Histórico no Brasil e no Mundo
Elaboração e Gestão de Projetos Culturais
Didática do Ensino Superior
Metodologia Científica


Documentação:


Ficha de inscrição preenchida, acompanhada de:
Xerox do diploma de curso Superior
Xerox do histórico escolar do curso superior
Xerox de identidade e do CPF
Curriculum vitae
Um retrato 3 x 4 (recente)



INFORMAÇÕES: ISEP - INSTITUTO SUPERIOR DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS
FABES - FACULDADE BÉTHENCOURT DA SILVA


Rua Frederico Silva, 86 - Bloco B - 6o andar
Centro - Rio de Janeiro
Tel.: 2221-9221 (Após as 14h)
2277–7600 - ramal 7656
E-mail: cursos@isep.com.br
Internet: www.isep.com.br
CERTIFICADO : Será fornecido pela FABES .
 
 
 
www.isep.com.br/template.asp?include=espe_histrj.asp 
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Chamada de Artigos - História & Luta de Classes 13 - Educação e Ensino de História



CHAMADA DE ARTIGOS

História & Luta de Classes - n.º 13

Educação e Ensino de História

 

Prezados(as) colaboradores(as) de História & Luta de Classes:


A Revista História & Luta de Classes, fruto do trabalho coletivo de seus associados, encontra-se já com onze números publicados, mantendo rigorosamente sua periodicidade semestral. O número 12 - Dossiê Revolução e Contra-Revolução está em em fase de organização e será lançado no segundo semestre de 2011. Em vista disto, divulgamos a chamada de artigos para o número 13, com publicação prevista para o primeiro semestre de 2012, que terá como tema do dossiê EDUCAÇÃO E ENSINO DE HISTÓRIA. O período para encaminhamento de proposições de artigos e resenhas é até 30 de setembro de 2011, de acordo com as Normas da revista abaixo indicadas. Salientamos que a revista publicará também artigos e resenhas sobre temas livres, além da temática estabelecida no dossiê. Este número será coordenado pelos professores Enrique Padrós (UFRGS), Vera Barroso (FAPA) e Kenia Miranda (UFF). Pedimos a todos colaboração para a difusão desta chamada, enviando a seus contatos e possíveis interessados na proposição e artigos e resenhas.


Maiores informações sobre a Revista estão disponíveis em www.projetoham.com.br 

 

Normas para os autores da Revista História & Luta de Classes

  1. A revista História & Luta de Classes [historiaelutadeclasses@uol.com.br] nasce em tempos de domínio social da barbárie neoliberal e de hegemonia conservadora no pensamento acadêmico, com destaque para a área da História e das Ciências Sociais. Ela procura servir como ferramenta de intervenção de historiadores e produtores de conhecimento que se recusam a aderir e se opõem ativamente a essa dominação.
  2. Os objetivos da revista História & Luta de Classes estão expressos na "Apresentação" do seu primeiro número (SEGUE ABAIXO). Eles definem os marcos referenciais para os interessados em colaborar com a revista ou propor sua integração ao coletivo da revista.
  3. A revista está aberta a propostas de colaborações, reservando-se o direito de exame dos textos enviados espontaneamente à redação. Sem exceção, todos os artigos serão submetidos a parecer.
  4. A revista História & Luta de Classes dirige-se aos estudantes e professores de história e ciências sociais, em especial, e ao grande público interessado, em geral. Sem concessões de conteúdo, na forma e na linguagem, os autores procurarão que seus artigos alcancem o mais vasto público leitor.
  5. Os artigos poderão ser enviados através de e-mail em arquivo anexado em formato Word para o endereço eletrônico historiaelutadeclasses@uol.com.br e não devem exceder os 35 mil caracteres, contando notas de rodapé e espaços em branco. Os originais deverão conter título, nome do autor e filiação institucional (universidade, escola, sindicato, etc.). Devem conter, ainda, resumo de 5 a 10 linhas e três palavras-chave, em língua portuguesa e inglesa.
  6. Os textos enviados devem ser inéditos no Brasil, tocante à publicação em periódicos ou coletâneas. Poderão ser aceitos, a critério do Conselho Editorial, artigos com versão preliminar publicada em Anais de evento científico.
  7. Resenhas, com um máximo de 16 mil caracteres, seguirão as mesmas regras.
  8. Referências bibliográficas completas deverão constar em nota de rodapé (e não ao final do texto), obedecendo à seguinte formatação:

7.1. Livros: Nome Sobrenome. Título em itálico. Cidade : Editora, ano de publicação, página citada. Ex.: CAPITANI, Avelino Biden. A rebelião dos marinheiros. Porto Alegre: Artes e Ofícios, 1997. p. 123.

7.2.  Capítulo de livros: Sobrenome, nome. Título do capítulo. In: Sobrenome, nome (org.). Título do livro em itálico. Cidade : Editora, ano de publicação, página citada. Ex: BROUÉ, Pierre. O fim da Segunda Guerra e a contenção da revolução. In: COGGIOLA, Osvaldo (org.). Segunda Guerra Mundial: um balanço histórico. São Paulo: Xamã/FFLCH-USP, 1995. p. 22.

7.3.  Artigo de periódico: Sobrenome, Nome. Título do artigo. Nome da revista em itálico, v. (volume), n. (número), mês e ano de publicação, página citada. Ex.: BARRETO, Teresa Cristófani; GIANERA, Pablo; SAMOILOVICH, Daniel; Piñera, VIRGILIO. Cronologia. Revista USP, n. 45, out. 2000. p. 149.

  1. As citações de outros textos deverão estar em itálico e entre aspas duplas no corpo principal do texto e a referência bibliográfica correspondente deve ser colocada em nota de rodapé. Citações de mais de quatro linhas devem ser destacadas em espaço recuado.

 

 

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Atividade nos últimos dias:
        **Este grupo foi criado com o intuito de promover releituras da HISTÓRIA DO BRASIL e tão-somente  HISTÓRIA DO BRASIL.  Discussões sobre a situação atual: política, econômica e social não estão proibidas, mas existem outros fóruns mais apropriados para tais questões.

                                                                                                        Por Favor divulguem este grupo e grato pelo interesse .
     
    Visite o Blog do nosso Grupo:http://www.grupohistoriadobrasil.blogspot.com
    .

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    XIII Jornada de Estudos da Antiguidade do CEIA-UFF


    Essa é a última semana para a inscrição de trabalhos (comunicações), na XIII Jornada de Estudos da Antiguidade do CEIA-UFF – o prazo final é 4 de julho.
     
    Os resumos devem ser submetidos pelo formulário de inscrição no site e o valor da taxa de inscrição é de R$ 10,00 (os procedimentos para o pagamento encontram-se no site). O link para inscrição: http://www.historia.uff.br/ceia/13_jornada.php
     
    Lembrando que é possível, ainda, enviar propostas de mesas de comunicações coordenadas com tema específico. Nesse caso, os resumos devem ser submetidos normalmente, e um e-mail deve ser enviado informando o título da mesa e indicando quais os trabalhos que irão formar a mesa de comunicações
     
    Cordialmente,
     
    Organização XIII Jornada
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    XIII Jornada de Estudos da Antiguidade - UFF

    sexta-feira, 17 de junho de 2011


    XIII Jornada de Estudos da Antiguidade
     
      
    As inscrições de trabalhos na XIII Jornada de Estudos da Antiguidade estão abertas e o prazo final para o envio dos resumo é 4 de julho.
     
    A inscrição deve ser realizada on-line; o valor a ser pago é de R$ 10,00. Link do formulário de inscrição: http://www.historia.uff.br/ceia/13_jornada.php  
     
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    Carreira de pesquisador em História (artigo de Carlos Fico)

    terça-feira, 14 de junho de 2011


     
    Ótimo artigo de Carlos Fico que reproduzo pois vale a pena ser lido e pensado
     
     

    Carreira de pesquisador em História



     
    Rio de Janeiro
    Carlos Fico
     
    O(a) jovem que deseja tornar-se um(a) pesquisador(a) em História deve preparar-se para enfrentar um longo percurso.

    O primeiro passo, naturalmente, é ingressar em um bom curso de graduação (há diversos rankings que facilitam a escolha). O bacharelado em História é uma etapa difícil: a visão frequentemente tradicional que se tem da História no ensino médio tende a ser "desconstruída" na universidade, o que costuma gerar crises epistemológicas nos(nas) jovens candidatos(as) a historiador(a). Sempre digo a meus alunos que o principal não é cumprir as disciplinas, mas integrar-se em grupos de pesquisas, fazer iniciação científica, atuar como monitor. Para mim foi muito importante aproximar-me dos(as) professores(as) que admirava, pedir orientação insistentemente: é muito comum que os professores universitários sejam pouco demandados e, por isso, acabam sendo mal aproveitados. No final da graduação, é importante que a monografia de bacharelado seja bem escolhida. O primeiro exercício de pesquisa não pode ser aborrecido.

    Há uma espécie de "taylorização" da formação do pesquisador: emenda-se o bacharelado no mestrado, feito rapidamente em dois anos, e logo se inicia o doutorado, às vezes até antes da defesa da dissertação de mestrado. Isso é ruim, já que nossa profissão exige amadurecimento, erudição, leituras, algo que demanda tempo. No passado, uma dissertação de mestrado ou uma tese de doutorado podia ser feita ao longo de 5, 6 anos, ou muito mais. Mas não adianta pensar em termos ideais. Hoje há muita competição. Por exemplo: quando ingressei na carreira do magistério superior, em 1985, eu nem tinha o mestrado, era apenas um especialista (pós-graduação lato sensu). Comecei como "Professor Auxiliar". Hoje em dia, nenhuma universidade contrata professores auxiliares porque, para atuar na pós-graduação, é preciso ser doutor e praticamente todos os departamentos têm cursos de pós-graduação.

    Portanto, é preciso fazer o mestrado rapidamente, nos dois anos regulamentares, de preferência com uma bolsa do CNPq ou da CAPES, o que depende da classificação no processo de seleção. É essencial, portanto, fazer uma boa seleção. Isso resulta, em geral, de duas coisas: um bom projeto de pesquisa e, eventualmente, ter atuado na graduação do departamento em alguma iniciação científica. Um bom projeto de pesquisa é aquele que define com precisão um problema e indica a existência de fontes documentais interessantes. Um bom roteiro para a elaboração de projetos de pesquisa pode ser visto nos editais de seleção do meu programa de pós-graduação, o PPGHIS da UFRJ.

    O mestrado é uma correria e, nesse sentido, até mais difícil do que o doutorado. O(a) aluno(a) vem da graduação, muitas vezes sem experiência de pesquisa e, em dois anos, tem de fazer uma dissertação. Como no primeiro ano é preciso cumprir, em geral, quatro disciplinas, a dissertação só é redigida mesmo no segundo ano.

    No doutorado as coisas são mais tranquilas, em função da experiência adquirida e do prazo maior (quatro anos). O único problema é que você terá de fazer uma tese de doutorado! É um trabalho que pressupõe originalidade. O mais importante, entretanto, é que a tese costuma "marcar" o autor: quando você fizer um concurso para tornar-se professor, por exemplo, é certo que sua tese será considerada.

    Depois da tese, o passo final é a busca de um emprego. Muitos recém-doutores só vão se inserir no mercado nesse momento, tendo vivido de bolsas até então. É a realidade hoje em dia. Como disse, no passado, muitos professores se doutoravam depois de anos de atuação no magistério. Seja como for, há algumas alternativas. Uma delas é trabalhar como professor recém-doutor em algum departamento ou programa de pós-graduação, algo que, em geral, depende de uma inserção prévia em grupos de pesquisa. Outra hipótese é se tornar professor substituto, cujo processo de seleção é mais simples do que o tradicional concurso de provas e títulos.

    O concurso para tornar-se professor do magistério superior federal é bastante pesado. Há provas de aula, de arguição do currículo e escrita. Usualmente, são muitos os candidatos. Como já disse, em geral os concursos são para "Professor Adjunto", isto é, aquele que já é doutor. Dificilmente se contrata um "Professor Auxiliar" (especialista) ou "Assistente" (mestre). Depois de oito anos, o Adjunto pode progredir para "Professor Associado". Para chegar ao último patamar da carreira, como "Professor Titular", é preciso fazer outro concurso, que pode exigir uma tese ou uma conferência, dependendo da universidade.

    Se tudo der certo, são quatro anos na graduação, dois no mestrado e quatro no doutorado, isto é, dez anos apenas para começar a carreira. Boa sorte! E paciência...
     
    Fonte: http://www.brasilrecente.com/2011/06/carreira-de-pesquisador-em-historia.html?spref=fb

     
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    Curso Cristianismo Primitivo e Roma Antiga: concepções gerais

    sexta-feira, 10 de junho de 2011


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    VI Semana de História Política da UERJ

    domingo, 5 de junho de 2011


    Encontram-se abertas as inscrições para a VI Semana de História Política da UERJ. A semana ocorrerá entre os dias 17 e 21 de outubro de 2011.
    As inscrições serão realizadas até o dia 9 de setembro através do e-mail
    semanadehistoriauerj@gmail.com. Seguem, em anexo as normas para envio de resumos e publicação nos anais eletrônicos.
    Atenciosamente,
    Comissão Organizadora da VI Semana de História Política da UERJ
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    Estudo investiga a vida nos cárceres secretos da Inquisição portuguesa

    sexta-feira, 3 de junho de 2011


    Estudo investiga a vida nos cárceres secretos da Inquisição portuguesa


    Fonte: FAPERJ - Débora Motta

     

                                                Reprodução
     

       Com o lema "Misericórdia e Justiça",
       a Inquisição perseguia os "hereges"

    Ao longo da história, muitos embates foram travados em nome da fé. As perseguições promovidas pela Inquisição portuguesa são um desses capítulos turbulentos. Um estudo da Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, Daniela Buono Calainho, historiadora e professora da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), analisa aspectos pouco conhecidos do cotidiano dos prisioneiros nos cárceres do Tribunal do Santo Ofício português, entre os séculos XVII e meados do XVIII. Este período é considerado o ápice das perseguições inquisitoriais em Portugal e no resto do Império português, inclusive no Brasil, à época ainda colônia.

     

    Nessa época, o Tribunal da Inquisição em Portugal tinha sede em três cidades: Lisboa, Évora e Coimbra. "Todos os processos dos réus oriundos do Brasil eram remetidos para o tribunal lisboeta, o maior deles", explica a professora, lembrando que a primeira visita da Inquisição ao Brasil ocorreu em 1591, na Bahia. Para repreender as heresias – transgressões aos dogmas da Igreja católica –, instituiu-se na colônia uma figura permanente a serviço da Inquisição: a do familiar. Considerado um cargo de grande prestígio da Inquisição, o familiar era responsável por recolher denúncias sobre os "hereges", prender os suspeitos e acompanhar os presos nos autos de fé, ocasião em que se lia publicamente as sentenças dos réus, para então queimar aqueles que eram considerados "relaxados ao braço secular".

     

    Uma das maiores heresias aos olhos da Inquisição, que atuou no contexto da Contra-Reforma – movimento criado para fortalecer a fé católica em resposta ao avanço do protestantismo –, era a prática do judaísmo pelos cristãos-novos. "Os hereges mais perseguidos pela Inquisição foram os cristãos-novos, ou seja, os judeus que, convertidos ao cristianismo, eram suspeitos de continuar crendo e praticando sua religião original", explica Daniela Calainho. Entre outros "hereges" perseguidos frequentemente estavam os bígamos, que em alguns casos deixavam as mulheres em Portugal e se casavam pela segunda vez, ao chegar a um novo lugar do Império português; os sodomitas, isto é, os homossexuais; os feiticeiros, ou indivíduos que se dedicavam ao exercício da magia; os blasfemadores, aqueles que desacatavam os dogmas católicos pela palavra; os mouriscos, muçulmanos convertidos ao cristianismo que insistiam em professar a antiga fé; e os protestantes.

     

    Condições degradantes nos cárceres de Lisboa

     

     Reprodução
            

     Lista dos condenados aos autos de fé:
    conduta pessoal era monitorada de perto


    O estudo da historiadora Daniela Calainho tem como enfoque os bastidores dos cárceres da Inquisição de Lisboa, localizados no mesmo prédio do Tribunal do Santo Ofício da capital. Em um minucioso levantamento de dados, realizado ao longo de algumas viagens à capital lusitana, desde 2009, a pesquisadora investigou detalhes como de que maneira os réus se comunicavam e como eram as reais condições de vida dos prisioneiros. "Analisamos aspectos como os níveis de comunicabilidade e de sociabilidade possíveis dentro do espaço do cárcere, além do grau de comprometimento físico e emocional dos presos condenados a diversas penas inquisitoriais", resume.

     

    De acordo com a historiadora, 95% das informações que serviram como base para a pesquisa foram encontradas no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Entre os documentos, destacam-se os Regimentos inquisitoriais de 1613, 1640 e 1774, que forneceram pistas sobre como o Santo Ofício organizava seu sistema prisional, os funcionários envolvidos e as relações do tribunal com os presos; os Livros do alcaide dos cárceres, contendo dados pessoais dos presos, locais específicos onde estavam, pedidos variados, petições e ocorrências; os Processos dos diferentes delitos do foro inquisitorial, para descrever o cotidiano dos cárceres, as condições físicas dos detentos e suas relações com o poder inquisitorial; e as Visitas de inspeção ao Tribunal de Lisboa em 1643, 1649 e 1658, ocasião em que se averiguava a conduta moral e ética dos funcionários e sua relação com os presos, além das condições dos cárceres e dos prédios onde funcionava o tribunal.      

     

    Para além da complexa burocracia que regia os procedimentos da Inquisição, os documentos revelam as condições de vida nada favoráveis dos calabouços. Lúgubres, insalubres, de higiene precária, escuros e com muitos presos em cada cela. Os réus eram presos enquanto ainda aguardavam o julgamento dos processos, que geralmente transcorriam durante anos a fio, em segredo, obrigando-os a aguardar a decisão final dos inquisidores em meio a inúmeras sessões de inquirições e tortura. "Dificilmente alguém era absolvido. Depois de longos anos de prisão, eles geralmente eram condenados a várias penas, entre elas o degredo ou a temida fogueira", afirma a pesquisadora.

     

    Aliás, a ideia do segredo dos processos era muito cara ao funcionamento da Inquisição ibérica. "Os próprios calabouços da Inquisição eram chamados de 'cárceres do secreto'", explica Daniela Calainho. Ela conta que os prisioneiros não podiam receber visitas nem contar nada do que se passava lá dentro. Além disso, mesmo sem saber o porquê, eram presos e obrigados a confessar o motivo pelo qual imaginavam ter sido presos. "O ato de confessar as heresias era valorizado", completa a historiadora, acrescentando que outra questão comum que afetava a sociabilidade dos réus nos calabouços eram as denúncias entre os próprios colegas de cela, devido a questões como a prática do judaísmo.

     

    A atuação dos médicos e dos barbeiros nos "cárceres do secreto" também foi considerada pela pesquisadora. Estes profissionais eram responsáveis pelo cuidado dos réus e por atestados deliberativos de comutação das penas, isto é, pela substituição de uma sanção por outra menos grave. "Médicos e barbeiros deliberavam sobre as condições dos réus e se responsabilizavam sobre sua integridade física, de modo que cumprissem suas penas e saíssem de lá vivos. Sua presença também era imprescindível nas sessões de tormento, para avaliar a capacidade dos réus de suportá-las", diz a historiadora.

     

    Daniela Buono Calainho é autora de dois livros sobre a Inquisição: Agentes da fé: Familiares da Inquisição portuguesa no Brasil colonial, de 2006, da editora Edusc, de São Paulo; e Metrópole das mandingas: Religiosidade africana e Inquisição portuguesa no antigo regime, lançado pela editora Garamond, em 2008, com apoio do Programa de Auxílio à Editoração (APQ3), da FAPERJ. Para ela, estudar a vida nos "cárceres do secreto" pode ajudar a esclarecer uma parte ainda obscura da história. "O estudo dos cárceres inquisitoriais pode nos levar à compreensão da construção da autoridade e dominação da Inquisição sobre a própria sociedade, por meio da pedagogia do medo", conclui.

    © FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

     

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    UFF, XIII Jornada de Estudos da Antiguidade: Inscrições abertas

    quarta-feira, 1 de junho de 2011


    UFF, XIII Jornada de Estudos da Antiguidade
     
     

    Estão abertas as inscrições de trabalhos (comunicações) para a XIII Jornada de Estudos da Antiguidade, a ser promovida pelo Centro de Estudos Interdisciplinares da Antiguidade (CEIA) entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro, na Universidade Federal Fluminense. O prazo para o envio dos resumos vai até 4 de julho de 2011 e as inscrições devem ser feitas por meio do link: http://www.historia.uff.br/ceia/13_jornada.php (as instruções de pagamento encontram-se no site).

    Maiores informações: pelo e-mail ceiauff@yahoo.com.br; pelo telefone 26292603; ou na sede do CEIA - Universidade Federal Fluminense, Campus do Gragoatá, bloco C, sala 310.

    Gostaríamos de pedir ampla divulgação.

    Cordialmente,

    Organização XIII Jornada

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